CAPÍTULO XVI - AINDA É MUITO CEDO PARA DIZER

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Narrando: Clara

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Narrando: Clara

- Lúcia?

Maldita hora para você ter chegado Lu

- Vim saber se estava bem, mas pelo visto atrapalhei alguma coisa

- Ah não, não atrapalhou, tudo bem (respondo na tentativa de melhorar o clima)

- E o braço? Ainda dói?

- Um pouco, mas me sinto bem melhor depois dos curativos que Clara fez

- Lúcia

- Oi

- Porque não usa o seu elixir para curar Ed?

- É mesmo, tinha esquecido dele. Vai ser mais eficaz

- Sim. Se puder pegar agora Lu, eu agradeceria

- Volto já

Ela sai nos deixando sozinhos novamente, e um silêncio constrangedor pairou sobre nós. Eu não queria falar agora sobre o que quase ou aconteceu, apesar de eu amar o Ed, deixaria que ele me amasse também.

- Pronto! (ela diz assim que chega e põe na boca de Edmund uma gota do elixir, fazendo com que seu braço ficasse bom instantaneamente) Agora que está melhor, pode voltar ao que você estava fazendo

- Lúcia! (ele diz com um olhar de repreensão, talvez um pouco constrangido também)

- Eu não sou mais uma criança Ed, sei bem o que estava acontecendo, tá?

- Não se preocupe Lu, você não disse nada demais

- Eu sei que não (ela pisca para mim e sai logo em seguida)

- Então? (Ed diz assim que ela sai)

- Então o que? (me finjo de sonsa)

- Será que podemos continuar de onde estávamos?

- Eu vou ver onde estar Elena

- Tudo bem

- Fica triste não

- Quem disse que eu estou triste?

- Vejo isso em seus olhos

(ele ri) – Vou ver onde Pedro se enfiou também

Enquanto andávamos no corredor, e tentávamos achar os dois. Percebemos o qual enorme era aquele lugar: parecia que havia vários túneis e passagens infinitas, eu não aguentava mais andar sendo bem sincera

- Isso aqui não tem fim não?

- Parece que não

- Você também está ouvindo isso?

E quando eu ia responder, olho para onde ele apontava veementemente, e só aí entendo o que quis dizer

- Aí estão eles (digo após ver uma cena que não me chocou, até porque não era novidade pra ninguém, acho que só Edmund ficou um pouco sem chão)

- Meu irmão e Elena? Nunca imaginei

- Elena sempre foi apaixonada no Pedro, muito antes de chegarmos a Nárnia, não acho novidade que esse beijo esteja acontecendo

- Eu sinto que estamos vendo algo que não pode ser visto

- Estamos acabando com a privacidade deles

- Não vamos dar uma de Lúcia

- Não fale mal da sua irmã Ed

- Ela não deveria ter nos interrompido

- Parece até que era algo super importante (falo tentando defender Lúcia, mas a verdade é que eu também fiquei com um pouco de raiva dela)

- E pra você, não era? (ele fala se aproximando de mim)

- E-eu

- Eu sei o efeito que causo em você (ele diz olhando nitidamente para os lábios)

Não resisto e o beijo de novo, dessa vez com mais intensidade como se aquele momento fosse durar para sempre e eu quisesse aproveitar cada segundo dele

- Viu? Vai dizer que não me ama

- Ed, para! É cedo demais 

- Para mim, pode até ser, pra você não

- Porque?

- Não acha que eu ouvi você dizer para Ely que me amava assim que chegou aqui?

- Fofoqueiro

- Longe de mim. Apenas estava passando na hora e ouvi

- E você? Gosta de mim?

- Ainda é muito cedo para dizer

Continua... 

POR ALGUMA RAZÃO | As Crônicas de NárniaOnde histórias criam vida. Descubra agora