CAPÍTULO III - NÃO PRECISA SE CURVAR

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Meu olhar se encontrou ao de Edmund, fazendo as borboletas baterem asas

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Meu olhar se encontrou ao de Edmund, fazendo as borboletas baterem asas. Nunca havia sentido isso em toda a minha vida.

- Mil perdões (ele diz segurando na minha mão e me levantando) Não a vi ai Senhorita...

- C-Clara Weasly

- Clara, senhorita Weasly. Me parece que meu veríssimo irmão também esbarrou em alguém.

Ele aponta para o lado e vejo que Pedro, sim, o Grande Rei Pedro, se esbarrou em Ely e também a ajudou a levantar, estavam falando coisas que eu não conseguia entender.

Chame como quiser, sonho, delírio coletivo, loucura. Mas era impossível eu sentir de uma forma tão real, um sonho. Por mais que eu quisesse negar estava de frente a alguém que nunca imaginei encontrar, para mim isso se chama força do destino

- Quero me desculpar, por ter esbarrado em vossa majestade (faço uma reverência casual)

- Eu que me desculpo, estava tão distraído que não percebi vocês. E não, não precisa se curvar

- É o meu dever majestade

- Devo-lhe fazer-lhe uma pergunta?

- Claro meu rei

- Porque estão aqui em Nárnia e em trajes tão diferentes?

- É uma longa história, trataremos de explicar-lhe com todas os detalhes vossa alteza (Ely diz após chegar mais perto de nós)

- Sim majestade

- Por favor não me chame de majestade, gosto de Edmund

Pedro, digo, o Grande Rei Pedro, se aproxima e diz:

- Podem ficar conosco o tempo que for necessário, mas antes eu exijo algumas breves explicações. Não se preocupem, são só dúvidas que eu tive, e creio que Ed também

- Sem dúvidas Grande Rei

- Obrigada meu-u rei, estamos ao seu dispor. (Elena responde e eu tento segurar o riso, pois nunca imaginei que ela gaguejaria na frente de alguém, mesmo esse alguém sendo o Pedro)

- Vamos?

Entramos na luxuosa construção, que apesar da época, era realmente muito vasta e linda. Eu estava confusa com tudo isso, mas queria que toda essa situação ficasse clara.

Chegamos a um salão e ao entrar, Pedro fecha a porta como se quisesse que a conversa fosse sigilosa

- Sentem-se senhoritas. Bom, primeiramente queria dizer que são bem-vindas em Nárnia, mesmo nunca visto vocês aqui, todos que pisam em Nárnia devem ser tratados como tal.

- Agradeço humildemente majestade

- Vocês também vieram a Nárnia através de uma força inexplicável? A mesma coisa que nós

- Bom, nós sempre queríamos visitar Nárnia, nos livros e filmes é tudo tão incrível e encantador, que despertou essa nossa curiosidad...

- Pera. Existem livros e filmes sobre Nárnia? (Edmund se vira para mim)

- Sim, no meu mundo, sim

- No nosso não

- Creio que seja o mesmo mundo, só que em tempos diferentes. Em quanto vocês vivem nos anos de 1940, nós vivemos em 2021 (Elena tratou de explicar)

- É impossível, o tempo lá congela a partir do momento em que pisamos em Nárnia, não faz sentido terem passados, mais de 80 anos, sendo que deveria estar tudo parado, no exato momento em que partimos (Pedro afirma)

- Confesso que também estou surpresa alteza, deve ter algo que não sabemos sobre o tempo dos dois mundos

- Apenas Aslam sabe (Ao falar, os olhos de Ed brilham) De qualquer forma, isso explica porque estão trajadas em roupas que nunca vi antes

- Acha que deveríamos trocar?

- Sim, seria um pouco estranho verem vocês nessas roupas, não é o costume daqui

- Entendemos

Isso significa que terei de me vestir com vestidos compridos e quentes, não deveria reclamar, já que meu sonho sempre foi esse.

- E Susana e Lúcia, onde estão?

- Lúcia deve estar em algum lugar da fortaleza, e Susana está no castelo de Caspian

- Como?

- Ela mora com ele

- São casados?

- Sim, porque a surpresa?

- Nos livros eles nem chegam a acontecer

- Nesses livros a realidade é muito diferente da nossa...

Continua...

POR ALGUMA RAZÃO | As Crônicas de NárniaOnde histórias criam vida. Descubra agora