CAPÍTULO XXIX - SONHOS, PIQUENIQUE E UM PEDIDO REAL

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Os primeiros raios de sol invadiam o quarto me acordando repentinamente

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Os primeiros raios de sol invadiam o quarto me acordando repentinamente. Me sentia melhor e poderia dizer que compreendia o que quer que fosse, mas ainda existia um vazio em meus pensamentos, alguma coisa faltava para completar o espaço que a intensidade do meu coração insistia em ter.

- Bom dia bela adormecida (Edmund diz acordando, seus cabelos escuros estavam completamente desarrumados e sua voz ainda rouca)

- Bom dia, vejo que dormiu bem (digo sorrindo e tentando ajeitar alguns pequenos fios de seu cabelo, ele fecha os olhos como se estivesse apreciando o que eu fazia)

- Você parece ter acordado melhor hoje. Geralmente, quem teve uma noite ruim acorda péssimo no outro dia

- Estou melhor do que antes, mas ainda sem entender... Bom, acho melhor levantarmos, muitas coisas nos aguardam

- Só mais um pouco, estou cansado de tantas obrigações (ele diz fazendo uma carinha fofa, ainda era uma criança de cinco anos)

- Não Edmundo Pevensie, você precisa levantar e fazer o que um rei deve fazer

- Isso é uma ordem? (ele pergunta arqueando uma das sobrancelhas)

- Sim, da rainha Clara. Não ouse contestar alecrim dourado, ou o calabouço lhe espera

- Como quiser milady, você manda e eu obedeço

- Isso soa melhor (ambos rimos)

Nos levantamos e trato de me organizar o mais rápido que conseguisse. Era interessante ser rainha e ter súditos a minha espera, poder ajudar todos que estiverem ao meu alcance e ser tratada com superioridade, nunca poderia imaginar que algo assim pudesse me acontecer um dia. Lembro de quando era pequena e me imaginava como uma princesa nos contos de fadas, ou uma valente pirata que comandava um enorme navio e estava navegando no mar a mando de seu rei para salvar todos do mal, ou uma pequena fada que tinha o poder de deixar todos alegres com sua varinha, ou uma menina comum que tinha apenas o sonho de realizar tudo o que sua mente imaginava. O que aquela menininha não podia esperar, era que seus sonhos virariam realidade, e para isso ela não precisa se trancar num guarda-roupa

Assim que saímos do quarto, fomos em direção a sala de reuniões. Onde Pedro, Elena, Caspian e Lúcia já nos aguardavam

- Achei que tinham morrido (Elena diz)

- Uma certa pessoa demorou demais (digo direcionando o meu olhar em repreensão para Ed)

- Onde está Susana?

- Deitada, não quero que ela prejudique a saúde do bebê se preocupando com coisas que nós podemos resolver (Caspian responde a minha pergunta)

- Acho que não deveria deixá-la sem fazer nada como uma boneca de porcelana Caspian (Lúcia acaba soltando)

- Eu concordo. Sabe o que faria bem a ela de verdade? (todos se voltam para mim) E se fizéssemos um piquenique em família hoje?

- Temos responsabilidades

POR ALGUMA RAZÃO | As Crônicas de NárniaOnde histórias criam vida. Descubra agora