◇ 2 • A Missão dos Guardiões ◇

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Vou para o andar de baixo rapidamente e me preparo vestindo uma roupa para a ação. Uma calça preta com detalhes prateados, uma blusa e um tipo de jaqueta preta com os mesmos detalhes. Coloco um cinto prateado com espaço para colocar uma arma de um lado e uma espada de outro. E pra completar pego meu pano vermelho, o pano que era de minha mãe. Ela sempre usava, no início só para enfeitar o cabelo mas depois para esconder a cabeça raspada por conta do câncer. É uma das únicas lembranças que tenho e sempre uso esse pano como uma maneira de me lembrar dela, de algum jeito sinto que minha mãe sempre está comigo. Mesmo depois de ter partido. Amarro o pano na gola da blusa e subo de volta para o andar de cima onde os outros já estão.

- Beleza Guardiões, apertem os cintos - Quill avisa quando todos já estão em seus assentos, olho para meu pai sentado do meu lado e ele também desviando o olhar para o pano. Ele me lança um pequeno sorriso que retribuo.

Então Quill dá partida na nave com um impulso que me faz grudar na cadeira. Pelas janelas já não se vê mais o espaço mas sim flashs de luz coloridas indicando que estamos na velocidade máxima, a velocidade da luz. Só assim para viajar tão rápido de um lugar a outro no espaço. Nas primeiras vezes eu vomitava, hoje já me acostumei apesar de ficar um pouco enjoada as vezes. Ficamos assim por alguns minutos ao som da música Mr. Blue Sky, até a nave desacelerar e chegar no local.

- Aonde estamos?- Pergunto olhando pela janela um planeta esverdeado com alguns tons rosados, azuis e roxo. Também consigo ver alguns tipos de redemoinhos rodeando grande parte do planeta.

- Estamos em Sakaar - Meu pai diz e o encaro por alguns instantes voltando a olhar pela janela de novo.

- Planeta maluco - Ouço Rocket comentar

Segundo o que meu pai já me disse, foi nesse planeta em que ele viveu sua maior desventura. Foi pra cá que ele foi mandado quando seu pai faleceu, seu martelo foi destruído e Asgard foi tomado por Hela. Foi aqui que ele foi capturado, seu cabelo foi cortado e onde ele lutou contra Hulk, e venceu. E também foi onde passou seus últimos momentos com seu irmão Loki, antes dele falecer. Sempre quis conhecer esse planeta.

Ao entrarmos na atmosfera e atravessar as nuvens. Posso ver a cidade, prédios tecnológicos e coloridos que vão crescendo a medida que nos aproximamos. Então vejo um lixão que se estende pelo horizonte e acima dele vários portais de diversos tamanhos. E lá, bem no meio do lixão, vejo o monstro.

- Caramba - Falo tirando o cinto e me levantando - Que coisa é essa?

Ele é gigante e rosado. Tem vários tentáculos que atacam e derrubam todos os soldados e naves que se aproximam. Sua boca enorme com diversos dentes grandes e afiados solta um rugido alto e dela sai uma espécie de energia colorida que lança todos que tentam atacar para longe.

- É uma fera interdimensional - Gamora diz passando por mim indo para o compartimento de armas

- Deve ter vindo de um dos portais - Nebulosa completa pegando duas pistolas a laser no arsenal

- Vamos pousar aqui, se chegarmos perto a fera vai nos derrubar - Meu pai diz perto do assento do piloto

- É, eu sei - Quill responde virando a nave - É o que vou fazer - Em seguida pousando no início do lixão a alguns metros da fera.

Assim que a comporta da nave se abre todos se preparam. Vou até o arsenal e pego uma espada retrátil parecida coma a de Gamora. Meu pai pega seu Rompe Tormentas. Rocket pega uma arma maior que ele e Mantis não pega nada, seu poder é sua arma, ela pode deixar um adversário desacordado com apenas um toque e uma palavra.

- Já enfrentamos uma fera dessa antes - Quill diz já do lado de fora da nave

- Sério - Pergunto arguendo as sombrancelhas. - E conseguiram vencer?

- Sim, já tem um bom tempo - Responde me encarando - Foi um pouco difícil mas conseguimos - Dá um sorrisinho

- Vai ser uma boa luta - Meu pai diz com uma risada o acompanhando - Agora que vocês tem a minha ajuda vai ser mais fácil - O sorriso de Quill some ao ouvir isso e o de meu pai aumenta. Não pode negar, ama uma boa luta

- Eu sou groot - Ele diz saindo da nave

- É claro que não se lembra Groot! - Rocket responde enquanto prepara sua arma - Você ainda era um bebê na época, só ficou dançando enquanto a gente dava conta do mostro

- Pessoal - Mantis fala alto olhando para um lugar específico - Acho que não é só uma fera, olhem - Aponta com sua mão naturalmente pálida

Todos nos olhamos em direção ao local e vemos outra fera, um pouco menor mas igual a primeira. Elas estão a alguns metros uma da outra. Os pouco homens que a enfrentavam são lançados para longe com a energia que sai da boca dela.

- É, a coisa é séria - Quill comenta fazendo uma careta - Ok, prestem atenção, vamos ter que nos dividir - fala após algusn instantes - Eu, Thor e Gamora e Mantis ficamos com o grandão. Nebulosa, Rocket, Groot e Tori ficam com o menor - Ele diz apontando para nós

- Não - Meu pai fala olhando os monstros e Quill o encara confuso - A Tori fica

- O quê? - Rebato fazendo uma careta

- Você fica - Ele repete voltando o olhar para mim e fecho a cara

- Porquê? - Eu não vou ficar, vim para ajudar. É pra isso que serve o treinamento.

- É muito perigoso - Ele fala ficando de frente para mim

Os outros trocam olhares rapidos e Quill resmunga um "você quem sabe" para meu pai antes de acionar sua mascara e sair voando com sua mochila a jato, na companhia dos outros que também vão correndo, em direção as feras

- Mas eu quero ajudar, estou aqui pra isso - Protesto olhando em seus olhos

- É melhor que fique aqui - Ele diz colocando a mão em meu ombro - Ainda não está pronta para este tipo de batalha

Sempre ajudei nas lutas desde os 14 anos quando comecei a treinar. Tudo bem que nunca lutei com feras gigantes. Só com pequenas ameaças e bandidos. Mas isso é de menos. É lutando que aprendemos não é

- Mas foi pra isso que treinei! - Falo cruzando os braços e ele se afasta. Enquanto ao fundo escuto os sons de tiros e os rugidos das feras.

- Não, se pelo menos soubesse controlar totalmente seus poderes... - Meu pai diz e o acompanho

Meus poderes. Tenho os mesmos poderes de Thor, mas ainda não sei controlar totalmente. Meu pai diz que  posso ser quase tão poderosa quanto ele mas até hoje não vi isso. Enquanto ele consegue fazer uma tempestade inteira e invocar e controlar raios, trovões e relâmpago. Eu só consigo disparar algun raios e descargas elétricas.

- Se eu tivesse uma arma como a sua talvez fosse mais fácil - Rebato e ele para, a uma certa distância da nave, e se vira para mim. O Rompe Tormentas serve como um canalizador para os poderes de meu pai, além de o ajudar a controlar também os potencializa.

- Talvez um dia ganhe uma parecida - Ele diz com um pequeno sorriso - Mas não hoje - Fica sério e faz um gesto para que eu me afaste - Fique aqui, é mais seguro - Fala e em seguida ergue seu Rompe Tormentas invocando um trovão mágico do céu que o envolve transformando sua roupa em um tipo de armadura, com escamas prateadas que cobrem não só seu peitoral mas também seus braços, junto de uma grande capa vermelha. Meu pai me lança um olhar antes de sair voando em direção a batalha completamente energizado de raios azuis.

E eu fico no lixão próximo a nave, apenas assistindo os Guardiões da Galáxia em sua missão. Lutando contra as feras. Parece que não sou digna de participar da batalha.

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Vitória Foster • A Filha de Thor (Fanfic Marvel)Onde histórias criam vida. Descubra agora