◇ 7 • Tédio em Nova Asgard ◇

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Quase duas semanas se passaram. Nesse tempo terminei o livro que comecei e passei os dias ajudando nas plantações. A colher e encher os caixotes. O bom de tudo isso é que no processo fui comendo algumas frutas. Todas as tardes fui cuidar de Peggy. Dar comida, escovar e levar para passear.

Mas alguns afazeres não foram tão bem sucedidos. Como Valquiria sugeriu, fui tentar aprender a pescar. O que não deu muito certo.

- Okay, então eu coloco a isca aqui e jogo a linha na água - Falei para o gentil senhor de cabelos grisalhos que se dispôs a me ensinar a pescar. Ele confirmou. - E aí, eu faço o quê?

- Aì você espera - Foi o que ele disse.

Mas o que parecia ser tão simples não era bem assim. Os minutos se arrastaram. Parecia que tinha horas que estava ali, sentada na beira do rio. Com aquela vara de pesca, esperando algum peixe morder a isca. E quando já estava prestes a desistir, quando já estava questionando o porque de estar ali. Senti a corda ser puxada.

- Acho que peguei alguma coisa, finalmente - Falei segurando firme com um pequeno sorriso - O que eu faço?

- Você tem que puxa-lo - O senhor respondeu - Use o molinete - Ele falou indicando a pequena manivela.

Tentei usa-la mas o que peguei não parecia ser um peixe. Na verdade parecia ser um tubarão ou algo do tipo. Porque ao tentar puxar a linha, ela não vinha. Tentei rodar mas talvez eu tenha forçado demais, porque a pequena manivela quebrou em minha mãos. O que me restou foi tentar puxar o bicho com a vara mesmo. Mas ele continuou puxando no fundo da água. Parecia que estavamos brincando de cabo de guerra. E no final das contas quem ganhou foi ele, o peixe. Que ao puxar com força, me fez desequilibrar e cair dentro do rio. Não deu tempo nem de me segurar em ninguém, em um segundo estava em terra seca e no outro. Splash. Estava com a cara na água, parcialmente mergulhada. E o peixe além de me derrubar e me deixar encharcada, levou a isca como lanchinho. É oficial. Nunca mais vou tentar pescar de novo.

Mas em compensação, descobri na casa de Korg que sou boa em pelo menos um jogo. Guittar Hero. Um jogo simples de acompanhar e tocar as notas de músicas com uma guitarra de brinquedo, se tornou o meu favorito em uma semana. Consegui vence-lo em várias músicas e bater alguns records nas músicas Hit Me With Your Best Shot e When You Were Young. Não é me gabando, mas talvez já possa ser considerada uma Princesa do Rock

E em um belo dia de tédio enquanto caminhava com Peggy. Me perguntei como seria voar em um Pegasus. Resolvi tentar montar. Mas definitivamente isso não foi uma boa idéia. Não mesmo. Com um pouco de dificuldade subi em cima dele e tentei fazer com que andasse. Peggy começou andando lentamente, aumentando os passos aos poucos. Quando começou a bater suas grandes asas e sair do chão tentei segurar firme. Comecei a escorregar e soltei um grito desespero, já estava a uma boa altura do chão e não queria cair. Mas suas asas bateram em meu rosto, me atrapalhando ainda mais. Acabei soltando as mãos e fui jogada para longe a alguns metros a frente. Cai de cara na grama o que me rendeu uma boa dor no ombro por conta da queda e um ralado na parte direita do rosto.

Valquiria me deu um saco de gelo para por no rosto e chamou minha atenção sobre o que tinha feito. Aparentemente Peggy nunca tinha sido montado por outra pessoa além dela. E no final ainda riu de mim.

- O que é isso em seu rosto? - Meu pai perguntou mais tarde naquele dia.

- Isso? Nada - Respondi, enquanto tentava tampar com meu cabelo, despitadamente, a vermelhidão na minha bochecha e perto dos meus olhos - Nada demais - Falei com um sorriso

Vitória Foster • A Filha de Thor (Fanfic Marvel)Onde histórias criam vida. Descubra agora