Jogue comigo, Malfoy_Vol.1 //Drarry

Capítulo quinze

Os dias estavam sendo torturante para todos ali envolvidos. Draco não via outra opção a não ser satisfazer as vontades que Isaac lhe impunha. As ameaças que o namorado faziam eram de longe magia das trevas ou imperdoáveis, mas tinha efeitos psicológicos quase que irreversíveis. A relação abusiva que Draco sofria há 3 anos fazia o se sentir inferior, com sua autoestima estava baixa, acreditava que só era medibruxo graças ao namorado, que só estava se reerguendo por causa do namorado, que Harry jamais largaria Ginevra para ficar com seu inimigo de escola, e como seria possível diante das demais frustrações que carregava sobre si?

 Era um prisioneiro sem grades. De fato havia liberdade de ir e vir, mas todas as ameças sobre sua reputação e a de Potter, se imaginar sofrendo perseguição da mídia novamente. Draco não se via capaz de lutar contra essas coisas. Reagir e lutar? Não eram opções, não encararia outro tribunal por nada.

Gina não conseguia disfarçar sua tamanha tristeza, frustração por seu relacionamento arruinado, Molly já havia lhe paparicado de todas as formas possíveis com receitas favoritas, notícias de seus irmãos que aparentemente seguiam com seus relacionamentos perfeitos, mesmo que com pessoas não perfeitas. Isso a deixava irritada. Havia se casado com Potter, que quando adolescente apresentava a mais incrível conduta, personalidade, caráter. Agora era um traidor, um cara que preferia o INIMIGO a esposa incrível que ela era. Era demais para ela. Ele era perfeito, um herói, um príncipe. Agora um traidor, mentiroso, o próprio sapo!

Molly decidiu insistir um pouco, forçando aqui e ali, convencendo-a que o melhor era revelar o motivo de estar cabisbaixa, encarar a realidade e desfazer o nó na garganta.

A reação de Molly primeiro foi gritar, "O que Harry Potter fez? EU NÃO ACREDITO, ESSE MENINO SÓ PODE ESTAR MALUCO".

-Minha filhinha querida, vou pegar a colher de pau mais pesada para bater nele, deixe um recado na mesa para quando seu pai chegar!

-Mãe! Endoidou? Eu tenho minha dignidade a zelar!

-Eu criei aquele menino como um filho, como ele pode te desrespeitar assim?

As duas se abraçaram no sofá até pensamentos surgiram por parte das duas, revelações de vida jamais feitas, conselhos de mãe.

-Gina querida, relacionamentos passam por altos e baixos...

-Eu não vou aceitar traição mãe! Eu não vou aceitar menos do que eu mereço, Harry Potter era ótimo, mas eu também sou!

-Exatamente querida, me deixe concluir. Altos e baixos sempre irão ocorrer, mas quando "um baixo" é tão fundo capaz de te levar "ao fundo do poço" o melhor a fazer é se retirar. Potter foi incrível com você...até não ser mais. 

-Ele foi sim - Choramingou Gina

-E você quer castigo maior que querer um Malfoy? Ah! Gina, tem certeza que quer chutar cachorro morto?

As duas riram e choraram juntas, abraçadinhas no sofá. Gina se sentia bem assim.

______x______

Rony e Hermione estavam tendo ainda desentendimentos por conta dessa confusão toda. No mesmo dia da briga e após levá-la para o quarto. Até o dia seguinte ao acorda, Rony tentava ignorar a esposa.

-Rony, obrigada por ter me levado para cama...e desculpa por abraçar a Gina e não você.

-Não é como se eu não fosse acostumado a ser segunda opção, não é?

-Ron, para! 

Rony abria, mas logo fechava a boca (várias vezes), ponderando sobre o que responder.