Capítulo dezoito

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No ministério: 

"RONY", Hermione apressou o passo passa abraçar o auror. Todos estavam em uma sala vazia para fazer os relatos. Dois aurores seguravam os dois homens ainda sem nome. Harry estava com a roupa do treino ainda em seu corpo. E Draco estava com um olhar perdido e abalado. 

— Como foi? Como aconteceu tudo? — Hermione perguntou exasperada.

— Ah, você sabe! Muitos perigos e quase mortes. Mas eu estava lá para impedir o pior. — Se gabou, Rony.

Harry riu.

— Weasley, ele... ele me salvou! — Draco falou verdadeiramente grato.

— Por falar nisso, Malfoy. Eu não aguento mais salvar você! Você e Harry tinham que ficar quieto em um lugar para não se meterem mais em confusão. Ai o que eu estou falando... vocês juntos! — Rony falou fingindo vomitar.

Hermione o beliscou.

— Isso era em Hogwarts, Rony. Como auror você vai ter que salvar sim.  — Disse a morena achando graça

— Mione, achamos isso com Isaac. — Harry entregou a bolsa com os remédios e papéis sobre a doença falsa de Malfoy.

— Vou precisar chamar um medibruxo técnico para avaliar esse material. Os dois homens podem ficar numa sala do ministério com os dois aurores interrogando e observando. Até que seja possível descobrir a identidade deles e a participação. E até os planos de Isaac com tudo isso. Para confirmar que ele iria prender Malfoy sobre seus cuidados.

Harry estava ao lado de Draco o tempo todo. Mas dando-o espaço suficiente ao ver o quanto ele estava abalado. 

— Rony, vá preparar os relatórios do caso para seus supervisores, não precisa mais ficar no ministério. Harry, pode ir para casa... trocar a roupa do treino e comer algo. Leve Malfoy. E voltem para depor. — Orientou Hermione.

— Granger, Weasley, obrigado! — Disse Draco ao deixar a sala no ministério.

Hermione começou com os trabalhos assim como aurores. Um medibruxo foi chamado para avaliar o conteúdo da bolsa e para que servia cada medicação. Os dois suspeitos estavam sendo interrogados sobre serem pagos por Isaac para manter Malfoy em cárcere privado, e qual seria o envolvimento deles, nos planos do medibruxo. O St. Mungos resolvia com o auror responsável por deixar Isaac lá até as medidas a serem tomadas, quando o medibruxo acordasse e tivesse que ser levado ao ministério para as medidas cabíveis no caso.

Harry levou Draco para seu apartamento.

— Fique a vontade, Draco. Eu só vou tomar um banho e me trocar. — Disse Harry com o tom de voz mais ameno que conseguiu. — Se quiser comer algo ou beber, pode pegar.

— Obrigado, Harry! — Draco se sentou no sofá e se pôs a pensar sobre tudo que aconteceu e até mesmo o que poderia ter acontecido.

Chorou baixinho, atônito, setado no sofá.

Quando Harry terminou tudo, sentou-se a lado do loiro e segurou sua mão.

— Acabou!

Draco o olhou ainda soluçando, e se deitou em seu colo chorando mais.

Harry afagou a cabeça de Malfoy. Em silêncio, pois sabia que nada do que dissesse acalmaria o garoto.

— Eu... eu ia ser preso em casa... todos acreditariam nele! Harry, se... eu não tivesse conseguido executar o patrono...

— Draco, eu daria um jeito! Já estávamos, na verdade. Hermione, ela... ia dar início a um projeto de rastreamento de varinhas. 

O loiro o olhava sem entender.

— Porque eles fizeram isso por mim?

— Porque eu expliquei a eles...

— Como eu me meti nisso? Eu sou tão fraco! Desde cedo me deixo levar.. sempre acreditei ser melhor que todo mundo e, na verdade, eu sou um fraco... não enfrentei meus pais na época de Voldemort porque acreditava no amor deturpado deles por mim, e depois fiquei com Isaac, aceitei aquele amor que me foi oferecido. Eu sou um fraco, buscando ser urgentemente amado por alguém.

— Você sabe que executar um patrono requer muita força não sabe? Malfoy você sempre foi forte! Você só precisa estar cercado das pessoas certas.

— Bem que você falou..." eu posso ver sozinho quem é a pessoa errada", fez bem em não andar comigo. Poderia me ensinar...

— Você ainda lembra disso? - Falou Harry rindo. — Eu posso sim, te mostrar as pessoas certas.

Draco se sentou novamente no sofá, eles se encararam um pouco.

-Acho que eu vou tomar um banho também. — Disse o loiro

— Vou buscar uma toalha

Após o banho os dois voltaram para o sofá. Harry aguardava mensagem de Hermione ou Rony a qualquer momento.

— Acho... que vou aderir a um eletrônico trouxa como esse -falou o loiro apontando para o celular

— Nossa, seria bom mesmo. Na verdade, não entendo porque os bruxos não simplesmente pegam as ideias trouxas como essa que são tão úteis.

— No geral não precisamos tanto, não é como se fosse essencial para nossa comunicação, mas é puro orgulho mesmo, pensando bem.

Harry estava se sentindo estranho próximo de Malfoy. Dias atrás era tudo que ele queria, encontrá-lo, beijá-lo e resolver tudo. Agora ele se sentia com medo, como se Malfoy fosse quebrar a qualquer momento, como se o fato dele querer ficar com Malfoy fosse errado, porque agora tudo que estavam vivendo era muito tenso. Harry mal falava, assim como Draco. Não se tocaram. Em compensação a presença do outro era tudo que eles precisavam naquele momento.

— Devo chamar meu advogado?

— Não sei - Harry deu de ombros -O meu, era Dumbledore  -Sorriu

A mensagem não chegou por celular e sim por carta do ministério, Hermione era do departamento do uso indevido de magia e notificou Draco para um inquérito sobre o obliviate. 

Quando chegaram no ministério, seguindo para o departamento do uso indevido de magias, não imaginavam que passariam tanto tempo ali. Todos foram ouvidos, desde Rony e os outros três aurores, no qual o outro já havia voltado do St.Mungus. Houve o depoimento de Harry e sobre tudo que ele já sabia sobre Isaac. E o depoimento de Draco, que explicou o uso do feitiço para garantir que nunca mais houvessem ameaças com ele, relatou o cárcere privado e a relação abusiva.

A parte mais chocante do caso foi quando informaram que os dois homens que estava na casa não poderiam depor. Eles diziam se chamar Dominic e Maicon, mas nada foi encontrado sobre eles com esses nomes. Eles pensavam que eram irmãos, mas, na verdade, não eram. Aurores foram até o casebre onde eles viviam antes de serem contratados por Isaac e não encontraram nada para identificá-los. As varinhas pertenciam mesmo as eles, então foram buscar informações dos fabricantes. Tudo isso ainda não era tão bizarro quanto ao que estava por vir.

O medibruxo perito examinou os "remédios" encontrados na bolsa, as papeladas sobre a doença falsa de Malfoy e tudo mais. Constatando que, os dois homens conhecidos como Dominic e Maicon, eram, na verdade, Alison e Richard, exs namorados de Isaac, que por não aceitar o final do relacionamento, começou a usar seus exs companheiros como cobaias para perderem memória, criarem uma dependência emocional com ele... ambos foram deixados no casebre antes dos experimentos acabarem. Malfoy seria o próximo a passar pelo procedimento.

Todos estavam horrorizados. E o caso não pode ir adiante pelos danos nas memórias dos rapazes que não lembravam sobre os procedimentos sofridos. As informações sobre a relação deles com Isaac foram graças ao trabalho de investigação dos aurores, com as informações das varinhas e relatos antigos do desaparecimento deles, entre outros.

Por fim, o caso ficou em aberto, mas sem julgamento. Alison e Richard foram transferidos para o St.Mungus para receber tratamento. E ainda não tinha uma conclusão sobre o estado de Isaac.

Jogue comigo, Malfoy_Vol.1  //DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora