Capítulo dezesseis

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Haviam se passado 18 dias desde a conversa que Harry teve com Hermione. O rastreamento de varinha ainda não era possível e Potter estava cada dia mais mal-humorado.

"Copa mundial tribuxo será sediada em Portugal", dizia o profeta diário. 

Rony ainda ignorava Harry, apesar das inúmeras tentativas do moreno em apaziguar a situação. Gina retornou ao apartamento em que morava com Harry, enquanto procurava um novo para se mudar.

— Gina, não precisa sair daqui. Eu...eu que irei sair, certo?

— Harry...eu vou começar do zero. Não quero ficar com esse apartamento. E não se preocupe com isso. Uma amiga minha do time disse que posso passar um tempo na casa dela e...acho que vai ser bom para mim.

Nos treinos, Potter era o melhor, o mais focado e o que mais se dedicava. Isso porque após duas semanas e 4 dias não haviam mais desculpas para não se dedicar ao treino.

— Potter, se continuar nesse pique e não tiver mais nenhum episódio com estimulantes...essa copa já está ganha. — Disse o treinador Thomas

— Mas que merda, eu não usei droga nenhuma. 

— Em compensação, se continuar com essa agressividade...guarde os equipamentos hoje! É isso.

Harry bufou, mas não discutiu.

— Pessoal, último aviso. Olívio Wood virá especialmente para treiná-los para a copa. Aproveitem o máximo dos conhecimentos dele. Com ele e Potter o jogo está ganho. Mas não cantem vitória antes do tempo!

"Mas que ótimo", pensou Harry. Apesar de gostar muito do antigo colega de escola e treino, reconhecia que seria um desgaste grande diante de suas atuais frustrações.

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Durante os 20 dias...
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N/A. Só para lembrar que esse é o ponto de vista de Draco, que está em relacionamento abusivo. Não existe romantização. É manipulação, mas está sendo descrito pela visão dele.
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POV Draco

Posso parecer um mal agradecido, mas sim, estou na França me sentindo um merda! Depois de uma semana torturante em meu apartamento na companhia de Isaac, decidi escolher um destino para viajarmos. Eu sabia que iria ser uma droga, Isaac sabia que seria uma droga e agora a França sabe que está sendo uma droga.

Nos dias em que ficamos no apartamento, aproveitei para estudar ao máximo, assim eu me dedicava ao curso para quando retornasse e também me ocupava, tirando o tempo que seria com ele ao meu lado.

Zac decidiu registrar nossos momentos "felizes" para me lembrar que estamos "bem". E é claro que não funcionou. Em muitas eu nem olho para a câmera, o que acabou rendendo muitas fotos "conceituais" minhas -fico rindo só de lembrar- fiquei muito bonito nelas.

Tenho que admitir que ele tentou melhorar. Todo o clichê Parisense de flores, cafeterias, Torre Eiffel. Disse me amar, que faria tudo para me reconquistar e se arrependia da maneira que estava me tratando. Mas...Eu tive o Potter em minhas mãos, como querer outra coisa a não ser o próprio Potter de novo? Me preenchendo e me levando ao máximo prazer? Não vejo a hora de voltar para Londres e arriscar tudo na tentativa de tê-lo novamente.

Draco e Isaac retornaram a Londres, e não havia mais escapatória, iriam agora ver uma casa para morarem juntos. Apesar de muita resistência do namorado, Malfoy conseguiu convencê-lo a procurar algo no mesmo bairro em que ficava seu apartamento. Já conhecia a vizinhança, que o aceitava apesar do seu passado. Não queria arriscar o desconhecido.

 A casa "perfeita" foi achada pelo casal. Chegava a ser brega e previsível o gosto do Medibruxo pelo ambiente "família feliz". Podia não ser uma mansão, mas era enorme.

— Perfeita! Eu não poderia estar mais feliz.- Falou o medibruxo

— Vamos entrar, preciso encontrar um lugar para ser meu escritório.-Disse secamente Draco enquanto olhavam a casa azul anil a sua frente.

— Draco, eu vou botar algumas pessoas para trabalharem aqui.. Você sabe, jardineiro, vigia, e te dar a vida que você sempre quis.

"Que eu quis? A vida que eu quero inclui o Potter sobre meu corpo, não uma casa azul brega", Draco pensou.

O cômodo para montar o escritório havia sido escolhido e o casal logo iniciou a mudança. Malfoy acreditava que com o retorno a Londres, logo retomaria o curso. Como estava enganado, Isaac continuava a pressioná-lo para se manter em casa, o convencendo a tirar 1 mês de recesso.

Draco percebia que o vigia/ segurança e o jardineiro já eram amigos de Isaac pela maneira que se tratavam, mas não quis se intrometer.

Tudo aconteceu na manhã do vigésimo primeiro dia (a contar da última vez que Harry e Draco se viram)

-Draco, vou precisar sair. Quer alguma coisa?

-Porque não me espera? Preciso sair um pouco.

-Não será possível, vou buscar documentos que estão no campo e... não quero você por lá. -Disse Isaac, travando o maxilar e empinando o nariz para encarar Draco.

O coração de Malfoy acelerou ao escutar sobre o campo, imaginou-se encontrando Potter outra vez. Mas estremeceu.

-Tudo bem, vou estudar.

-Muito bem, não está só. Tem o pessoal do jardim e da vigilância.

Malfoy cogitou transar com eles, só para deixar seu companheiro sem opções. Sacodiu a cabeça, saindo dos devaneios, pensando no que poderia fazer. Aguardou o outro sair de casa, e quando isso aconteceu. Draco decidiu retomar seus estudos, "Se eu retornar ao curso sem avisar, ele terá que aceitar, pois, seria muito suspeito trancar e voltar tantas vezes. Ele vai ter que permitir".

Estava arrumado e já fechando a porta quando:

— Bom dia, senhor. O que está fazendo? Precisa de algo? — Falou o jardineiro, que logo chamou atenção para o vigia que ficava no portão.

— Não, obrigado! Será uma saída breve...

— Porque não aguarda o Sr. Isaac voltar e avisa direto para ele? — Insistiu o jardineiro, que de forma suspeita, moveu a mão para o bolso das calças.

— Não julgo necessário, agora se me der lice...

— Sr. Malfoy, recebemos ordem para não deixar você sair, mandar cartas, ou qualquer coisa do tipo. Sim, somos bruxos. Por favor, retorne para dentro de casa. - O homem agora estava de fato com uma varinha em punho. 

Malfoy empalideceu, ainda que isso parecesse impossível com sua pele já tão alva. Olhou para ele franzindo o cenho, e olhou ao seu redor. O vigia também o encarava empunhando uma varinha. Agora o sonserino fazia ideia de que estava totalmente ferrado! Engoliu seco.

POV Draco

Certo, aquele filho da puta desgraçado nem disfarça mais. Preciso fazer algo urgente. Tem de haver um jeito de falar com Harry!

Jogue comigo, Malfoy_Vol.1  //DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora