Naquela noite, depois de um longo abraço a jovem senhora se levantou. Sasuke sequer poderia tirar os olhos dela e de tudo o que fazia. Se antes a achava perfeita, agora seu amor e devoção a faziam parecer um ser celestial. Ela sequer se vestiu, mas suas bochechas continuavam vermelhas e seu olhar sobre sua nudez a faziam ficar envergonhada. Mas era tarde para se ter tanta vergonha depois do que fizeram.
Sakura sumiu em direção ao banheiro, e um barulho forte de água assim como o visível vapor podia ser escutado pelo jovem general. Estava deitado em frente à lareira. Voltou seu olhar para o teto com um sorriso de perfeitos dentes enfileirados e brancos, um sorriso bobo. Feliz. Estava suado, vermelho, e suspirava. A tensão de anos havia saído de seu corpo.
Sua atenção foi chamada novamente por uma silhueta tentadora na porta do banheiro. Ela saiu do local com o mesmo sorriso bobo que ele, e quando se encararam gargalharam.
-Eu preparei um banho, quer vir comigo? -Sua voz pareceu doce aos ouvidos de seu marido. Ela caminhou até ele lhe estendendo a mão. Ele se levantou e segurou a mão macia que ela lhe estendia. Juntos caminharam até a banheira de porcelana firme e espaçosa. A água estava terrivelmente quente. Naquela noite fria, um banho como aquele era tentador.
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Naquela noite conversaram sobre diversas trivialidades sobre o casamento. Se enxugaram juntos e se vestiram. Deitaram juntos e pegaram no sono quase que instantaneamente.
Tudo estava bem. Eram quatro e meia da manhã, e o mesmo pesadelo retornara. O pesadelo que fazia o jovem Sasuke reviver traumas de guerra. Sasuke viu os corpos jogados em trincheiras e o cheiro era de revirar o estômago. Mães o julgavam por assassinar seus filhos e a vontade de tirar sua própria vida retornava. Levantou-se assustado e quase aos prantos por culpa acordando Sakura com ele.
-Sasuke? -Ela o chamou. Aos poucos ele caia em si sobre o que havia acontecido e Sakura também.
Acariciou delicadamente suas costas chamando sua atenção. Era a segunda vez que via lágrimas o atormentando. Ele parecia reconhecê-la em meio a todo o desespero do sonho. Sakura acariciou seu rosto e aquilo nublou sua mente. O cheiro de lavanda nublou sua mente. Ela o puxou para si e Sasuke a abraçou. Agora seu rosto repousava em seu pescoço. Em uma das línguas dos povos gelistas, Sakura começou a cantar uma canção de ninar. A culpa saia de seu coração quase como se ela fosse curativa. E era. Adormeceu escorado em seu corpo quente com a certeza de que enquanto possuísse seu amor, os pesadelos jamais o alcançariam novamente.
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O sono era pesado, seu corpo havia relaxado a tal ponto que jamais julgara ser possível. Seus olhos verdes vasculhavam aos poucos o quarto luxuoso e claro que agora era seu. Seus olhos de um verde enigmático captaram um rapaz em trajes militares e azuis. Seus cabelos estavam perfeitamente penteados e ele segurava um chapéu em baixo do braço. A coisa mais diferente nele, era seu sorriso. Sua expressão de felicidade genuína completada por olhos negros brilhosos e bochechas vermelhas como se ele houvesse corrido uma maratona. Sakura sorriu.
-O que faz parado me olhando general Uchiha? Você não cansa de fazer isto? -Sakura brincou. Ele caminhou até ela lhe acariciando o rosto.
-Como eu poderia me cansar? É a coisa mais linda que os meus olhos já viram. Temo que seja uma miragem senhora, e escape dos meus dedos como as neblinas ao alvorecer. -Um silêncio pairou em que a energia de ambos apenas se entrelaçava mais. Amavam-se. Sua pequena mão acariciou o rosto dele.
-Pois eu não vou sumir Sasuke, não posso viver sem minha vida, e ela passou a se resumir a você. -Disse ela com um sorriso doce aquecendo o coração dele fazendo-o sentir a paz de um amor tranquilo. Sasuke beijou sua testa e logo caminhou até a porta de seu quarto, ele olhou para trás vendo-a sorrir e logo fez o mesmo antes de sair. Tinha seus afazeres.
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Endless Wars [Terminada]
Science Fiction1938, Guerras derramaram incontável sangue inocente, ditando os vencedores e perdedores daquelas terras. Vencidas as batalhas, as tropas agora mereciam o seu descanso e os vencedores desfrutam de sua vitória acima dos povos conquistados e inocentes...