Uma semana havia se passado desde a festa dos cristais e o jovem general, herdeiro das terras Uchiha ao sul, parou de pedir chás a sua pobre governanta. Sequer a via.
Sasuke agora estava sentado olhando o horizonte ainda dentro de sua sala. A paisagem era terrivelmente gelada. O jovem rapaz tinha tantos segredos, dentre eles... O que era terrivelmente sensível, tímido e solitário. Não podia se permitir o luxo de amar alguém, se interessar por alguém de tão pouca idade e família tão mesquinha.
Entretanto, começava a lhe doer o peito que a menina sentisse aversão a ele porque... Encarou o chão. "Como sou deplorável!" ele pensou. Invejava Naruto pela facilidade em falar o que pensa, pela facilidade que ele possuía em interagir com pessoas que não conhece, sem parecer um antipático nojento. Em pouco tempo não conseguiu interagir direito com qualquer gelista que fosse. Muito menos com ela. Balançou a cabeça irritado. Era melhor assim, pensou.
Sakura mal dava as caras e quando dava apenas se encaravam casualmente. A menina não dormia mais na grande casa do general, ela passou a achar que era melhor assim. Arrogante como ele era logo estaria se autopromovendo ou se elevando pelo benefício dado aos serviçais e ela não queria isso sobre si. Ela voltava toda noite para dormir na casa da tia. Achou que fosse conseguir superar, mas ainda lhe doía que ela parecesse tão indiferente, tão inalcançável. Não conseguia deixar de reparar cada coisa nela. As leituras pelos cantos da casa em seu tempo livre, os lábios sempre vermelhos e de aparência macia. O sorriso vivo e sapeca e a sabedoria que nenhuma mulher havia exibido ainda. Balançou a cabeça mais uma vez irritado por estar angustiado.
Do outro lado da casa Sakura se perdia na enorme sala de artes. Não sabia que o patrão colecionava artes. Haviam quadros, estatuas em uma sala luxuosa e sofisticada. Sakura gostava de limpar os artefatos ali apenas para apreciá-los. Ele era mesmo um estúpido? Um estúpido conseguiria ser tão sensível para artes a ponto de colecioná-las? Havia uma estátua de mármore que era a réplica exata do rosto dele. Sakura perdia segundos impressionada com a semelhança da obra e a beleza dele. Ela balançou a cabeça negativamente. "Quanta bobeira!" Pensou.
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Um mês havia se passado e o jovem general governava Konoha como uma extensão do poder de Madara, seu tio. Neste momento Sasuke lia uma carta oficial. O líder do país do fogo, Madara Uchiha visitaria Konoha e conseqüentemente, seu sobrinho. Sasuke sorriu, talvez seu irmão pudesse vir vê-lo também. Ao menos uma felicidade em meio a tudo. Um ponto de alegria em meio ao desprezo sentido pela menina que tinha o dom de coloca-lo em uma agonia sem fim. O jovem Uchiha abriu um sorriso que há tempos ele não conseguia fazer. Naruto que estava ali resolvendo relatórios e completando documentos com o amigo abriu um sorriso o Uchiha feliz.
-O que dizia a carta? -Questionou o Uzumaki.
-Madara vem me ver. -Fazia meses que não via o tio devido a guerra. Madara lhe fizera papel de pai depois que o seu próprio morreu.
-Ele gostaria de uma boa recepção. Madara é extravagante, adora bebida, músicas, tudo que faça a população ver sua abundância e sofisticação. Por que não faz um baile aqui? Olha o tamanho dessa casa. Porque não? -Disse Naruto fazendo o rapaz sorrir com a ideia.
-Claro. É... Isso é... Interessante. -Disse Sasuke voltando ao semblante sôfrego de sempre.
-Hinata e eu podemos organizar tudo. Podemos pedir os empregados de Suna emprestado para que os empregados de Konoha possam estar presentes. -Disse o rapaz.
-Hm. -Sasuke se doloriu com um flashback de como ela estava encantadora no último baile. Bufou irritado.
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Quando o homem uniformizado de longos cabelos grisalhos e rebeldes passou por seu hall, os olhos de Sasuke brilharam chorosos. Ele jamais deixaria aquelas lágrimas cairem, mas quase cairam quando ao lado dele surgiu um rapaz que era o clone de Sasuke pouca coisa mais velho. Ambos sorriam para o rapaz e se deram um breve abraço. Sakura não pode deixar de abrir um sorriso para cena. Ambos passariam apenas o final de semana por ali.
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Endless Wars [Terminada]
Fiksi Ilmiah1938, Guerras derramaram incontável sangue inocente, ditando os vencedores e perdedores daquelas terras. Vencidas as batalhas, as tropas agora mereciam o seu descanso e os vencedores desfrutam de sua vitória acima dos povos conquistados e inocentes...