POV Número Cinco
A cada vez que nos aproximávamos da residência Bane, a impressão que tínhamos é que mais parecia demorar para chegarmos. A onda de ansiedade e preocupação tomava-me de maneira exuberante, e sabia que estava prestes à perder o controle em breve. O ponteiro do velocímetro subia cada vez mais e senti o meu coração começar a se acalmar no momento em que meus olhos enxergaram o grande portão da casa dos familiares de Selina.
- Você não vai nos contar, não é? – Allison questiona-me, se referindo à minha expressão um tanto perturbante ao juntar as peças do quebra-cabeça. Decido manter o silêncio, pois naquele momento não era uma boa companhia para quaisquer coisas – Droga, Cinco!
- Aposto que a culpa pelo o que está acontecendo à Selina é culpa deste velhote! – Luther balbucia ao banco de trás enquanto cruza os braços, e por mais que desejasse negar, ele estava certo.
Sabíamos que os suecos estavam atrás de Selina, pois seus pais não cumpriram com a parte do acordo feito entre eles, mas pensar em perdê-la para a morte e principalmente, que eu fosse o seu causador, era insuportável.
Não poderia viver sem ela.
Ao perceberem que não os responderiam, Allison e Luther simplesmente pararam de tentar, e em silêncio, agradeci por isso. Após passarmos os portões, estacionei o carro bruscamente e pude notar o carro de Elliott estacionado logo à frente e quando estávamos prestes a entrar na residência, fomos surpreendidos por um barulho que conhecíamos muito bem.
Uma arma havia sido disparada.
- Selina! – Reconhecemos a voz de Vanya extremamente preocupada e sinto o meu corpo se paralisar – Vá atrás dela!
Nós nos entreolhamos rapidamente e então uso os meus poderes de teletransporte para me teletransportar para a direção de onde ouvi a sua voz. Diego acabara de lutar contra um dos irmãos suecos que havia lhe dado uma bela bofetada, correndo em direção contrária. Em outras circunstâncias iria atrás dele sem hesitar, mas o meu foco estava em outra pessoa.
- Ah! – Diego diz em desdém enquanto usa as costas de suas mãos para limpar o sangue que escorre em seus lábios – Resolveu dar as caras?
- Cale a boca, Diego! – Eu o respondo friamente – Onde está Selina?
- Naquela direção! – Vanya diz enquanto começa a correr à frente – Vamos!
O jardim da família Bane era extremamente grande, cercado por árvores e arbustos, o que apenas dificultava a nossa visão, principalmente à noite. Já não havia o barulho de anteriormente, agora, apenas existia um silêncio inquietante e assustador que foi quebrado por passos apressados, vindos atrás de nós. Allison e Luther.
- Onde está Klaus? – Allison nos questiona.
- Com Selina. – Vanya o responde e então é possível ouvir uma voz que conheço incrivelmente bem se elevar.
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NÚMERO OITO
FanficA normalidade não me pertencia, e essa era a única coisa a qual tinha certeza. Desde que me conheço por gente, o meu lar é na Farm, um pequeno orfanato localizado na saída da cidade, onde a única coisa "anormal" que havia acontecido foi marcada pela...