POV Selina Hargreeves
Acredito que quando se ama alguém e é recíproco, você se torna vulnerável. Os seus inimigos passam a ter o poder te te machucar de um jeito que ninguém pode. A partir daquele momento, as horas passariam, assim como os dias. Nós cresceríamos e envelheceríamos, e muito em breve, todos se esqueceriam do que acabara de acontecer. As manchetes nos jornais regionais e até mesmo de cidade vizinhas, lamentariam a morte de Hayley Bane, esposa de Joseph vulgo um grande empreendedor, rico e influente homem da cidade de Dallas.
Como eu disse, eventualmente se esqueceriam deste trágico dia. Exceto Klaus, Joseph e eu. Mas há algo, bem lá no fundo, que não mudaria, apenas cresceria.
Vingança.
E era por este sentimento que cada célula de meu corpo estava tomada neste exato momento. O homem sueco resmungava algumas palavras que mais pareciam xingamentos enquanto apoiava-se ao chão para levantar-se, e é então que estava disposta à fazê-lo sentir o que é dor. Dizem que o tempo cura todas as feridas. Mas quanto maior é a perda, mais profundo é o corte. E mais difícil é o processo para ficar inteiro novamente. A dor pode desaparecer, mas as cicatrizes servem como lembrete do sofrimento.
Hoje, eu choraria a morte da primeira pessoa após dezessete anos, mostrar-me o que era o verdadeiro relacionamento entre mãe e filha. O tipo de amor a qual sempre tive a enorme vontade de conhecer e sentir. Sentimento aquele, que havia sido tirado de mim. Mas se era para eu sofrer, eles também sofreriam. Era possível sentir os meus poderes se locomoverem em cada parte de meu corpo, implorando para serem usados.
- Você sabia que quando colocamos um rato dentro de um balde de aço e começamos a esquentá-lo, ele tentaria escapar por baixo? – Questiono o sueco mais novo enquanto dirijo-me até ele, lentamente. É possível notar um rastro de fogo sendo deixado para trás, queimando o lindo gramado da residência Bane – Sinto lhe informar, mas você é o rato. – No momento em que ergo as minhas mãos para usar a minha telecinese e prendê-lo ao chão, noto os seus olhos se arregalarem.
- Selina! – Reconheço a voz de Cinco imediatamente, mas o ignoro. Em fração de segundos, ele se teletransporta ao meu lado.
- Não se atreva a tentar me impedir! – Esbravejo.
- Jamais. – Ele diz, surpreendendo-me com as suas palavras – Acabe com ele. – Ele sorri, dando-me uma piscadela e mantendo-se em alerta, caso pudéssemos ser surpreendidos por seu outro sueco.
Apenas sorrio em resposta e então meus olhos voltam-se a dirigir para o homem à minha frente, onde agora, demonstra-se estar extremamente assustado e amedrontado e então o vejo começar a se debater ao chão. A temperatura em meu corpo começava a subir e meus olhos estavam prestes a mudar de cor, porém, não usaria todo meu poder de uma só vez, pois seria uma morte rápida, e ele merecia sofrer. Ele morreria lentamente e cruelmente.
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NÚMERO OITO
FanficA normalidade não me pertencia, e essa era a única coisa a qual tinha certeza. Desde que me conheço por gente, o meu lar é na Farm, um pequeno orfanato localizado na saída da cidade, onde a única coisa "anormal" que havia acontecido foi marcada pela...