A normalidade não me pertencia, e essa era a única coisa a qual tinha certeza. Desde que me conheço por gente, o meu lar é na Farm, um pequeno orfanato localizado na saída da cidade, onde a única coisa "anormal" que havia acontecido foi marcada pela...
"A voz dela estava diferente..." Eu penso no minuto em que levo o telefone de Elliott ao gancho. Conheço Selina excecionalmente bem para saber e entender as mudanças em sua voz, o que significa é claro, que o rumo da conversa entre ela, Hayley e Joseph foi de mal à pior. O apocalipse se aproximava, e ainda não havíamos descoberto nada que fosse relevante, mas naquele momento, a única coisa a qual me interessava era encontrá-la.
- E então? – Elliott pergunta ao me ver desligar o telefone – Onde ela está?
- Em um bar, Night Clube. Sabe onde fica?
Ele sorri enquanto assente, e então explica-me onde a localização do bar. Estava prestes à entrar na sala para pegar as chaves do carro, quando alguém extremamente irritante, bloqueia a minha passagem.
- Onde você vai? – Lila questiona-me no momento em que nota me aproximar da mesa de centro, onde as chaves do carro estão.
- Não te interessa. – Eu a respondo grosseiramente e então ela é mais rápida e pega as chaves antes que eu possa tocá-las – O que você está fazendo, garota?
- Você é muito estressadinho para alguém do seu tamanho e da sua idade. – Ela sorri e eu reviro os meus olhos.
- Para a sua informação, eu sou muito mais velho do que você. Agora, dê-me a chave!
- Hum... – Ela leva uma de suas mãos até o queixo – Essa chave? Por que você não vem pegar?
Ela desafia-me e a pouca paciência que me resta, está prestes a se dissipar. Sem tempo para as suas brincadeiras fúteis, uso o meu poder e me teletransporto ao seu lado, o que a faz assustar e então, pego as chaves de suas mãos, sem pestanejar.
- Você é um chato! – Ela esbraveja.
- Você já se olhou no espelho? Recomendo fazer isso. – Digo friamente enquanto aproximo-me da porta da casa de Elliott e desço as escadas, seguindo em direção ao carro.
•••
POV Selina Hargreeves
Ao sair da cabine telefônica, encaro a entrada do bar que agora há várias pessoas à frente enquanto um segurança tenta controlar a enorme fila que se forma. Relutantemente, respiro fundo e então sigo em direção a entrada. "Eu vou matar o Klaus!" Eu penso, e então sinto grandes e fortes mãos segurarem-me pelo braço.
- Para o fim da fila, gracinha! – Só então, dou-me a conta de que se trata do segurança, barrando a minha entrada.
- Você sabe com quem está falando, gracinha? – Eu arqueio a sobrancelha enquanto lhe devolvo a pergunta, dando ênfase na palavra "gracinha".
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- Eu deveria?
- O sobrenome Bane, significa algo para você? – Pergunto-lhe enquanto sorrio de forma maliciosa e o vejo se surpreender.