TIMESKIP | 16:40PM
Entro como um furacão dentro do hospital. Que devido ao tempo de férias, tem poucas pessoas circulando. Meu tempo de espera na recepção é curto e a atendente não demora nada até me explicar onde devo ir, para ver meu filho.
Devido a adrenalina em meu sangue e o desespero nítido em todo meu corpo — já que minhas mãos tremem como duas varas verdes e minhas bochechas esquentam pelo nervoso — eu resolvo ir as escadas.
E a todo minuto, peço aos céus, para que as minhas desconfianças estejam erradas. Peço aos céus para que meu pequeno Joon esteja bem e que nada tenha acontecido de tão grave. Ele é tão pequenino e não merece passar por esse tipo de coisa. Meu coração acelera a cada pensamento desesperador e angustiante que passa dentro de minha mente.
Ao terminar de subir os degraus do terceiro andar, meus passos são rápidos em desviar das pessoas. E assim que chego perto dos quartos, vejo a figura de Taehyung encostada na parede, com a figura de Nara em sua frente. Ela o consola e ele parece realmente abalado.
Nara é a primeira a notar minha presença e quando o faz, vejo seu sorriso singelo. E ela não demora a se afastar de Taehyung.
— Cadê meu filho? Como ele está? — Minha voz desperta Taehyung do transe e ele rapidamente me encara. Seus olhos estão vermelhos e suas bochechas coradas.
— Ele está em observação. Os médicos não permitem a entrada de ninguém da família. Ele teve uma crise alérgica forte. — A cada palavra que ele profere, meu coração acelera muito mais. Taehyung até tenta se aproximar de mim, mas, ao ver que não há redenção por minha parte, ele se afasta. — Ele está estável, mas sob observação.
Minhas mãos tremem muito mais e eu me curvo. A possibilidade de ter o meu neném machucado, me dói. E eu sinto todos os nervos do meu corpo doerem. Sua dor, torna-se a minha dor. Apoio as minhas mãos sobre meus joelhos, engolindo todo meu choro, segurando todo meu desespero. A última coisa que Haejoon precisa é de uma mãe desesperada e energias negativas para cima de si. Meu menino precisa ficar bem e voltar para os meus braços.
— Como isso aconteceu? — É a única coisa que eu pergunto.
— Eu estava dando a mamadeira para ele, Areum. O leite que foi indicado pelo pediatra dele foi dado. Quando o leite acabou, eu tratei de comprá-lo. — A voz de Taehyung é trêmula, dolorosa. — Porém, quanto mais ele tomava do leite, mais ele engasgava. Haejoon ficou vermelho nos meus braços.
Sua declaração me desespera cada vez mais. Adultos alérgicos é algo complicado, mas, um pequeno bebê, que nem mesmo seus um ano de idade tem ainda, é pior em níveis terríveis. Se a crise alérgica não for tratada imediatamente, os riscos de vir a óbito são mil vezes maiores.
Observo Taehyung com total atenção. Consigo compreender seu desespero. Mas, eu pouco me importo com a dor que ele sente. Eu simplesmente não consigo olhar em seu rosto e minhas desconfianças apenas aumentam, devido a figura de Nara em seu encalço.
— Foi você que comprou o leite? Sua pessoa, indo até a farmácia, comprar o leite. — Específico, para que ele consiga entender o que desejo que ele entenda. Minha voz é alta, pelo nervoso que sinto. E meus olhos o analisam com mais intensidade. Posso ver até mesmo ele engolir em seco.
Esse seu ato falho, me explica muitas coisas. Porque apesar de seu olhar ser doloroso, também é confuso. O que me passa a sensação de que ele não se lembra.
— Areum-ssi, fui eu quem fiz as compras a pedido de Taehyung. — Nara diz. — Comprei o melhor leite para Haejoon, o leite que ele gosta.
Seu tom de voz é irônico, forçado. Somente suas palavras, são suficientes para me fazer sentir como se todo o sangue de meu corpo fosse drenado para fora de mim. E tudo piora a partir do momento em que eu olho em seus olhos e vejo seu sorriso fingido. Sua falsa dor, sendo mostrada para mim. Suas intenções sendo postas ali, em minha cara.
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𝐑𝐄𝐏𝐄𝐍𝐓𝐄𝐀𝐍𝐂𝐄, 𝐤𝐭𝐡.
RomanceX [NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES DESSA OBRA] X Arrependimento é algo que todos vamos sentir, pelo menos uma vez em nossas vidas. Ou até mesmo, constantemente. Tudo depende de nossas ações no passado. Afinal, tudo que fazemos se repercutirá profundamente em...