05. Idem

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Não demora muito até que Jungkook, Yoongi e Jimin apareçam em minha visão. Os três, juntinhos. Lado a lado. Porém, com expressões nada boas. Provavelmente, incomodados com a presença um do outro. Já que eles estão ultimamente bem afastados.

Mas, não reparo tanto nisso. Não sou capaz de reparar em como eles estão afastados, já que quando eles se aproximam por completo, eu volto a chorar. Jungkook é o primeiro a se aproximar de mim e me abraçar. Ele me abraça forte e beija minha bochecha, passando através do abraço, todo conforto possível.

Taehyung continua quieto, no mesmo lugar. Ele sequer se move. Ele só faz algum movimento, quando Jimin aproxima-se dele. E é com os olhos inchados e cheios de lágrimas, que ele se levanta e abraça Jimin.

Consigo ouvir um "Eu sinto muito. Foi minha culpa, Hae tá mal, foi minha culpa."

Somos consolados por pessoas diferentes. Yoongi, não vai para nem um e nem outro. Ele se senta e cruza os braços, massageando as têmporas. As veias de seu pescoço estão alteradas e eu sei que ele se segura.

Yoongi é assim. Ele prefere se manter quieto. Ao invés de falar merda ou algo que vá machucar. E se eu bem o conheço, assim como todos os outros, ele está se segurando.

— Se acalme sim? — Jungkook sussurra perto do meu ouvido. Me encolho em seus braços e assinto devagar para suas palavras. — Haejoon vai ficar bem. Ele é um neném muito forte!

— Foi ela, Jungkook. Nara sempre soube que ele tinha alergia a esse tipo de leite. — Minha voz fica cada vez mais embargada. — Ela tentou matar meu neném. Ele é só um bebê! Haejoon nunca fez nada de mal para ninguém.

Minha voz fica cada vez mais trêmula e mais difícil. Eu não consigo nem mesmo falar direito sem chorar. Jungkook me abraça mais.

— Eu avisei a ele, eu avisei. Praticamente implorei pra ele.

— Todos avisamos, Areum. Mas, ele não escutou. — Sua voz é calma ou ele pelo menos tenta soar calmo, em toda essa situação. — Avisamos várias vezes, chega uma hora que cansa.

— Eu não vou permitir que meu filho fique naquela casa, com aquela mulher. — Informo a Jungkook e como meu tom de voz soa alto, isso atrai a atenção de Taehyung.

— O que você disse? —Taehyung questiona.

— Depois vocês acertam isso. Não é o momento para brigas. — Jimin pede e segura no braço de Tae, que desvia do toque e vem em minha direção.

Jungkook respira fundo. Meus olhos se arregalam levemente, por ver sua reação completamente diferente da habitual.

— É isso mesmo que você ouviu. Deseja que eu diga de novo? — Sinto minhas bochechas quentes, a partir do momento que vejo seu rosto raivoso.

— Você não vai fazer isso.

— Com meu filho correndo risco de vida, sob sua custódia, acha mesmo que eu vou permitir que ele continue com você? — Me exalto e Jungkook me segura um pouco mais forte.

Precaução, Jungkook me puxa para trás. Mesmo que em minha mente Taehyung não vá tentar nada agressivo. Mas, a cada passo pequeno para trás, Taehyung se aproxima ainda mais.

— Está realmente ficando paranoica. Pelos céus, o que você tá pensando? — A cada palavra, ele se aproxima um passo a mais e a maneira que se comporta, me assusta.

Me assusta pelo simples fato de achar que ele vai tentar algo violento, ou até mesmo, ríspido. Não só eu me assusto pela mudança de seu comportamento drasticamente, como Jungkook segue pelo mesmo caminho. E por puro instinto, ele me protege.

𝐑𝐄𝐏𝐄𝐍𝐓𝐄𝐀𝐍𝐂𝐄, 𝐤𝐭𝐡.Onde histórias criam vida. Descubra agora