[Leiam as notas finais! Boa leitura!]
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PARK AREUM | POV
Toco as mãozinhas pequenas de Haejoon e beijo seus dedinhos pequenos. Seu sono é tranquilo. Diferentemente do sono que teve alguns dias atrás, o sofrimento pelo qual passou, devido a sua alergia.
Diferente das outras vezes, eu não consigo sentir nada. Eu não consigo sentir nada em relação a tudo que aconteceu, me sinto inteiramente anestesiada e estranhamente nostálgica. As lágrimas que antes caiam com abundância por meus olhos, tornam-se escassas. É como se eu caísse em um choro mudo, doloroso, esperando por algo que eu sei que jamais chegará.
Encarar meu filho naquela situação, meu pequeno menino inocente e perceber que sua vida quase foi ceifada por uma pessoa sem escrúpulos, me parte o coração. É de uma dor sem tamanho, que eu sequer consigo descrever com palavras, apenas sentir.
— EU VOU ENTRAR! ELE É O MEU FILHO! PRECISO VER ELE! NÃO PODEM ME BARRAR!
Ouço a gritaria do lado de fora da área pediátrica. Levo meu olhar em direção ao relógio, percebendo o horário que é e que toda a gritaria dentro daquela área pode acordar os bebês que estão descansando naquele andar.
Não demoro até levantar rapidamente, e em passos rápidos, saio do quarto. Puxo a porta com calma e tranco-a rapidamente. Não demoro até correr alguns passos pelo corredor e dar de cara com Taehyung e alguns enfermeiros tentando segurá-lo. Para que ele não passe para a área onde se encontra o quarto de Haejoon. Devido a ordem que pedi, Taehyung não pode passar por esse corredor sem a minha autorização.
Não porque eu considere ele uma ameaça, mas, porque foi demais tudo que aconteceu. Taehyung não verá nosso filho, não depois de tudo. Contudo, vendo o estado em que ele se encontra e o quão transtornado ele está, me sinto profundamente incomodada.
— O que é isso? O que está acontecendo aqui? — É a primeira coisa que eu digo, assim que me aproximo dos enfermeiros e de Taehyung. Ele me encara, automaticamente sua pose muda e ele se acalma um pouco mais.
— Eles não me deixam ver ele, Areum. — Indaga com a voz alta, mas, seu tom é diferente. — Não me deixam passar, eu preciso passar. Quero ver meu filho, me deixe ver, Haejoon. — Ele pede. Os olhos automaticamente se enchem de lágrimas e é imediato que elas caiam por suas bochechas.
É como se meu peito se sufocasse. Meu coração fica ainda mais apertado, partido em vários micro pedaços, que eu sei que não vou conseguir juntar todos e refazê-lo novamente. Tudo que eu gostaria de ouvir de si, no início disto tudo, eram essas palavras. A noção que eu gostaria que caísse aos seus ombros, finalmente caiu. E eu não faço a mínima ideia de como me sinto. Principalmente por vê-lo chorando copiosamente em minha frente, enquanto encara qualquer coisa que não sejam os meus olhos.
Eu não deveria estar feliz com a sua infelicidade, não é mesmo? Afinal, ele me quebrou e me destruiu. Destruiu os meus sentimentos, de uma forma que ninguém deveria ser destruído. Nem mesmo os nossos inimigos. Eu deveria estar radiante de felicidade por vê-lo chorar e sofrer desse jeito em minha frente, quase ajoelhando-se aos meus pés.
Mas, por que diabos, eu simplesmente me sinto ainda mais destruída de vê-lo assim? Eu o amei tanto que, no fim, vê-lo sucumbir ao declínio pessoal e mental. Não é algo que me agrada. Não é uma coisa que me faz feliz. A desgraça alheia não me deixa contente, mas sim, triste.
Eu compreendo que há pessoas, neste momento, que conseguem se deliciar com a desgraça alheia. Mas, eu não consigo. Não consigo me deliciar com as lágrimas dele, quando eu sei que elas são lágrimas de dor. É muito real e muito doloroso para que ele simplesmente consiga ser capaz de forçar. O choro que provém da dor da alma, é um choro real. E ele, ele é o único que não conseguimos forçar.
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𝐑𝐄𝐏𝐄𝐍𝐓𝐄𝐀𝐍𝐂𝐄, 𝐤𝐭𝐡.
RomanceX [NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES DESSA OBRA] X Arrependimento é algo que todos vamos sentir, pelo menos uma vez em nossas vidas. Ou até mesmo, constantemente. Tudo depende de nossas ações no passado. Afinal, tudo que fazemos se repercutirá profundamente em...