13. O que está feito, está feito.

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[Leiam as notas finais! Boa leitura!]

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PARK AREUM | POV

Toco as mãozinhas pequenas de Haejoon e beijo seus dedinhos pequenos. Seu sono é tranquilo. Diferentemente do sono que teve alguns dias atrás, o sofrimento pelo qual passou, devido a sua alergia.

Diferente das outras vezes, eu não consigo sentir nada. Eu não consigo sentir nada em relação a tudo que aconteceu, me sinto inteiramente anestesiada e estranhamente nostálgica. As lágrimas que antes caiam com abundância por meus olhos, tornam-se escassas. É como se eu caísse em um choro mudo, doloroso, esperando por algo que eu sei que jamais chegará.

Encarar meu filho naquela situação, meu pequeno menino inocente e perceber que sua vida quase foi ceifada por uma pessoa sem escrúpulos, me parte o coração. É de uma dor sem tamanho, que eu sequer consigo descrever com palavras, apenas sentir.

EU VOU ENTRAR! ELE É O MEU FILHO! PRECISO VER ELE! NÃO PODEM ME BARRAR!

Ouço a gritaria do lado de fora da área pediátrica. Levo meu olhar em direção ao relógio, percebendo o horário que é e que toda a gritaria dentro daquela área pode acordar os bebês que estão descansando naquele andar.

Não demoro até levantar rapidamente, e em passos rápidos, saio do quarto. Puxo a porta com calma e tranco-a rapidamente. Não demoro até correr alguns passos pelo corredor e dar de cara com Taehyung e alguns enfermeiros tentando segurá-lo. Para que ele não passe para a área onde se encontra o quarto de Haejoon. Devido a ordem que pedi, Taehyung não pode passar por esse corredor sem a minha autorização.

Não porque eu considere ele uma ameaça, mas, porque foi demais tudo que aconteceu. Taehyung não verá nosso filho, não depois de tudo. Contudo, vendo o estado em que ele se encontra e o quão transtornado ele está, me sinto profundamente incomodada.

— O que é isso? O que está acontecendo aqui? — É a primeira coisa que eu digo, assim que me aproximo dos enfermeiros e de Taehyung. Ele me encara, automaticamente sua pose muda e ele se acalma um pouco mais.

— Eles não me deixam ver ele, Areum. — Indaga com a voz alta, mas, seu tom é diferente. — Não me deixam passar, eu preciso passar. Quero ver meu filho, me deixe ver, Haejoon. — Ele pede. Os olhos automaticamente se enchem de lágrimas e é imediato que elas caiam por suas bochechas.

É como se meu peito se sufocasse. Meu coração fica ainda mais apertado, partido em vários micro pedaços, que eu sei que não vou conseguir juntar todos e refazê-lo novamente. Tudo que eu gostaria de ouvir de si, no início disto tudo, eram essas palavras. A noção que eu gostaria que caísse aos seus ombros, finalmente caiu. E eu não faço a mínima ideia de como me sinto. Principalmente por vê-lo chorando copiosamente em minha frente, enquanto encara qualquer coisa que não sejam os meus olhos.

Eu não deveria estar feliz com a sua infelicidade, não é mesmo? Afinal, ele me quebrou e me destruiu. Destruiu os meus sentimentos, de uma forma que ninguém deveria ser destruído. Nem mesmo os nossos inimigos. Eu deveria estar radiante de felicidade por vê-lo chorar e sofrer desse jeito em minha frente, quase ajoelhando-se aos meus pés.

Mas, por que diabos, eu simplesmente me sinto ainda mais destruída de vê-lo assim? Eu o amei tanto que, no fim, vê-lo sucumbir ao declínio pessoal e mental. Não é algo que me agrada. Não é uma coisa que me faz feliz. A desgraça alheia não me deixa contente, mas sim, triste.

Eu compreendo que há pessoas, neste momento, que conseguem se deliciar com a desgraça alheia. Mas, eu não consigo. Não consigo me deliciar com as lágrimas dele, quando eu sei que elas são lágrimas de dor. É muito real e muito doloroso para que ele simplesmente consiga ser capaz de forçar. O choro que provém da dor da alma, é um choro real. E ele, ele é o único que não conseguimos forçar.

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⏰ Última atualização: Aug 20, 2023 ⏰

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