Seco as lágrimas que caem pelas minhas bochechas, e depois de retirar o cinto de segurança, abro a porta do carro e saio. Meus passos são rápidos em direção a casa de Areum. Já que se ficar mais tarde do que já está, eu não conseguirei entrar no hospital para deixar as peças de roupas que ela pediu.
Na última volta da chave, a porta destrava e eu a empurro com pressa. Mas, o que me impede de entrar é o envelope branco no chão. Me abaixo com rapidez e o pego em mãos. Na parte frontal, há o nome de Areum, com letras cursivas.
Por um momento, minha curiosidade se aflora. Mas, acredito que o melhor a se fazer seja entregar o envelope em suas mãos. Caso seja fofoca, eu sei que ela me contará. Ela sempre me conta as fofocas.
Empurro a porta novamente, para fechá-la e corro para as escadas. Tenho pressa e preciso ser o mais rápido possível. Já que Areum também percebe o meu atraso, e por isso, não para de mandar mensagens em meu celular. Sei disso, porque sinto ele vibrar como nunca antes vibrou.
E provavelmente, é alguém desesperado me mandando mensagem. Esse alguém só pode ser ela, me apressando para pegar suas roupas com rapidez.
Procuro pela bolsa que ela disse que eu encontraria em cima da cômoda, e não demoro até encontrá-la. Devido ao meu desespero, quase tropeço nos meus próprios pés. Com a bolsa em mãos, coloco o envelope dentro dela e sigo para o closet. E de acordo com o que me lembro, pego as peças de roupa que Areum me pediu.
De quebra, puxo seu casaco e com toda malemolência que ainda há em mim, dobro a peça e o coloco dentro da bolsa levemente cheia.
As luzes do closet se desligam assim que eu saio de dentro dele. Sem precisar pegar mais nada, saio do quarto e corro pelo corredor. Mas, antes de sair de casa, meu telefone toca e eu sou obrigado a atender.
— Alô?
— Onde você tá, filhote de cruz-credo? — É a voz de Areum e ela parece rir.
— Já peguei as suas peças de roupa, tô saindo de sua casa já. — Me apresso para ir até a porta e abro a mesma de uma vez. Desligo as luzes da sala e fecho a porta, trancando. — Me respeite, tampinha.
— Oppa, pelo amor de Deus. Eu tô só o pó no corpo, preciso tomar banho. — O nível de manha em sua voz, me faz rir. Guardo as chaves da casa de Areum em meu bolso e logo puxo as do meu carro.
— Não vai morrer, Areum. — Ela resmunga do outro lado e eu riu.
Depois de entrar, coloco o cinto de segurança e a chave na ignição.
— Vou sim, oppa. Vou sim.
— Já tô chegando, manhosa. — Ouço ela rir. — Ah, Areum? — Ela faz um pequeno "uh" e eu sorrio, rindo em seguida. — Você pediu alguma encomenda? — Pergunto como quem não quer nada.
— A única coisa que eu pedi foi o conjunto de quarto de Haejoon, mas, fora isso, não pedi mais nada. Por que? — Sua voz é confusa.
Minha sobrancelhas se franzem. Então, quem mandou o envelope?
— Chegou um envelope pra você. Acabei pisando em cima, porque provavelmente o indivíduo passou a carta por debaixo da porta.
— Deve ter sido alguém da família que mandou a carta. Mas, é estranho já que normalmente avisariam.
— Bom, eu coloquei o envelope dentro de sua bolsa. Ok? — Sorrio.
— Ok, oppa. Quando eu abrir ele, te conto a fofoca. — Nós dois rimos.
— Tá bom. Agora, me espere aí, que já tô chegando.
Assim que Areum desliga, eu ligo o carro e não demoro até sair com ele em direção ao hospital. Não demoraria a chegar lá, já que o hospital principal é perto da casa de Areum.
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𝐑𝐄𝐏𝐄𝐍𝐓𝐄𝐀𝐍𝐂𝐄, 𝐤𝐭𝐡.
RomanceX [NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES DESSA OBRA] X Arrependimento é algo que todos vamos sentir, pelo menos uma vez em nossas vidas. Ou até mesmo, constantemente. Tudo depende de nossas ações no passado. Afinal, tudo que fazemos se repercutirá profundamente em...