A história contada do ponto de vista de Ares, o Deus grego da Guerra.
Como uma simples criança se transformou no guerreiro mais temido e odiado de todos os tempos e quem ele é de verdade por trás da armadura.
Um jovem traumatizado que acaba encontra...
É um dos deuses gregos mais impiedosos e truculentos, pelo menos é o que todos contam ao seu respeito.
Ares é o deus da guerra, filho do soberano Zeus (deus dos deuses) com Hera (divindade do casamento, protetora das mulheres e dos nascimentos).
Nascido em Trácia, considerado lugar de guerreiros, o Deus Ares é descrito como um ser grande, incrivelmente forte e de uma beleza irresistível cujo grito era tão potente que causava medo nos seus inimigos e também nos seus aliados.
Trácia fica no sudeste da Europa, antiga região da Macedônia, era habitada por populações de raça pelásgica. Atualmente é dividida entre a Grécia, Turquia e a Bulgária.
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Hera só levou seu filho para casa quando completou 3 anos de idade, quando obteve a confirmação de que o filho viraria um Deus, caso contrário nunca teria o trazido.
- Tem certeza? - Zeus pergunta em seu tom arrogante.
- Tenho, não o despreze dessa forma. - Hera pede ao marido. - Ele é seu filho.
- Ele é o futuro Deus da guerra, não trate ele como uma criança igual as outras. - Zeus diz dando as costas a esposa.
Ares não foi um filho desejado nem por Hera e muito menos por Zeus.
Ao contrário de Zeus, Hera tentava dar ao filho uma vida mais normal possível, mas não deixava de ter medo pelo que seu filho poderia se tornar no futuro.
Ares foi desprezado por Zeus desde o primeiro dia que chegou ao Castelo dos Deuses, ao longo de sua infância teve muitos traumas causados pelo seu pai.
Ao chegar aos 15 anos Ares havia mudado bastante, decidido não manter sua aparência original por não querer ser parecido com o pai.
Havia se passado 12 anos desde que chegou ao castelo aos 3 anos de idade.
Ares tinha muitos irmãos, um deles era Apolo, o querido da família e quem Ares contava suas frustrações.
- Eu odeio ele. - Ares diz, sentado no jardim do Castelo.
- Ele é nosso pai. - Apolo diz.
- E eu queria que não fosse. - Ares diz com desprezo ao pensar no pai.
- Não fica assim. - Apolo coloca a mão no ombro do irmão.
- Como não ficar? - Ares encara o irmão. - "Você será o Deus da guerra, não pode agir igual uma criança". - Ares imita o pai.
- Você era só uma criança na época. - Apolo diz, lembrando quando o irmão começou a ser treinado aos 7 anos. - Sabe que pode sempre contar comigo.
- Obrigado Apolo. - Ares encosta a cabeça no ombro do irmão, suspirando, não de cansaço físico, mas mental.
Aos 20 anos Ares assumiu seu papel como Deus da guerra, indo a cada guerra ao qual era convocado.
Sua primeira guerra foi a pior de todas, o sangue em suas mãos ao chegar em casa deixou Hera sem reação, Ares tinha um olhar distante, como se ainda estivesse processando o que viu e fez.
- Meu filho, você está bem? - Hera vai até o filho, preocupada.
- Eu... - Ares não completou a frase, estava em choque, apenas subiu as escadas indo até seu quarto e indo direto ao banheiro.
Sua armadura estava jogada no corredor.
De baixo do chuveiro Ares fechava os olhos, cada cena daquele episódio voltava quando fechava os olhos.
- Por quê eu? - Ares se questionou, não sabendo uma resposta para aquilo.
Mais tarde, quando era hora de dormir, não conseguia simplesmente fechar os olhos.
Ares passou meses sem conseguir dormir direito, apenas dormindo quando seu corpo não aguentava mais lhe sustentar, quando suas energias acabavam.
