- Melhor continuarmos o caminho, você e os outros podem continuar descansando. - Ares diz voltando ao carro, querendo entender o que havia acabado de acontecer.
Percy fica em silêncio no banco do passageiro, enquanto Ares dirigia com seus pensamentos viajando para um lugar distante, mas sem deixar de prestar atenção absoluta na estrada.
Ares sentia-se impotente sem seus poderes, antes podia estar onde quisesse em um piscar de olhos, mas seu pai havia providenciado que não tivesse nenhum acesso aos seus poderes.
- Qual é nossa primeira parada? - Groover pergunta.
- Estamos em Winsconsin, então nossa primeira parada é entrando em Illinois. - Ares diz. - Vamos parar em Rockford para abastecer.
- Rockford tem um ótimo restaurante onde podemos parar. - Annabeth comenta.
- Quem vai pagar? - Percy pergunta.
- Eu pago. - Ares diz.
- Você tem dinheiro? - Groover pergunta espantado.
- Claro que eu tenho, ou acha que eu vou para o meio dos humanos para pedir dinheiro no sinaleiro? - Ares revira os olhos, achando a pergunta do satiro tosca.
O caminho até Illinois mostrou-se bem complicada, o trânsito estava interrompido em grande parte da rodovia devido a um acidente envolvendo três caminhões, mas chegaram em Rockford a tempo suficiente para aproveitar o jantar no restaurante mencionado por Annabeth.
O restaurante era simples, era o típico restaurante na entrada da cidade que a maior parte dos viajantes paravam. Suas paredes brancas deixava bem a mostra a poeira que havia no local, mas seu interior era aconchegante e aquecido para que todos pudessem manter-se aquecidos.
- Sempre vinha aqui com meu pai quando viajávamos. - Annabeth comenta.
- Linda história. - Ares fala em tom de deboche. - Vamos escolher uma mesa.
Todo o grupo senta mais próximo a janela, onde era possível ver o movimento através da janela fechada.
- Bem-vindos, aqui está o cardápio. - Um jovem de aproximadamente 17 anos era quem atendia o grupo.
- Eu vou querer filé de frango assado, arroz, fritas e salada. - Annabeth já se adianta. - E um suco de abacaxi natural.
- O restante de vocês vai querer escolher já? - O jovem pergunta anotando o primeiro pedido.
- Vou querer costela ao ponto, arroz, feijão, fritas, cebola no ponto. - Ares vira o cardápio para ver a sessão das bebidas. - Para beber vou querer Chope.
- Salada, arroz e fritas. - Groover diz. - Água para beber.
- Eu vou querer fritas, arroz, bife acebolado, feijão e Guaraná para beber. - Percy diz.
O jovem anota todos os pedidos com um sorriso no rosto, pedindo licença e se retirando para entregar os pedidos à cozinha.
- Você come bastante. - Percy observa.
- Algum problema? - Ares questiona.
- Você é sempre ranzinza dessa forma? - Annabeth pergunta.
- Não, só não gosto de semideuses. - Ares diz sem nenhum filtro na língua.
- Por quê? - Percy pergunta.
- Por quê sim. - Ares diz de forma simples.
- Isso não é resposta. - Annabeth diz.
- Pra mim é. - Ares diz.
- Como vamos chegar em Nova York? - Groover pergunta.
- Pelo caminho mais longo, de carro. - Ares diz.
- Vai demorar meses. - Percy diz.
- Exagerado. - Ares diz.
A comida é servida após longos minutos de espera, mas o sabor da comida provou que a espera não havia sido atoa.
- Se fosse possível me comunicar com Apolo, podíamos chegar até mais rápido. - Ares se recorda do irmão.
- Apolo? Vocês não se odeiam? - Percy pergunta.
- Não, por que pensam isso? - Ares questiona.
- Por que da a entender que você odeia qualquer um que aparecer na sua frente. - Annabeth diz.
- Semideuses sempre julgam antes de conhecer? - Ares questiona de uma forma provocativa.
- Você sempre ataca antes de saber quem é? - Annabeth devolver a provocação com outra pergunta que faz o Deus da guerra ficar irritado.
- Você é igual a sua mãe, irritante quanto. - Ares diz.
- Obrigado, herdei a inteligência dela. - Annabeth decide se exibir para irritar mais ainda o Deus da Guerra.
Após cada um terminar sua refeição, Ares vai ao caixa pagar à conta e pedir informação se havia alguma hospedaria próxima.
- Mais há frente tem um motel e um pouco mais para o centro terá um hotel com mais classe. - A caixa responde. - Aliás, meu número.
Ares recebe um pequeno papel com o número da jovem, apenas colocando no bolso e dando as costas em direção ao carro onde todos estavam esperando.
Não era de fazer desfeita, mas não era uma mulher que chamava sua atenção naquele momento.
- Então, vamos continuar viagem? - Percy pergunta.
- Querem descansar? - Ares decide perguntar.
- Não estou cansado. - Groover diz.
- Por mim podemos ir em frente. - Annabeth diz.
- Por mim tudo bem. - Percy diz.
- Mas eu preciso descansar, não preguei o olho direito. - Ares diz começando a seguir caminho.
- Posso dirigir se for o caso. - Percy diz. - Tirei carteira já faz tempo.
- Ok, quando eu cansar trocamos. - Ares diz recebendo luz de uma viatura que decidiu lhe parar. - Merda.
Ares para o carro, abrindo a janela assim que o policial surge ao seu lado.
- Posso ajudá-lo policial? - Ares pergunta.
- Saia do veículo por favor. - O policial pede.
Ares sabia que aquilo não sairia bem, essa pequena hipótese lhe deixava nervoso.
- O que eu fiz? - Ares pergunta.
- Saia do veículo! - Diz o Policial apontando a arma em sua direção.
- Não faria isso se fosse o senhor. - Annabeth diz.
- Quieta. - O policial diz mirando a arma em Annabeth.
- Ei ei, vai atirar em pessoas desarmadas a troco de que? - Ares desce do carro irritado. - Sabe que está errado, mas é idiota demais pra pedir desculpas.
- Para trás! - O policial aponta a arma de volta a Ares, atirando em sua perna sem esperar resposta.
- Desgraçado. - Ares diz caindo no chão.
- Ficou maluco?! - Percy desce do carro, sendo mirado pelo policial.
- PRO CHÃO TODO MUNDO! - O policial ordena.
- Percy, obedece. - Ares diz. - Estou bem.
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Ares - Por baixo da armadura | Concluído
FanficA história contada do ponto de vista de Ares, o Deus grego da Guerra. Como uma simples criança se transformou no guerreiro mais temido e odiado de todos os tempos e quem ele é de verdade por trás da armadura. Um jovem traumatizado que acaba encontra...