Capítulo 18 | A grande noite

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Estava tudo planejado, Zeus seria derrubado de seu trono para que Caos pudesse devolver a ordem e equilíbrio ao universo. Alguém teria de ser nomeado, a remoção de Zeus não era simples, precisava ter alguém no lugar para que o equilíbrio não caísse mais do que já estava.

Zeus não sairia sem uma boa luta.

Ares poderia jurar que havia visto Caos pedir bênção a alguém, antes de partirem em direção ao Monte Olimpo. Graças a Caos, Ares tinha enfim seus poderes de volta junto a tudo que sempre lhe pertencia, não sentindo-se mais vulnerável como antes.

O olimpo ficava além da visão do mundo humano, localizada no meio do oceano assim como a ilha de Themyscira, longe do alcance humano, onde nenhuma embarcação podia chegar.

A chegada rápida foi graças a Urano.

Zeus estava a frente do Olimpo com os Deuses atrás de si, mas Apolo não estava lá, isso deixou Ares aliviado e ao mesmo tempo assustado, onde estaria a pessoa que lhe criou com tanto amor mesmo diante a tanta dor?

— Recuem! — Ordenou Zeus erguendo seu raio.

— Você pagará por seus crimes, Zeus! — Caos estava a frente do grupo que estava preparado e bem armado para o combate. — Renda-se.

Zeus parecia pálido ao ver Caos, o senhor Supremo do universo contra si.

— Lembra-se de mim, Zeus? — Cronos se pós ao lado de Caos, um sorriso gelado em seu rosto.

— Cronos?! — Todos estavam espantados, suas caras indescritíveis. — Você devia estar morto! — Dizia Zeus, enquanto percebia onde havia se metido.

— Oh querido, eu nunca morri. — Cronos estava adorando provocar os Deuses. — Eu só estava esperando a hora certa pra voltar, e aliás, agradeça isso a meu pai, Urano.

— Renda-se Zeus, este é seu último aviso. — Caos ergueu sua espada, em sinal de alerta ao seu grupo, para que se preparassem para o ataque.

— Nunca. — Foi a última palavra a ser dita antes da espada ser abaixada.

Caos, Urano e Ares foram direto em Zeus que recebia ajuda de Hera e Hades. Caos não tinha todos os seus poderes em força total, mas era o suficiente para massacrar um exército inteiro, cada movimento seu atingia Zeus em cheio enquanto Ares cuidava de Hera.

— Você nos traiu. — Hera dizia, com a falsa magoa na voz.

— Vocês me traíram primeiro. — Ares tinha ódio em seus olhos, não via a mulher em sua frente como mãe, não conseguia. — Onde está Apolo? Diga sua desgraçada.

— Apolo não quis escolher um lado, fugiu e te abandonou para morrer. — Provou Hera enquanto se defendia dos golpes de Ares.

— MENTIRA! — Gritou Ares cravando sua espada na perna de Hera, que soltou um grito de dor.

— Hera! — Zeus ficou distraído ao ouvir o grito de sua esposa e irmã, distraído por tempo suficiente para receber um golpe certeiro em seu estomago.

Uma família vista como perfeita aos olhos de muitos, não podia ser considerada nem unida ou exemplar, o agoísmo de Zeus e seu golpe para a queda de Cronos havia lhe trazido até ali, onde quem podia ser seu melhor guerreiro havia sido tão maltratado que tinha ódio de si. A ficha enfim estava caindo, mas era tarde demais, as consequências haviam chegado.

A qualquer lugar que olhasse, havia uma luta acontecendo para que a queda de Zeus acontecesse.

Ao outro lado da batalha Percy lutava contra seu pai, enquanto inutilmente tentava lhe convencer de desistir.

— Pai, não vê que o ódio e o egoísmo de Zeus causou? — Questionava Percy enquanto se defendia dos golpes do tridente de seu pai.

— Vejo um filho traidor e ingrato lutando contra mim. — Poseidon tinha um olhar diferente em seus olhos, suas atitudes não pareciam ser suas.

— Gente, acho que os Deuses podem estar sendo controlados! — Gritava Groover enquanto ajudava Annabeth.

— Eu também acredito nisso, minha mãe não parece a mesma! — Dizia Annabeth.

— O que fizeste aos outros Zeus? — Caos o golpeia no antebraço.

— Não podia lutar sozinho, podia? — Zeus devolve o golpe de Caos, dando-lhe um belo corte na perna entre os espaços da armadura.

Tártaro foi rápido e certeiro, acertando Zeus pelas costas, direto em seu coração. Zeus caiu imóvel no chão, seu sangue em cores douradas criava uma poça em baixo de si.

Os Deuses ao redor paravam de batalhar, davam um olhar confuso a situação.

— Depois explicamos. — Caos dizia, enquanto recebia o apoio de Tártaro para manter-se de pé.

O olhar confuso de meu pai confirmou a suspeita dos outros, os Deuses estavam com algum controle mental para que Zeus tivesse chances na luta

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O olhar confuso de meu pai confirmou a suspeita dos outros, os Deuses estavam com algum controle mental para que Zeus tivesse chances na luta.

Talvez fosse bobagem, mas me preocupei quando olhei ao redor e não tive a visão de Ares no meio de todos.

— Filho? — Poseidon questionava-me, como se perguntasse o que estava havendo.

— Não posso falar, preciso acha-lo. — Sentia o desespero se instalar em mim, era assim que era quando nos preocupavamos com quem amamos?

— Quem? — Podia sentir as mãos de Poseidon em meus ombros, como se tentasse me acalmar.

Pude soltar o ar quando enfim vi Ares saindo do meio dos Deuses, enquanto dava alguns passos de costas como se tentasse desvencilhar-se de tantas pessoas ao seu redor.

Apenas pude correr em sua direção e vira-lo para mim, encontrando seus olhos intensos, seu corpo suado apenas possuía alguns arranhões, mas sua armadura estava destroçada no chão. Estava em minha frente apenas usando jeans, camiseta e um tênis qualquer, a roupa comum que usava por baixo da armadura.

Pude sentir seu beijo diante aos olhos de todos, entre-laçava minhas mãos em sua cintura e após desvencilhar-se do beijo, pude enfim voltar a olhar em seus olhos.

— Sou o Deus da Guerra, bobinho. — Ares dizia, sabendo como estava minha preocupação.

Ares - Por baixo da armadura | ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora