✦📍São Petersburgo, Rússia
(Martin's pov)
Estava frio na Rússia. Muito frio mesmo. Ao ponto de Sisi sentir a necessidade de colocar um casaco mais quente.
Só vi Sisi sentir frio duas vezes na vida. A primeira quando tínhamos 6 e ela ainda era uma pessoa razoavelmente normal. - O que é bem raro na família dela. - E a segunda foi quando ela me forçou a ir Berchtesgaden.
E quando digo forçou, digo que ela foi na minha casa, abriu a porta sem mais nem menos, arrancou minhas roupas das gavetas e colocou na mala.
Depois me puxou pela orelha e me enfiou no carro. E quando eu disse que o meu pai não deixaria eu ir ela disse: "Seu pai pode enviar uma tora de madeira no cu! Eu não vou ficar naquele fim de mundo congelante sozinha com meu pai."
Tínhamos dez anos. E o vocabulário dela não mudou muito com o passar do tempo.
Aqueles foram os quatro dias mais aterrorizantes da minha vida. O pai da Sisi era, no mínimo, assustador.
Sempre que sentava a mesa e ele estava. Sentia que ia fazer xixi nas calças. Tenho certeza que ele só me aturava porque Sisi podia ser bem insistente e não tinha noção nenhuma de respeito a autoridade.
E continua não tendo.
Talvez, pelo fato do pai dela nunca a ter colocado de castigo. E quando colocava, não era incisivo o suficiente para fazê-la ficar mais de duas horas em um.
Resumindo: O pai de Sisi dava medo em todo o alto escalão da SS e qualquer um que tivesse o mínimo de senso. - O que estava faltando na Alemanha na época. - Mas não na própria filha.
E não, eu não vou falar sobre ela ter apelidado a madrasta de Hure quando tinha 12 anos.
Voltando...
Estava fazendo um frio da cassete. Fazendo Sisi conjurar com sobretudo de pele artificial pra mim. É um de pele real pra ela.
Sisi nunca teve muita noção de consciência ambiental. Não sei nem o motivo dela ser vegetariana.
Entortando, é bizarro como ela pode conjurar/ criar looks maravilhosos só com magia.
O trem para Moscou demorou dez horas para chegar por conta da neve e problemas técnicos. E Elisabeth aproveitou o momento para jogar xadrez com os idosos nas praças durante alguma horas.
Para uma pessoa que odiava russos, ela gostava muito deles.
Até demais.
- Sisi, você não acha que já deu de vencer os velhinhos no xadrez? Está fazendo isso a horas. - Perguntei para ela enquanto vencia mais uma partida.
- Para de ser chato, Martin eu estou vencendo. - Ela respondeu.
- Этот парень немного напористый. Он твой парень? - O homem perguntou.
- Нет. Он мой лучший друг, мистер Морозов. - Ela respondeu.
- Tradução? - Perguntei.
- Ele basicamente falou que você é um mala sem alça. E me perguntou se era meu namorado. Obviamente, eu respondi que não. - Ela disse e sorriu para o Senhor Morozova.
- Por que não fala pra ele sobre o tal do Pietro? - Perguntei sarcasticamente.
Tenho certeza de que se não estivéssemos em público, eu já teria sido atacado por uma bola de magia.
- Warum gehst du nicht selbst in die fünfte Hölle?
- Me xingar na nossa língua materna não vai me fazer parar de zoar essa sua alma apaixonada.
- мат - Sisi disse para o Senhor antes de se despedir em russo.
- Vamos para a estação. Falta uma hora para embarcarmos.
- Não acredito que está realmente evitando falar sobre isso.
- Não acredito que ainda não percebeu que não temos tempo para falar sobre o fato de que você cismou que eu estou apaixonada.
- Você sempre foi meio lerda quando o assunto é romance.
- Vamos falar sobre você ter dado em cima do Bucky ontem?
"Oie!? Eu não fiz isso!"
- Não me olha assim. Eu te conheço há 90 anos e dei uma olhadinha na sua cabeça. Sei quando começa a flertar com alguém.
- Não dei em cima dele e não entre na minha cabeça!
- Você primeiro provoca uma reação na pessoa. Depois você elogia a pessoa. Como você fez ontem. E o próximo passo é começar as investidas - ela respirou antes de trocar de assunto. - Temos que comprar a passagem. A fila é ali.
- Ainda não acredito que entrei em um buraco negro mágico pra não cairmos no lugar certo.
- Você é um chato. Pelo menos conhecemos São Petersburgo. Fomos a alguns museus, fomos ao teatro e jogamos xadrez.
- Você jogou xadrez durante três horas. Ninguém normal faz isso. E você só gostou dessa cidade porque fala a língua, gosta de frio e seu livro favorito é Anna Karenina.
- Não ouse falar mal de Anna Karenina!
- O livro é uma tragédia! E você leu ele quinze vezes! Em idiomas diferentes!
- Não pode me culpar. Nunca vou achar alguém como Conde Vrosky.
- Ninguém normal quer viver um romance daquele.
- Eu não sou normal. Eu tenho poderes mágicos e estou com a INTERPOL no encalço.
- Já ouviu falar em terapia?
- Meu pai dizia que era coisa de gente maluca.
- Por que todo mundo na sua família era são.
Lizzie encarou o trem que chegou na estação.
- O trem chegou adiantado?
- O que!?
- Anda discretamente para fora da estação - ela começou a andar rapidamente para fora da estação de trem.
- Esses filhos da puta se teletransportam, por acaso?
- Tá parecendo. - Ela disse.
- Eles estão ali! - Um homem gritou.
- Mudança de planos! Corre! - Ela gritou.
Pra uma pessoa que fuma, o pulmão de Sisi estava ótimo.
Ela vez vários movimentos com as mãos e abriu um portal no chão.
- De novo não! - Eu disse antes de pular.
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📍Moscou, Rússia.
- AAAAAAAAAA! - Gritei enquanto caia em um beco coberto de neve.
- Podia ter sido pior. - Sisi comentou se levantando do chão, tirou a neve da roupa e fechou o portal rapidamente.
- Me diz que estamos em Moscou. - Disse saindo do chão.
- Por quê não olha a Praça Vermelha?
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BERLIN AGENT² • MARVEL
FanfictionMartin odiava John Walker. Mas isso não era nenhuma novidade. Até que ele se uniu a um falcão piadista e a um encarador profissional. E descobriu que às vezes, tudo que o mundo precisa é de um inimigo em comum. ??? ??? ????? [??] capa feita por @si...