𝟎𝟓. 𝐃𝐔𝐙𝐄𝐍𝐓𝐀𝐒 𝐏𝐄𝐒𝐒𝐎𝐀𝐒

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📍Em algum lugar próximo a Munique

(Martin's pov)

Estávamos parados. Nós quatro - eu, Bucky, Sam e Herman - nos encarando em um acostamento enquanto Sisi vomitava.

Elisabeth nunca se deu com velocidade e eu a conheço desde 1933.

- Cara, você não tinha morrido? - Sam perguntou.

- Pelo que eu saiba, não. - Respondi.

Elisabeth saiu de trás do carro, me encarando:

- O que caralhos você fez com seu cabelo!?

- Eu pintei.

- Ficou uma merda.

- Sabe, como seu melhor amigo eu esperava um abraço depois de 78 anos. Não uma reclamação sobre meu cabelo.

- Eu não seria uma boa melhor amiga se não reclamasse do seu cabelo.

Revirei os olhos.

Sisi foi em minha direção e me abraçou rapidamente.

- Só isso. Sério!?

- O sentimental aqui é você, loirinho. - Ela disse. - No caso, ex-loirinho.

- Então, qual é o plano? - Herman perguntou.

- Entrar no cofre, pegar a arma, dar para o governo e conseguir um perdão da ONU. - Bucky respondeu.

- Por que precisa de um perdão da ONU? - Martin perguntou.

Sisi me encarou como se não fosse necessário explicar.

- Quero meus bens de volta. - Sisi respondeu. Eu a encarei.- Não me olha assim.

- Você vai ter um trabalhão da porra só por causa de um terreno.

- Quero construir uma mansão e não é só um terreno, são todos os meus pertences: roupas, joias, quadros, armas e etc.

- Sisi, você tá usando um salto que custa uns 2000 euros. Você não precisa de mais dinheito. E pra que uma mansão!? Todos os seus parentes estão mortos. Eu chequei!

- Okay! Eu gosto do dinheiro! O que tem de errado nisso?

Havia muita coisa de errado, como por exemplo, roubar do Estado ou nos meter em uma situação terrível que poderia nos matar só para isso.

- Nós não vamos dar uma arma daquele porte pro governo americano. Todos aqui sabemos que eles usariam para explodir algum país pobre que teve o azar dos Estados Unidos descobrir que eles tem petróleo. - Herman afirmou. Interrompendo a discussão entre eu e Sisi.

- Então qual é o seu plano? - Bucky perguntou.

- Destruímos a arma antes que ela possa ser usada, conseguimos o perdão da ONU, Sisi - Elisabeth o encarou, mostrando o desprezo de deixar o país de origem - vem morar comigo e nunca mais falamos sobre o assunto.

- É um bom plano. - Sam falou. - Se o governo também não estivesse atrás dela.

- Podemos matar o Walker. - Sugeriu Herman.

- Eu apoio! - Falei.

- Eu também. - Era Sisi.

- Você nem o conhece. - Sam disse para a garota.

- Vocês nunca ouviram falar do Ódio do Melhor Amigo?

- Não. - Sam, Bucky e Herman falaram.

- É simples - Comentei. - Se seu melhor amigo odeia uma pessoa...

- Você automaticamente odeia ela. - Elisabeth completou.

- Aí meu Deus. Eles já estão se completando. Qual vai ser na próxima? Uma nova Praga? - Herman disse olhando para o céu.

- Praga foi maravilhoso. - Sisi falou.

Na memória de dois adolescentes entediados pela guerra, ir para uma cidade desconhecida para beber, festejar e, no meu caso, conquistar garotas, foi uma ótima ideia. Não para Herman, mesmo só sendo 12 anos mais velho que Sisi, ele tinha um espirito envelhecido e não queria sair de perto de sua esposa para cuidar de duas crianças chapadas no Leste Europeu. Mas para o azar dele, esse era o seu trabalho.

Não foi muito difícil conseguir sair da Alemanha. Eu comprei as passagens e disse que viajaria com minha noiva. Lembro que quando sugeri que Sisi se maquiasse de forma mais adulta ela me indagou por qual motivo eu queria que ela parecesse uma meretriz. Eu ri, dizendo que seria mais fácil fazer ela parecer mais adulta se parecesse uma. Minha amiga não gostou da piada e jogou um dos seus sapatos com um pequeno salto na ponta em mim. Doeu, mas no final ela seguiu o meu conselho.

Entretanto, foi um desastre quando Herman nos encontrou. Eu e Sisi estávamos loucos até demais e só percebemos que pessoas haviam morrido quando vi a blusa de Herman coberta de sangue. Quando voltamos, Sisi assumiu totalmente a culpa. Falando que eu não tinha nada a ver com isso e que ela argumentou ferozmente comigo.

Como era da personalidade dela fazer isso, acreditaram.

- Porque você não teve que matar duzentas pessoas. - Herman respondeu.

Elisabeth levantou a mão em rendição.


Notas da autora:

1º- Vocês estão gostando?

2º- Tem teorias do que essa arma faz?

3º- Ou de como o Herman, a Sisi e o Martin se conhecem?

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