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Quando adentrei seu quarto, tudo o que eu tinha na minha cabeça era Park Jimin e como seria a sensação de beijá-lo. Eu fui tomado por um desejo avassalador incapaz de ser compreendido. Ele apossou-se do meu corpo e da minha mente, como um feitiço entrecruzando-se a cada parte do meu ser. Quando dei por mim já era tarde demais. Eu tinha ido lá com apenas um propósito: Ver Park Jimin e pedir desculpas por deixá-lo esperando. Ao sair de casa esta noite, eu tinha feito um acordo comigo mesmo: Permanecer estagnado, sem dar um passo à frente, afinal tudo daria totalmente errado e eu só acabaria machucando ele. No entanto, neste exato momento, essas objeções não se manifestaram em minha mente a fim de impedir o que eu estava prestes a fazer.
Pus minha mão em volta de sua nuca e puxei-o para um beijo caloroso. Quando nossas bocas se tocaram, senti um receio vindo do Park e hesitei, mas não demorou para que ele se entregasse ao momento, permitindo-me que o beijasse. Eu podia ouvir seu coração batendo frenético sobre o peito como se abrigasse um beija-flor. Jimin não tinha experiência, mas para mim não fazia diferença porque eu também não tinha. Éramos duas pessoas mergulhando em mares desconhecidos. Estávamos descobrindo aquilo juntos e a possibilidade de encontrar algo nas profundezas daquele oceano inexplorado é excitante, assim como o temor de deparar com alguma coisa da qual ambos não fossem gostar. De qualquer forma, é preciso mergulhar para descobrir, não é possível fazê-lo na superfície.
Eu estava absorto, alheio ao mundo à minha volta, tudo o que existia naquele momento era eu e o Jimin. Foi como se meus sentidos se desligassem para tudo que não tivesse relação com o Park. Ele era a única coisa que eu sentia. Ele era a melodia no silêncio daquele quarto daquele quarto escuro, onde a única luz que fazia-se presente era a da lua que cintilava e penetrava sorrateiramente pela janela, banhando nossos corpos. Nós éramos o reflexo daquilo que tinha de mais lindo no céu noturno.
Sua pele suave e macia contra meus dedos. Eu sentia-o arrepiar-se com meu toque frio como a neve. Sorri em meio ao beijo ao sentir sua pele ouriçar.
Quando cessamos o beijo, ficamos uns minutos nos encarando. Jimin estava envergonhado do que acontecera, embora exalasse outras coisas...
Algo parecia estranho…, a brilhava no céu, mas não sobre nós. A luz do quarto estava acesa. Franzi o cenho, então uma voz, fez reverberou nas paredes do quarto, causando um sobressalto no Park, mas não em mim. O que aquela voz me causou foi algo bem diferente.
— Atrapalho? — disse a voz grave derramando todo o seu ódio em uma única palavra. Cocei a sobrancelha e voltei-me para encarar Taehyung com uma expressão características das pessoas que querem me matar.
— Taehyung? — Jimin, agitado, levantou-se do meu lado, esfregando a nuca. Observei cada movimento seu, até que voltei para o coiote raivoso que em nenhum momento desviou seu olhar de mim. — Esse é o Jungkook, Jungkook esse é o Taehyung. — sua voz deslizou pelo cômodo como um vento batendo contra o ouvido.
Levantei. Taehyung e eu nos cumprimentamos formalmente como dois desconhecidos, porém seu olhar ainda continha um ódio e um desejo primitivo de me matar. Não só o olhar, mas o Taehyung inteiro exalava isso. Eu, por outro lado, permaneci com minha expressão impenetrável e sombria.
— Jimin, eu já vou indo — anunciei. O garoto ainda sentia-se envergonhado e recusava-se a olhar para mim. Fitando seus pés, ele apenas concordou com a cabeça. — Vou usar a porta dessa vez.
Taehyung observou cada um dos passos, fuzilando-me. Então, quando eu estava prestes a sair do quarto, ele pronunciou-se com uma expressão totalmente modificada de afeto e suavidade:
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SHADOW WAR || Jjk + Pjm
FanfictionA dor da perda é algo irredutível, lhe toma o peito e você se sente sem saída, perdido em um mundo de sombras. Park Jimin sabia bem o que era esse sentimento. Após presenciar a morte de seu pai o garoto se vê em um mundo completamente diferente do q...