Chapter Twenty-three: Jimin

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Eram seis horas da manhã de mais um dia incrivelmente longo, em que o tempo se recusaria a passar e os ponteiros do relógio perdurariam, tendo cada movimento realizado tenuamente.

O dia acabara de começar para mim e eu já queria que ele chegasse ao fim.

Eu tinha acabado de abrir os olhos, desperto de um sono superficial e tenebroso quando lembrei-me da noite passada. fechei os olhos, apertando-os com uma força acentuada, como se os acontecimentos fossem simplesmente deixar de existir. Eu me remexi na cama enquanto sons de resmungo saiam de minha boca. Não conseguia acreditar que tinha beijado um homem e tinha gostado, foi uma sensação nova, assustadora, porém muito boa.

Tirei o travesseiro debaixo da minha cabeça e coloquei-o contra meu rosto. Queria voltar a dormir e esquecer que aquilo se quer aconteceu.

— Filho? — minha mãe batia na porta — Jimin?, você vai se atrasar. Jimin?, por que você trancou a porta? — ela agora socava a porta — Park Jimin abra essa porta agora mesmo!

Ignorei-a e continuei tentando voltar a dormir. Não estava a fim de ir para a escola, queria ficar em meu quarto, escondendo-me debaixo de um travesseiro, enquanto minha mente reprisava o acontecimento da noite passada.

— Inferno! Jimin!

— O que tá acontecendo? — Uma segunda voz juntou-se à dela; era o Taehyung.

— Ah, filho, o Jimin está trancado no quarto. Quem sabe você possa fazê-lo abrir.

Filho. Era assim que minha mãe chamava o Taehyung. Nem conhece ele a tanto tempo, mas já o considera filho.

— Jimin? — disse Taehyung com uma voz calma e afetuosa.

Eu não tenho paz. Eu só queria isso. Será que é pedir demais? Será que eu não posso querer ficar isolado para deixar meus sentimentos transbordarem e me consumirem por inteiro?

Minha mente vagou para aquele lugar na floresta, aquele bosque lindo, que parecia ter saído de um conto de fadas, onde eu fora proibido de ir pelo Jeongguk. Ah... o Jeongguk.

Quem ele pensa que é para me proibir de alguma coisa? Eu irei voltar lá, sim. Eu preciso daquele lugar.

— VÃO EMBORA OS DOIS. EU QUERO FICAR SOZINHO. SERÁ QUE EU NÃO TENHO ESSE DIREITO? — Minha voz soou desconhecida em meus ouvidos. Eu ao menos tive consciência de que estava falando. Simplesmente saiu.

— Park Jimin, da última vez que você trancou esta porta você foi parar no hospital.

Park Jimin e não filho.

Tanto faz, eu não preciso da compreensão, carinho ou sequer consideração da parte dela. Por mim pode os dois, minha mãe e o filho dela, se explodir em pedaços picados. Que chova pedaços deles do céu como cinzas de um vulcão.

Semicerrei os pulsos ao lado de meu corpo e respirei fundo. O Taehyung, por fim, acabou convencendo-a de que eu estava bem e só queria ficar sozinho. Então os dois desceram para tomar café. Como sempre, o Taehyung vem filar a nossa comida.

Levantei, vesti meu uniforme que estava jogado de forma embolada em cima de uma cadeira. Não me incomodei em tomar banho, fazer minha higiene matinal.  Caminhei até a porta, abri-a lentamente e segui pelo corredor até o quarto que era do Jihoon. Eu não tinha ido lá desde que ele...

Respirei fundo.

Seu quarto estava como ele o deixara. Completamente bagunçado, roupas espalhadas pelo chão, embalagem das últimas besteiras que comeu: pacotes de chocolate; salgadinhos, uma caixa de pizza. Aquele lugar era um verdadeiro desarranjo, mas minha mãe fez questão de deixá-lo como estava. Talvez ela ainda não tenha tido coragem para entrar aqui e limpar. Eu não teria, não saberia o que jogar fora, não conseguiria guardar nenhuma das coisas dele em uma caixa. Sentei em sua cama, que também estava bagunçada, e fiquei olhando para a parede. Era um lugar seguro. Sentado, com as pernas cruzadas sob a cama, olhei fixo para a parede. O ar a minha volta estava pesado e uma tempestade estava formando-se acima de minha cabeça.

SHADOW WAR || Jjk + PjmOnde histórias criam vida. Descubra agora