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Dove's Point of view

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Dove's Point of view

Eu estava a ponto de ter um colapso nervoso na sala de espera daquele hospital. Tia Laura concordou em me trazer quando me viu completamente desnorteada com o pequeno acidente de Sofia. Já estava preocupada desde que notei que os movimentos da morena não estavam normais, suas jogadas eram mais lentas e suas expressões não eram animadoras. Estava a ponto de descer para falar com a treinadora, quando numa jogada arriscada, Sofia se meteu no bloqueio e tudo aconteceu. Foi rápido e assustador

Tia Laura pareceu extremamente preocupada quando viu a filha cair, e só depois de todo o susto, enquanto seguíamos a ambulância até o hospital mais próximo foi que eu soube que não havia sido uma lesão qualquer, a cabeça de vento estava com as costelas fraturadas e havia escondido esse fato de todos, inclusive de mim, eu queria matá-la, mas estava preocupada demais para sequer conseguir pensar em lhe dar um esporro

─ Você sabia disso? ── Perguntei a Paulina, sentando ao seu lado, a loira também estava nervosa, nunca víamos Sofia reclamar de dor, quando isso acontecia, sabíamos que a coisa havia sido feia

─ Sabia...

─ E porque não me falou? Eu teria dado um jeito de ela não jogar, teria mesmo!

─ Ela convenceu todo mundo a não falar nada, eu não sabia que ela ia ser tão imprudente ── Lina disse cabisbaixa

─ Ei, não se sinta culpada, a única que carrega culpa nisso tudo é a idiota da sua irmã. Nossa se eu pego ela, juro que meto um tapão naquela cara cínica! ── Lina e tia Laura riram

─ Sinto muito querida, ela realmente sabe ser convincente, mas achei que ela ia te contar alguma hora ── Laura

─ Ela sabia que se contasse, Dove a pararia ── Paulina

─ Ela vai me ouvir, mas ela vai me ouvir tanto! ── comentei chateada

Algum tempo depois o médico voltou, e nós três pulamos das cadeiras cercando o homem que sorriu da nossa afobação antes de tentar nos acalmar

─ Fiquem calmas, está tudo bem, não aconteceu nada grave ── todas respiramos aliviadas ── mas poderia! Laura eu não atestei que Sofia não deveria jogar até eu liberá-la? ── disse rígido e tia Laura encolheu os ombros ── bem, ela teve sorte, muita sorte, as costelas realmente quebraram agora, e chegaram a pressionar o pulmão mas não o perfurou, por isso a dificuldade em respirar e não há risco de perfuração, por hora... mas quero essa garota presa em casa por no mínimo dois meses, vamos acompanhá-la a cada quinzena, e se necessário, indicarei um colete para ela, até lá, só repouso e anti inflamatórios, de forma alguma ela pode voltar a jogar enquanto eu não a liberar, estamos entendidos? E nada de colégio também, por enquanto. ── Ele era firme e olhava diretamente para a mãe de Sofia — E ela vai ter que ficar internada aqui!

– O que? Porque? O senhor acabou de dizer que ela estava bem ... — tomei a frente nervosa, vendo tia Laura rir baixinho

– E ela está, mas não vou deixá-la ir. Mocinha eu já vi pessoas virem a óbito por perfurações nos pulmões e complicações provenientes disso, com as costelas rompidas como ela está agora, se ela aprontar outra dessas, eu não posso garantir que algo muito ruim não aconteça... –– o médico me olhou sério e eu engoli a seco

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