[Concluída] Chloe Celeste Hosterman, ou apenas Dove, como gostava de ser chamada, sempre dedicou-se completamente aos seus estudos, nada tirava seu foco, com exceção de uma coisa, ou melhor, uma pessoa, Sofia Carson, sua melhor amiga, seu mais perfe...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Sofia's Point of view
– Eu conheço os seus termos e toda a sua baboseira de regras, e eu sinto muito Carson, mas eu me apaixonei por você!
Foram as exatas palavras que eu ouvi deixar os lábios de Dove instantes antes, e meu corpo parece ter entrado numa espécie de transe. Eu não sabia o que dizer, o que pensar e muito menos o que fazer além de encarar a loira à minha frente. Ao ver o meu estado inerte, Dove apenas deu um passo para trás e cruzou os braços, seus olhos nunca deixando os meus, mas seu rosto ganhava cada vez mais um tom ruborizado mais forte
Eu sentia todo o meu interior numa explosão maluca de sensações e sentimentos que até então eu não conhecia. Jamais havia sentido algo sequer parecido com aquilo. Com ninguém. Por ninguém.
Cheguei a abrir a boca para falar várias vezes, mas eu não tinha a menor ideia do que deveria dizer. Eu não sabia o que Dove fazia comigo, mas ela parecia mandar toda a minha parte racional para anos luz longe de mim
– Me desculpa, quer dizer... eu sei que você não sente nada parecido, como poderia a propósito, olha pra você... — levantei a mão interrompendo os devaneios de Dove. Eu não permitiria que ela começasse a se diminuir, por mim ou por ninguém. Aquilo era muito equívoco, o difícil não era alguém como eu se interessar por alguém como ela, e sim alguém como eu ser digno de alguém como ela
– Você só me pegou de surpresa, só isso... — aproximei-me dela e segurei suas mãos — Dove, como sabe?
– Como sei o que? — ela me olhou confusa
– Como sabe que está apaixonada?
– Ahn, Sofi... eu ... bem, você sabe que eu não tenho a menor experiência com relacionamentos, quer dizer antes de você, do Ryan... nada! — ela se soltou de meu aperto e começou a andar pelo quarto, parecia nervosa — achei que estava mesmo interessada nele, ou nunca teria te pedido o, você sabe, o beijo. Sofia preste atenção porque eu não serei capaz de repetir isso, eu sei que não vou! — Ela respirou fundo e voltou para perto de mim, segurando o contato visual. Engoli a seco com a intensidade de seus olhos — quando eu beijei você a primeira vez, foi tudo novo e eu senti coisas que eu não saberia dizer se eram normais ou não. Quando eu beijei o Ryan, esperei sentir o mesmo, e céus Sofia, não chegou nem perto! Eu não senti o frio no estômago, não senti os pelos do meu pescoço se arrepiarem e esse arrepio correr por minha espinha como uma corrente elétrica. Não senti a necessidade de mais, de querer mais, de explorar mais. Não senti vontade que ele me tocasse, que ele me provocasse, não senti um terço das sensações que você me causou — engoli a seco, ela parecia estar descrevendo exatamente o que eu sentia e ao mesmo tempo em que aquilo me apavorou, me deixou em êxtase. Continuei lhe olhando, sem conseguir conter o sorriso que lutava para se alargar a cada palavra da garota — eu passei muito tempo tentando entender o que sentia. Não fazia ideia de por que te queria cada vez mais por perto, do por que sentia ciúmes ao pensar em qualquer outra pessoa ficando com você, do por que sentia tanto incômodo com certos comentários que ouvia... eu conversei bastante com o Cameron também, ele me ajudou a entender isso, e tudo que ele disse fez muito sentido, talvez eu sempre tenha nutrido sentimentos por você, aquele beijo foi só o gatilho...
