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Sofia's Point of view

Meus dedos tamborilavam nervosos o volante, enquanto minha mente funcionava a mil por hora, eu estava repentinamente nervosa à medida em que nos afastávamos da casa dos Jauregui's.

Eu já havia perdido as contas de quantas pessoas eu arrastei de festas pra cama, havia sempre a adrenalina claro, a excitação por antecipação, a pressa, o desejo. Mas com Dove? Meu Deus, eu não sabia explicar, só nunca havia sentido algo nem perto daquilo.

A ficha demorou alguns quilômetros para cair do que estávamos fazendo, e eu me senti perdida por instantes que pareciam infinitos. Pensei em levá-la pra casa, mas tinha a minha família ou a dela, pensei em levá-la a casa de campo dos meus pais, porém, longe demais, as possibilidades pareciam infinitas e escassas, era o paradoxo que estava me deixando à beira da insanidade.

Me sentia nervosa ao sentir o seu olhar sobre mim e não me atrevia encará-la de volta, esquecendo que do meu lado estava a minha melhor amiga, a garota que cresceu  comigo e me conhecia tão bem quanto eu mesma, logo senti sua mão sobre minha coxa e ouvi o seu suspiro antes de sua voz quebrar o silêncio em que estávamos

– Sofi, eu não me importo com o "onde" amor ... — engoli a seco, e continuei a me recusar a olhar para ela

– Eu só quero que seja especial meu anjo, só isso

– Sofia, você é quem me faz sentir especial, não o lugar — suspirei — olha pra mim — ela pediu quando eu parei num sinal vermelho, relutei mas cedi quando senti sua mão em meu rosto — só relaxe, e siga os seus instintos — não disse nada, apenas a beijei até ouvi o som abafado de uma buzina atrás de nós

Ver aquela entrega nos olhos dela, renovou minhas energias e minhas certezas, e eu decidi simplesmente dirigir até um bom hotel. Fiz o check-in e a recepcionista não fez muitas perguntas quando pegou os meus documentos. O lugar era bem localizado, luxuoso o bastante para ser frequentado por pessoas da alta sociedade, e eu não consegui evitar o sorriso quando entramos no elevador, percebendo que Dove parecia impressionada. Subimos ao penúltimo andar do edifício, segurei a mão da loira, entrelaçando nossos dedos enquanto caminhava apressada pelo corredor procurando o número do nosso quarto nas largas — e impecavelmente brancas — portas do local.

Quando finalmente paramos em frente à porta, não levei mais que alguns poucos segundos para abri-la com o cartão que eu equilibrava junto às minhas coisas numa mão só, e adentramos sem muita cerimônia. Dove soltou-se de mim, e depois de observar o enorme quarto, foi até a varanda, maravilhando-se na vista incrível de lá. Deixei tudo que carregava em uma cômoda no canto do quarto antes de ir em direção a minha namorada, cercando sua cintura e apoiando meu queixo em seu ombro, tentando acalmar minha respiração e meus batimentos, eu ainda estava nervosa, e apesar de toda a certeza de mais cedo, Dove também parecia aflita, estava mais quieta e distante.

– Que lindo ... — ela disse após um momento em silêncio — essa vista é incrível

– É mesmo! Eu já fiquei neste hotel algumas vezes com meus pais, enquanto nossa casa estava em reforma

– Eu lembro que passava mais tempo na minha casa — ela riu recordando

– Que que eu posso fazer!? Sempre gostei de ficar perto de você, Dovezinha — ela suspirou

– Sofi...

– Oi amor — ela virou-se para mim, puxando minhas mãos de volta para si quando eu ameacei me afastar, estávamos a centímetros de distância, mas afastadas o bastante para que eu olhasse em seus olhos

– Já fez isso antes? — a olhei confusa — digo, estar com alguém que... você sabe, que nunca... — ergui as sobrancelhas entendendo a questão

This Love - DofiaOnde histórias criam vida. Descubra agora