Capítulo Cinco.

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— Acha que ela morreu?

— Não viaja.

— Vamos ligar pra mãe dela, então?

— Dá pra se controlar, por favor?

Senti meu corpo pesado. Tentei abrir os olhos mas nem mesmo conseguia me mexer.

— O quê? Ah, claro. Acha que fazer isso vai ajudar? - Dinah. – Camila, sua franga. Acorda agora!

Senti um tapa arder em meu rosto, e isso então me deu forças para abrir os olhos.

— Dinah Jane! - Gritei massageando meu rosto.

— Céus, o que aconteceu com você? - Lauren me olhava mais pálida que o normal.

— O que aconteceu com você! Está mais pálida que o normal. - Me livrei do cinto de segurança que me sufocava e esfreguei os olhos. – Eu... desmaiei?

— Sim, e assustou a gente. - Lauren disse negando com a cabeça.

— A fantasminha aí quase liga pra ambulância por causa disso. Ou pior, pra dona Sinu. Imagine só o que teria acontecido se no dia que ela conhecesse a Lauren, você tivesse um troço. - Dinah riu.

— Cara... eu desmaiei. Pela primeira vez! - Fiquei brevemente animada. - Por que?

— Não sabemos. Você tá bem? Se sente bem? Está com fome? - Lauren perguntou me olhando.

— Calma! Estou bem. Só um pouco enjoada, sei lá. - massageei meu abdômen.

— Ótimo. - Lauren mexeu em uma mochila e a jogou debaixo do banco do motorista. - Então, ajeitem os cintos porque estamos atrasadas.

Zeus! Eu ainda não entendi o que temos a ver com isso. - Camila.

— Acho que você apagou na parte que eu expliquei. - Dinah disse mexendo em seu celular. - Basicamente, pelo que eu entendi, você vai com a Lauren fazer sei lá o que pro aniversário dos pais dela.

Ajudou muito.

— Vamos buscar um presente, e fazer uma reserva em uma casa de praia bem chique. - Lauren me olhou rapidamente e piscou.

— Você poderia fazer isso sozinha. - Eu disse rindo após um silêncio confortável.

Lauren ficou seria por um instante, apertando o volante até que seus dedos ficassem brancos nas pontas. Vi sua mandíbula travar.

— Acho que estava alta quando planejei.

— Que? - perguntei tentando entender o que ela havia dito. - Não ouvi, tava distraída com isso aqui. - Mostrei uma foto onde uma Lauren pequena e sorridente mostrava a língua.

— Onde... onde você pegou isso? - Lauren sorriu levemente para a foto e voltou sua atenção à estrada.

— Estava presa na porta do porta-luvas. Ei, por que tem esse nome? Como se a gente fosse guardar luvas aqui sempre. - ri de mim mesma.

Ficamos em silêncio por mais uns cinco minutos, até Lauren se pronunciar.

— É, chegamos. Agora que você falou, faz sentido. - Me olhou com o que parecia ser vergonha em seus olhos. Desligou o carro e abriu as portas. - Sabe, não precisa vir se não quiser.

— Tá brincando, né? Você me tirou de casa em pleno meu aniversário e ainda quer que eu fique no carro? - Perguntei indignada.

— Certo, então venha. - Lauren ajeitou seus óculos de sol e soltou seus cabelos ondulados.

Eu vi você morrerOnde histórias criam vida. Descubra agora