Capítulo 20

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(oi amores, como estão?
Eu não ia postar capítulo hoje pq eu acordei péssima (da gripe, não é covid) e tô morrendo de dor de cabeça e garganta, tirando o fato que tô febril.
Mas é isso, boa leitura, amor vocês.❤️)

No sábado, eu e Zule acordamos um
pouco mais tarde, já que a noite passada havia sido psicologicamente pesada.

Ela foi se trocar enquanto eu ajeitava as coisas ma sala. Íamos sair para almoçar no centro, sair um pouco. Mas precisávamos dar uma geral na casa primeiro.

Depois que ela se arrumou, foi minha vez. Tomei um banho, coloquei um vestido amarelo solto, escovei os dentes e penteei o cabelo.

Ao voltar para a cozinha, vi a morena virada de costas, bebendo água. Não consegui me controlar e... lhe dei um enorme tapa na bunda.

-Ahhhh! -ela se assustou, e eu ri.

-Pula pirata! -gargalhei. Ela levantou uma sobrancelha e veio vindo em minha direção.

-Ah, é? -Parou em frente a mim e me puxou para perto, as mãos na minha cintura- Direitos iguais... -ela desceu a mão para minha bunda, e eu ri.

-Ah, não, não, não! -ria, as mãos dela ainda na minha bunda.

-Ah, sim, sim e sim! -ela me puxou pela bunda, me beijando. Comecei o beijo ainda rindo, mas fui me acalmando mais para frente. Ela se separou dos meus lábios e disse- Você está maravilhosa.

Eu tirei as mãos dela da minha bunda e falei:

-Concordo. -desci os olhos dos seus olhos para sua boca- Você também não está nada mal. -lhe dei um selinho- Vamos?

-Vambora! -na hora em que ela se virou, dei mais um tapa. Ela virou rindo- Mas você também pede, né?

-Eu, hein?! -eu ri, fugindo enquanto ria.

Antes de sair, corri no quarto e peguei um anel delicado de ouro, com uma pedrinha brilhante no meio. Coloquei meus brincos que combinavam e ajeitei o cabelo meio descabelado.

Entramos no carro, coloquei meus pés no painel, exibindo meus tamancos amarelos, liguei minha playlist.

-Rude much? -ela levantou as sobrancelhas, sorrindo. Eu pisquei para ela:

-Você sabe que ama meu jeitinho folgado.

Ela riu, dando partida.

Logo estávamos na estrada, cantando ao som da música agitada que tocava. Logo Zule parou em frente ao "Vinito".

"Vinito" era o nosso restaurante italiano favorito. Ficava um pouco afastado da cidade, mas valia a pena ir lá de vez em quando, por que a comida era maravilhosa.

Ela abriu a porta para mim e eu fiz uma reverência com o vestido:

-Obrigada, cavalheira. -pisquei para ela, sorrindo.

Entramos rindo, sentindo-se em casa, e todos no restaurante nos cumprimentaram, já que nos conheciam de longa data. Nós sentamos na mesa de sempre, pedimos o suco de uva da casa -já que Zulema estava dirigindo-, e sorri ao pedir a lasanha de quatro queijos.

Enquanto comíamos, não conseguia evitar e encarava a morenA. Para minha felicidade, ela estava me encarando de volta. Alcançei ela e coloquei minha mão sobre a sua na mesa, acariciando às costas de sua mão.

A morena pegou minha mão e a levou até o rosto, onde, ainda me encarando, a beijou. Eu corei, dando um risinho:

-É assim que você conquista as mulheres nos encontros, Zahir? Esse beijo, esse olhar penetrante?

-Você sabe que não é só o meu olhar que é penetrante. -ela deu um sorriso sapeca, e eu assenti, o mesmo sorriso.

Pagamos a conta, e quanto estávamos prestes à sair, o sorriso de Zulema desmoronou. Quando me virei para ver o que era, minha cara também mudou; mas não para uma expressão de dor, como a de Zule, e sim uma grande e ranzinza cara de cu.

Um metro e cinquenta, cintura fina, cabelo curto castanho claro, nariz perfeito e arrebitado, grandes olhos azuis, sardas leves, lábios rosados como os de uma boneca e óculos super estilosos. Camila.

A puta da ex de Zule, que a deixou em mil pedaços depois que ela a pediu em casamento e ela a rejeitou.

- Zulema! -a menina abriu um sorriso alinhado e branco, mas cheio de veneno- Quanto tempo!

-Dois anos e meio. -ela falou baixinho, assentindo. Era ridículo quão vulnerável ela se tornava com a presença dela. Como se, se ela fizesse qualquer movimento brusco, ela atiraria na cabeça dela.

-Oi, Carolina, né? -perguntei, o maior sorriso falso do mundo.

-Quase, é Camila. -ela riu um riso sem graça, e eu o devolvi:

-Isso, Camila.

Ela sorriu amarelo, e então me olhou de cima a baixo. Tinha que levantar a cabeça para me olhar, por que eu era dez centímetros mais alta que ela. Aquela menina tinha que levantar a cabeça para falar com qualquer um, anã. Vaca anā.

- Maca, Zule, que bom ver vocês! E que legal que vocês continuam amigas depois de tanto tempo!

-Amigas? -eu abri a boca largamente, em deboche- Não somos só amigas, Cami!

Estiquei minha mão e mostrei o anel dourado com pedra de brilhante, que eu mudara para o dedo anelar da mão esquerda quando ela estava falando com Zulema. Então passei o braço pela cintura de Zule:

-Eu e Zule estamos noivas! -ela me olhou discretamente e lhe lancei um olhar de "só segue o fluxo"- E.. quer contar para ela, amor? -mordi o lábio inferior e coloquei a mão na barriga- Eu estou grávida!

Camila parecia em choque, mas retomou o autocontrole:

-Que... que, que bom! Uau, isso é maravilhoso!

-Desculpa não te convidar para o casamento, é que vai ser uma cerimônia reservada, sabe?

-Imagina! Muita sorte e felicidade na vida de casadas! -ela dá um sorriso falso- Eu tenho que ir, até!

Ela saiu rebolando, mas sabia que a tinha derrubado. Bati na bunda de Zule:

-Isso que é programa de sábado.

Ela assentiu, ainda muda. Seguimos para o carro, e ela se sentou em silêncio:

- Zule, o que foi? Sei que deve ser difícil encontrar a Camila, mas não precisa ficar assim...

-Não é isso. -ela cortou, encarando o estacionamento quase vazio.

-O que é então?

Ela virou o rosto lentamente para mim:

-Eu não sei muito sobre justiça mas... Você me deu três tapas na bunda, só hoje e... - ela pausou me encarando com um sorriso malicioso - diríamos que terá volta.... - ela sorriu, antes de me atacar com cócegas.

...

Roommates - ZURENA (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora