(Olá lindinhes, mais um capítulo pra vocês, boa leitura ❤️)
Terça feira à noite, eu fiz o jantar. Coloquei o pernil no forno e deixei a salada pronta em cima da bancada, enquanto Zule trabalhava na sala.
Assim que terminei de arrumar as coisas, Zulema me chamou:
- Maca?
- Hum? -perguntei, soltando o cabelo que tinha preso.
- Pode pegar meu carregador ali no quarto?
- Claro. - eu entrei no quarto bagunçado dela. A cama desfeita, uma pilha de roupas em um canto... parecia o quarto de uma adolescente, apesar de ela já estar perto da casa dos trinta.
Achei o carregador em cima da bancada, o peguei e estava na porta quando ela gritou:
- Abaixa! -eu me joguei no chão, achando ser um bicho ou algo do tipo:
- O que foi?! -perguntei assustada:
- Se você não abaixar, vai bater o chifre, maninha! - ela soltou uma gargalhada.
Eu me levantei e franzi a testa, cruzando os braços:
-Ha. Ha. Muito bom. Realmente, comédia de primeira.
-Eu sei. - ela gargalhava.
- Há quanto tempo você estava esperando pra fazer essa piada? - eu provoco.
- Desde que eu cheguei da empresa. - ela admite, ainda rindo - Mas você não ia pro quarto de jeito nenhum...
Eu arqueei uma sobrancelha:
-Você nem precisava do carregador, né?
Ela dá um sorriso vitorioso e nega com a cabeça:
-Na-ham. - ela dá um risinho, estendendo o celular - 90% de bateria. Carreguei no carro. Só queria que você passasse pela porta.
Eu jogo o carregador nela:
- Ridícula. - ando até o banheiro - Vou tomar um banho, vai vendo o forno que o pernil está assando.
-Certo, maninha! - ela pisca para mim antes que eu feche a porta do banheiro. Ligo um chuveiro e deixo a água quente escorrer. Lavo meu cabelo finalmente descansando. O dia foi longo no trabalho, e estava exausta.
Depois de me enxaguar, saio do
banheiro com a toalha amarrada o meu redor. Zulema assovia, mas desvia o olhar logo em seguida. Eu entro no quarto e me troco, colocando uma camisola de manga curta, que contém o desenho de um cachorrinho. Amarro a toalha na cabeça e ando até a sala, onde a vejo no sofá. Assim que me aproximo, ela coloca o computador para o lado, o desligando.Me jogo no sofá ao lado dela. Ela puxa minhas pernas para o seu colo, e eu me encosto no braço da mesma. Minha bunda estava congelando com o couro gelado do sofá. Ela passa a mãos pelas minhas costas.
-Maninha, maninha... - ela não continua, e fico me perguntando sobre o que ela queria me repreender. Mas sei que me sinto segura com ela.
Nunca tive carinho quando pequena. Meu pai morreu numa missão no exército quando eu ainda era uma bebê, e mamãe tentava ao máximo me dar o carinho necessário, mas também precisava pagar as contas.
Mamãe morreu quando eu tinha dezoito anos. E eu me virei sozinha. Precisava me virar.
As duas únicas pessoas que já cuidaram de mim além de minha mãe foram Saray e Rizos, mas cada uma tem sua vida agora.
Eu era muito próxima delas, desde pequena. Nunca precisei de mais nenhuma amiga, e muito menos amigos, já que garotos eram babacas.
Zulema e as meninas são minha família.
Aninho-me à ela, que suspira:
-Você está certa... -ela fala baixinho,
ainda fazendo carinho mas minhas
costas.-Eu sempre estou certa. Mas sobre o
que, em especial?Eu levanto a cabeça para encarar a árabe, e ela se ajeita na poltrona, soltando minhas costas:
- Sobre como eu preciso parar de pular de garota em garota. Eu preciso mesmo começar a levar isso à sério.
Eu assinto:
-Bom mesmo. - aperto da bochecha dela, que dá um risinho. Volto a me aninhar nela, que continua:
- Tem uma garota que eu estou curtindo faz um tempo. - ela começa - O nome dela é Maggie. Ela trabalha lá na empresa.
-Legal. - eu incentivo - Vai chamar ela
para sair?-Acho que sim.. ela é bem legal. Acho
que as coisas poderiam dar certo com
ela. - ela me puxa para mais perto - Mas vou precisar que você aprove ela, hein maninha?-Com certeza. Chame a Maggie para sair, e lembre-se: sem ser crítico demais! Todo mundo tem defeitos.
-Sim, você está certa maninha! Vou investir.
Eu sorrio e beijo sua bochecha, me
levantando:-Ótimo. - me viro para ela - Você viu o pernil enquanto eu estava no banho?
Ela abre um sorriso nervoso:
- Não...
- Reza para não ter queimado. - eu mando, e ela se levanta enquanto ando até o forno. Assim que o abro, um pouco de fumaça dela, e eu puxo a bandeja onde antes estava o pernil, que agora parecia uma pedra de carvão. Eu dou um gemido de desgosto - Merda. - sussurro.
Me viro para ela com um olhar mortal, que dá de ombros e abre um sorrisinho tímido:
-Pizza? -arqueia as sobrancelhas.
Eu dou um risinho, assentindo derrotada:
-Pizza.
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Roommates - ZURENA (CONCLUÍDA)
Fiksi Penggemar"Eu quero uma melhor amiga. Quero alguém com quem possa falar besteira, fazer palhaçada, passar vergonha, dançar e rir. Quero alguém que seja minha confidente nas minhas loucuras e minhas histórias. Quero alguém que puxe minha orelha quando preciso...