(mais um capítulo pra vocês, espero que gostem, boa leitura.
Obs: não foi revisado atentamente, me corrijam se eu estiver errando algo.)Pov Zulema
-Certo. Boa pegação, digo, boa noite
então.Essas foram as sete palavras que Maca murmurou antes de bater a porta na minha cara.
Antes de ela entrar daquele jeito,
lágrimas secas grudadas nas bochechas, olhos vermelhos, a maquiagem toda borrada e o rímel que escorreu até a metade da bochecha, eu e Maggie estávamos tendo uma ótima noite.Uma garota engraçada e gostosa, com muitos pontos em comum aos meus, mesmo gosto musical, e que beija muito. Estava mesmo muito divertido.
Até Maca chegar e atrapalhar a
pegação.-boa noite então. -ela bateu a porta, e eu e Maggie permanecemos encarando a porta fechada. Então ela saiu de cima de mim.
-Então... aquela é a sua companheira de quarto?
Eu assinto. Apesar de realmente adorar a companhia de Mag, só consigo pensar na minha pobre maninha naquele quarto. Ela parecia acabada.
-Ela parece legal. -ela continua.
-Ela é incrível. -é tudo que eu falo, antes de me levantar- E eu preciso cuidar dela. Sinto muito, Mag. Mas ela
precisa de mim.-Tudo bem. -ela também se levanta - Você é uma boa amiga.
Eu me aproximo dela para lhe dar um selinho, mas ela vira o rosto, fazendo com que beije sua bochecha. Eu não a culpo. Também ficaria bem magoada se uma mina me trocasse para cuidar de outra.
Mas ainda assim, para tentar amenizar o clima, sorrio:
-Eu amei sair com você. Foi muito bom. Se der, por favor, vamos repetir.
Ela só sorriu, pegando a bolsa. Já sei que isso é um não, mas ainda assim, finjo que não percebi. Eu a acompanho até a porta, e lhe dou um abraço de despedida.
-Quer que eu peça um táxi? -pergunto. Ela nega com um sorriso.
-Não precisa. Eu estou de carro. -eu assinto- Boa noite.
-Boa noite.
Espero até que ela já esteja no elevador para fechar a porta. E então, vou até o quarto de Maca.
A porta está destrancada, a luz
apagada, e ela está encolhida no canto da cama. Ao perceber a luz de fora, ela se vira lentamente e dá um sorrisinho, se sentando.-Oi. -eu falo.
-Onde está Maggie? -ela pergunta baixinho.
-Foi embora. -eu ando até a cama e me sento junto dela- Você vai me contar o que aconteceu?
Ela pegou a garrafa de rum e a virou, mas fez uma cara desgostosa ao constatar que ela estava vazia. Jogou a garrafa no tapete e pegou a de vinho,
destampando sem nenhuma classe:-Você estava certa. Eu tenho um chifre do tamanho de um prédio. - ela me
encara, um sorriso debochado, mas os olhos mostram seu coração partido. E o meu se parte um pouco também - Ele estava me traindo. Há cinco meses. E eu, burra, fui a única que não percebi.-Maca... - é tudo o que eu consigo falar.
- Zule... - ela imita meu tom, e dá mais um enorme gole do vinho - Essa porra é muito fraca! - ela revira os olhos e dá um gole- Não tem nada que eu possa fazer. Nem você. Eu só quero encher a minha cara em paz, sabe? Não tem muito mais o que fazer, afinal, eu acabei de terminar um relacionamento de três anos e estou completamente sem rumo, mas quem liga? -ela dá de ombro, como se não ligasse. Mas eu a conheço. Sabia que ela estava praticamente morrendo por dentro. Apesar de ele ser um babaca que não a merecia, ela realmente o amava.
E amor é uma coisa importante para Maca. Ela gosta de se sentir amada. Gosta de amar. E acredita em amor verdadeiro. Então isso era um choque de realidade forte demais.
Eu a agastei da garrafa, colocando o vidro na cabeceira do meu lado da cama, e ambas nos deitamos, uma de frente para a outra:
-Você não precisa disso, Maca. Você está proibida de sofrer por ele. Por que ele não te merece! Ele é um escroto, babaca do cacete, que é um mau comido da porra.
-Você está certa. -ela assentiu desesperadamente, procurando pela parte boa do problema.
-Claro que estou! Ele era egoista, machista, burro, sem graça....
-Péssimo de cama, péssimo cozinheiro, terrível gosto para roupas, entediante...
-Pau pequeno? -arrisco, e ela dá uma gargalhada.
-Não tanto. Um pau na média, vai. Mas que nunca, nunquinha me fez ter um orgasmo. Ele é realmente péssimo de cama.
-Como? -me interesso, principalmente por isso estar trazendo o bom humor da loira de volta.
-Meu apelido pelas costas era Favinseg.
-Que?
- Fábio Vinte Segundos. -nós duas começamos a rir sem parar.
- Favinseg. Amei isso! -eu ri.
-Ele nunca soube o que era! -ela gargalhou. Ficamos rindo até pararmos, e nos encaramos por um momento, e coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha dela:
-Nem pense em sofrer por ele. Aquele saco de bosta não merece suas lágrimas. Não merece nem a chance de ter te tocado uma vez na vida. Ele não merece você. Então pode parar com isso.
Me aproximo e beijo o topo de sua cabeça e sorrio para ela, que abre um de seus doces sorrisos. Ela é linda demais. Não deveria chorar nunca.
Fazê-la chorar devia ser considerado pecado. A pessoa que a fizesse chorar deveria ser condenada com pena de morte.
-Ninguém pode te machucar. Nunca. -ela sorri. Me abraça apertado, ainda deitadas. - Por que se te machucarem, vão se ver comigo. Vou quebrar esses feladamãe na porrada! -isso a faz rir mais um pouco.
Ela se aproxima mais, encaixando o rosto no meu pescoço. Eu envolvo meus braços nas costas dela.
-Obrigada Zule. É bom saber que posso contar com alguém.
-Sempre. -apesar de não querer me separar, acabo a afastando, e dou um sorriso malicioso- Agora, numa escala de um a dez, qual o tamanho do pau do Fábio?
-Não vou responder isso. -ela ri e sai da cama.
- Vai logo! -peço, seguindo ela para fora do quarto.
-Vou pedir comida chinesa, ok?
- É um número muito baixo? -pergunto novamente.
-Não vou falar!
-Eu só quero saber!
-Ok! O pau dele era um número cinco!
Bem na média mesmo. - Eu arregalo os olhos e não consigo impedir um sorriso:-Rá!
-Por que você está rindo?
-Por que tenho certeza que o meu é de oito pra cima.
Ela fecha os olhos e depois os abre:
-Você nem tem um pau, Zulema.- Você nunca viu. Rum!
- Quem disse? Tá bom. Agora já chega.
Você está acabando com meu apetite..-E você está acabando com minha auto estima.
...
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Roommates - ZURENA (CONCLUÍDA)
Fanfic"Eu quero uma melhor amiga. Quero alguém com quem possa falar besteira, fazer palhaçada, passar vergonha, dançar e rir. Quero alguém que seja minha confidente nas minhas loucuras e minhas histórias. Quero alguém que puxe minha orelha quando preciso...