— Empurra Amanda! Força! — A voz do médico soa pela décima vez na sala de parto. Eu respiro fundo e empurro com o máximo de força que consigo. De repente o som mais lindo que já ouvi enche a sala, o choro é alto e forte, e já não posso mais segurar as lágrimas de felicidade.
Vejo minha filha nas mãos do médico que caminha até mim. Ele coloca Analu sobre o meu peito e imediatamente ela para de chorar. Seus pequenos olhinhos encontram os meus e nesse momento eu sei que posso tudo. Eu já amava minha filha mesmo quando ela ainda estava dentro de mim, mas vendo ela agora, eu entendo o que é amor de mãe. Eu faria qualquer coisa por essa pequena, eu seria qualquer coisa por ela. Eu a amo incondicionalmente.
Quando descobri que estava grávida fiquei apavorada. Eu não queria que minha filha crescesse sem pai, mas em nenhum momento me arrependi dos momentos que passei ao lado do Bernardo. Esses momentos me deram o meu bem mais precioso, minha filha, minha Analu. E eu nunca poderia esquecer o quanto ele me fez feliz, com ele eu aprendi a amar. Bernardo sempre será meu primeiro e último amor, mas eu preciso seguir em frente algum dia. Minha filha não pode crescer sem um pai.