Maldição da lua cheia

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Nota: Boa leitura, estrelinhas!

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Pov. Uraraka Ochaco

No dia anterior, Momo-chan quase havia sido queimada injustamente por ser uma bruxa. Se eu, o Shoto e a Nejire não tivéssemos interferido as ações do povo, eles teriam levado ela a fogueira. Hoje, enquanto andávamos pela vila, não tardou para que os olhares se intensificassem sobre nós. As pessoas continuam com medo dela e por isso a tratam como uma aberração, vejo uma senhora afastar o seu neto para trás ao passarmos por eles e suspiro frustrada.

— Cuidado querido, não chegue perto dessa bruxa. Princesa, como consegue andar junto a esse monstro? Não me diga que a família real é uma farsa e todos vocês são traidores?!

— Basta! — Respondo a senhora. — A senhora devia se envergonhar por falar tais absurdos! A Yaoyorozu foi inocentada, por acaso já ouviu falar sobre magia de luz? As fadas cujo vocês tanto confiam, assim como as bruxas, ambas possuem esse dom. Yaoyoruzu é uma boa moça.

Enraivecida, puxo a morena pelo braço e acelero os passos até a sua casa. Não estou afim de ouvir mais comentários maldosos sobre a minha amiga.

Quando chegamos em seu lar, Momo-chan abre a porta me dando passagem para entrar.

Observo o local simples com poucos móveis e olho para a morena.

— Momo-chan... — Ela senta-se no sofá da sala e me encara com seus olhos inchados. Me aproximo dela, a abraço ao me sentar do seu lado e prossigo. — Não tem problemas em chorar, colocar todas as mágoas para fora vai lhe fazer se sentir um pouco melhor.

Em instantes, vejo-a se se derramar como uma cascata, ela não merecia passar por esses tipos de tratamentos...

Passo as mãos em seus cabelos para a confortar e ficamos alguns minutos abraçadas até não ouvir mais o som de suas lágrimas.

— Quer uma água para tomar? — Pergunto a Yaoyorozu e ela nega.

— Não, obrigada princesa.

— Vamos arrumar os seus pertences? Quanto antes sairmos da cidade, menos chances temos de que o povo resolva invadir a sua casa para lhe confrontar. Por onde começamos?

— Não precisa fazer esforço físico. — Momo diz ao se levantar do sofá.

Vejo uma estrela de luz dourada surgir aos seus pés e em menos de cinco segundos, todos os móveis dela desaparecem, não sobrando nada.

— Como você fez isso? — Pergunto curiosa. — Todos os móveis eram ilusões?

— Não, esse poder funciona como uma caixa infinita onde você pode guardar de quase tudo ao transportar os objetos para lá. Mas os elementos líquidos, por exemplo, são impossíveis de guardar. Os objetos param em um tipo de dimensão.

— Entendo, é parecido com o portal que descobri alguns dias atrás. E falando em portal, quer dar um passeio pelo vácuo? Assim chegaremos rápido na floresta.

— Por mim, tudo bem.

Depois de abrir o portal e o atravessarmos, arregalo os olhos com a cena a frente.

— Para trás, Bakugou!! — Shoto gritava enquanto protegia a Tsuyu que estava escondida em suas costas.

Toru flutuava no ar perto dos irmãos, porém, mesmo sendo invisível, o Katsuki conseguia farejar seu cheiro e tentava pular na tentativa de a alcançar.

A princesa da capa vermelha - BakurakaOnde histórias criam vida. Descubra agora