Lobo Mau

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Nota: Boa leitura estrelinhas, espero que gostem desse capítulo!!
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Pov. Ochaco

Hoje o céu estava aberto, o sol da manhã brilhava refletindo alguns cristais do castelo dando uma visão esplêndida a quem olhasse para o teto por causa dos lustres. Empolgada com o dia de hoje, acordei as pressas e fiz as minhas higienes pessoais. Finalmente estou com quinze anos, como a festa acontecerá de noite, resolvo sair e convidar o Tamaki para passear pela vila. Coloco um vestido simples azul sem mangas com um laço prateado na cintura e babadinhos nas pontas e deixo os meus cabelos soltos. Sigo para a sala de jantar e após comer vários mochis, andando pelos corredores vejo o Tamaki olhando para todos os lados parecendo perdido. Ele para o seu olhar em mim, sorri e diz:

- Ah, finalmente te encontrei. Ochaco, a Nejire me pediu para te levar até a floresta negra, aparentemente um dos seres mitológicos ficou doente e ela disse que precisa que procuremos a flor de disciplina para criar a poção da obediência.

- É o lobo outra vez? – Pergunto curiosa e o elfo assente.

- Sim, ele fica resfriado muito fácil, afinal vive em contato com os cogumelos espalhados na floresta. Embora o lobo não goste de admitir que tem alergia.

- Entendo, então finalmente vou poder conhecer o lobo mau? – Pergunto com um sorriso travesso.

Tamaki estreita os olhos e diz:

- Você apenas vai me ajudar a colher a flor. A Nejire que vai entregar os remédios para ele, não esqueça do que eu disse sobre ele ser perigoso Ochaco, o que você está pensando em fazer?

- Hum, como se um filhote de lobo resfriado fosse me dar medo. – Respondo convencida. – Sou o quinto elemento, não um gatinho assustado. E não irei aprontar nada, apenas se ele for de meu agrado tentarei ser sua amiga.

- Ochaco, você está assinando a sua sentença de morte. Só porquê és um elemento não significa que seja indestrutível.

- Elfo medroso. – Mostro a língua para o Amajiki e ele arqueia as sobrancelhas, negando com a cabeça e sorrindo em seguida.

Tamaki diz sussurrando, porém consigo escutar a sua fala:

- Quem mostra língua pede beijo.

Coro com suas palavras e o pergunto:

- Desde quando você ficou assim tão ousado e seguro de si? Não estou te reconhecendo, por acaso os espíritos da floresta te possuíram?

- Há, há engraçadinha. Nunca ouviu esse ditado não?

- Claro que sim, mas é estranho lhe ouvir falar sem gaguejar e não ficar com vergonha de tudo. – Respondo ao meu amigo. Saímos do castelo e seguimos para a floresta negra. Passando pela árvore em forma de arco vejo a Nejire deitada num galho de cerejeira enquanto jogava uma maçã para o alto e a pegava novamente, ela nota a nossa presença e voa em nossa direção.

Nejire nos cumprimenta e mostra o desenho da flor que ela precisava num livro. A flor me era familiar, ela era rosa com tons de verde e azul no caule, foi quando me lembrei... Na cachoeira quando acordei do meu desmaio eu vi uma flor parecida com essa. Sem avisar a eles eu corro para o local sendo seguida pelos meus amigos que estavam sem entender a minha reação. Me aproximando da cachoeira encontro a Toru fazendo uma dança com as folhas das árvores para tira-las dos galhos devido a mudança de estação que se aproximava. Uma das funções da Hagakure como espírito elemental era limpar as árvores com o vento.

- Bom dia Toru. – A cumprimento. Toru para de mexer nas folhas e voando até nós ela assopra balançando os fios de meu cabelo.

Sinto o vento gelado arrepiar meus braços e ela responde:

A princesa da capa vermelha - BakurakaOnde histórias criam vida. Descubra agora