Ajustes

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Ainda estava escuro quando acordei, encarei o teto confusa, precisei de um tempo para entender que sombras estavam atreladas ao dossel, cerrei os punhos, precisaria de muito mais que técnicas de respiração para me acalmar.
- Por que não se apresentou ontem?
- Não sou seu soldado, sua emissária ou subordinada. Responderei ao grão-senhor e grã-senhora somente.
- Tem a tendência em se colocar entre machos que querem se matar.
Pensei no dia anterior, não havia revelado aquilo, mas Cass sim, bufei, claro que ele falaria.
- Está aqui a essa hora, por uma falha no relatório ou tem fetiche em me ver dormir?
Um som semelhante a um rosnado ecoou pelo quarto, me sentei só então percebi que estava de camisola, uma fina e transparente. Nuala era responsável por aquilo, puxei a coberta para o peito.
- Está me ameaçando, encantador de sombras?
Encarei a parede onde sabia que o encontraria, ele estava sentado na poltrona, fiz uma nota mental para me livrar dela, ele se sentia confortável demais nela.

- Não! Passei o dia fora, esperei ansioso para chegar e vê-la, mas você consegue driblar as ordens mais simples

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- Não! Passei o dia fora, esperei ansioso para chegar e vê-la, mas você consegue driblar as ordens mais simples.
- Não sabia que era uma ordem.
Dei de ombros, com um gesto de mãos ele recolheu a sombra, ela passou tão perto que agitou meu cabelo.
- Haverá um almoço de despedida para Keir.
"Se disser que preciso ir, irei soltar Lucien e Cassian sobre ele e dessa vez não irei impedir."
- Você mesma quer matar Keir.
Mil ideias passaram pela minha cabeça. Sim queria, por tudo que fez a Mor, por ser cruel e escroto.
- Mas sim, precisamos apresentar a frente unida, somos a proteção da Corte, de Velaris...
"Tudo bem, já tinha me convencido no frente unida, não vou me agarrar a você novamente."
Joguei a coberta para o lado descendo da cama, certa de que seus olhos acompanhavam meus movimentos. Fui até o guarda-roupas e peguei o vestido transparente, mais um modelo que se agarraria a minhas curvas, suspirei.

 Fui até o guarda-roupas e peguei o vestido transparente, mais um modelo que se agarraria a minhas curvas, suspirei

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- Se continuar se movendo assim, não será preciso.
Olhei sobre o ombro em sua direção, mesmo na escuridão a tensão crescente era perceptível.
"Acho que tenho alguma coisa para usar contra você."
Mordi o lábio com a descoberta.
- E o que vai fazer?
Ele se inclinou, seu lindo rosto sendo iluminado por um feixe de sol nascente.
"Iremos jogar, já que me deu uma pequena vantagem."
Deixei o vestido separado no cabide. Virei para ele, me colocando onde o sol iluminava o quarto, a seda e a renda da camisola revelando contornos de pele atrativa.
- E como será isso?
Seus olhos percorriam meu corpo de forma lasciva.
"Deixarei que me veja, que olhe meu corpo, que se torture imaginando como será tocá-lo"
Desviei os olhos dele, toquei a alça da camisola deixando que ela caísse sobre a tatuagem, tracei algumas linhas. Ele se levantou, as asas agitaram-se, parou na minha frente, ergui os olhos para ver seu rosto. Seu cheiro me atingiu.
- Mas?
Sua voz estava rouca e sua mão em meu pescoço. Deitei o rosto sobre sua palma  segurando seu olhar.
"Nosso grão-senhor só permite que nos toquemos, se houver o consentimento de ambos, então."
Peguei sua mão arrastando por meu colo, entre meus seios então a soltei.
"Só quando estiver tão desesperado, tão incendiado, como quando fico em sua presença, você irá pedir."
Olhei para sua cintura, sua ereção comprimindo a calça. Uma demonstração e tanto de poder.

A Corte de Sombra e LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora