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Depois de passamos alguns dias tentando recrutar as pessoas das fichas, tendo alguns fracassos nas tentativas, mas também tivemos sucesso as coisas estavam se encaixando bem, porém não consegui deixar o assunto da silhueta, mas contrariando as minhas esperanças não tive o menor sinal dela ou dele ainda não dar para ter certeza, foi aí que me toquei que a sombra só apareceria no auditório quando tivesse certeza que não seria vista, com isso em mente decidir ir mais cedo pro colégio com a esperança de encontra-la, então apesar de a contragosto do meu pai ele me levou para o colégio quase duas horas antes do horário normal explicando o ambiente quase desértico tendo algum funcionários passando e um ou outro aluno que muito provavelmente estavam ali para alguma atividade do clube deles.
— Filha por que mesmo você precisa vim tão cedo no colégio? — pergunta meu pai com o carro estacionado perto do entrada olhando para mim no banco de trás.
— É algo do clube — respondo saindo do carro enquanto colocava a mochila nas costas.
— Tão cedo? — questiona ele desconfiado.
— Deus ajuda quem cedo madruga — digo começando a me afastar.
— Camila!
— Sim?
— Eu te amo.
— Eu também pai.
Com isso corro em direção ao auditório, porém acabo diminuindo a velocidade quando comecei a escutar uma voz cantando era uma voz linda por medo de faze-la parar me aproximo em passos lentos notando uma silhueta que andava pelo palco, então é uma garota, mas só dava para saber disso por conta da voz já que ela não saía das sombras infelizmente como da primeira vez que a vi acabei tropeçando em algo o que causou um barulho a assustando novamente fazendo que ela se escondesse entre as cortinas.
— Por favor, não vá — peço.
Eu não sabia se havia me escutado, nem se iria me responder caso tivesse só me restava esperar que o fizesse, minutos passaram num total silencio aumentando a ansiedade que sentia a cada minuto fazendo que eu subisse no palco tentando qualquer movimento nas cortinas, porém não vi nenhum e quando desisti de esperar dando os primeiros passos para longe da parede escuto uma voz tão baixa que quase era um sussurro:
— Eh... oi?
A voz era hesitante com um leve tremor, parecia se tratar de uma pessoa diferente da que estava cantando momentos atrás, tão confusa quanto eu como prosseguir aquela conversa, porém eu precisava de algumas respostas e quem sabe alguma dica sobre a dona da voz.
— Por que estar nós ajudando? — pergunto não sabendo ao certo para onde olhar, pois ela não havia saído de onde quer que seja o seu esconderijo.
O silencio voltou a reinar por quase um minutos antes que a voz voltasse de novo dessa vez mais firme e alta, apesar do tremor continuar presente.
— Já disse, o rangido me incomodava.
— Deve ter outro motivo além desse.
— Eu... sentiria falta das vozes. — Dava para notar um sorriso em sua voz.
— Então você estava aqui enquanto ensaiávamos? — questiono.
— É um pouco estranho admiti, mas sim — responde, eu não podia ver o seu rosto, mas seu tom de voz deixava claro sua vergonha — porém não é sempre, isso não deixou menos estranho, né?
— A situação estar estranha por eu não ver o seu rosto — confesso torcendo que ela não se sentisse mal por aquilo.
— Eu consigo ver o seu — disse num fio de voz.
Ao ouvir aquilo começo a procurar alguma brecha que poderia ser a que ela esteja usando, porém sem sucesso nada parecia fora do lugar, mas aquilo não dizia muita coisa, afinal existia passagens secretas que ela usava para entrar e sair do auditório.
— Acho que eu disse algo perturbador, né? Na verdade, acho melhor eu ir embora.
— Não, espera — digo sem saber se ela ainda estava ali ou não — me dia pelo menos o seu nome.
O silencio voltou a reinar novamente me deixando mais uma vez ansiosa só que dessa vez ele não fora quebrado por ela.
— Camila estar fazendo o que aí em cima? — pergunta Dinah atrás de mim.
— Ela apareceu de novo — digo sem me virar.
— Ela quem? — questiona Ally.
— A silhueta.
— Então você viu quem é? — pergunta Normani.
— Não, mas eu sei que é uma garota — respondo me voltando para as minhas amigas que me encaravam confusas.
— Se você não a viu, como você sabe que se trata de uma garota? — questiona Dinah.
— Conversei com ela — digo sorrindo — e a ouvir cantar.
— Camila eu sei o que você estar pensando e já vou dizendo que não é uma boa ideia — adverti Normani.
— Nós já notamos que ela não quer aparecer — disse Ally.
— E nem sabemos se ela vai continuar vindo — disse Dinah — e se vier não temos qualquer garantia que irar falar com alguma de nós.
— Ou aceitar o que você tem na cabeça — disse Normani.
— Vocês são muito pessimista — digo.
— Camila tem coisas na vida que não dar para ganhar — disse Dinah — e essa é uma delas.
— É o que vamos ver — digo confiante sorrindo — mas por enquanto vamos nós concentrar nos novos recrutas.
— Concordo, mas vamos fazer isso no intervalo que as aulas já vão começar — disse Ally.
Com isso todas nós saímos do auditório indo em direção a nossa sala enquanto passávamos pelo partiu noto a tal de Lauren próxima de um homem muito parecido com ela a contando algo enquanto ela se limitava a concordar com a cabeça, por um breve momento os nossos olhares se encontraram e ele parecia ter ficado ansiosa antes de se virar começando a indicar para ele sair não tocando-o em nenhum momento ou falando algo, estranho.
— Tudo bem, Camila? — pergunta Ally.
— Sim — respondo continuando a seguir as minhas amigas.
Continua...
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A distancia de uma parede - Hiato
FanfictionLauren é uma garota que sofre de Antropofobia e por causa desse medo ela se torna uma pessoa distante até mesmo se mantendo afastada de sua família, mas por insistência de seu terapeuta ela frequentar um colégio. Lá Lauren acaba conhecendo Camila um...