Apesar de todas as ideias que tivemos eu estava achando cada vez mais difícil me manter otimista e lembrar do estado do prédio não ajudava em nada, se pelo menos as pessoas desse colégio não fossem tão idiotas ou tímidos poderíamos está numa situação melhor afinal só precisávamos de mais 4 alunos e um professor com um pingo de conhecimento na aria.
Bem, não adianta ficar chorando pelo leite derramado — penso enquanto voltava para casa após o fim das aulas — o importante é manter o foco.
— Como foi o dia teve alguma sorte? — perguntou minha mãe quando entrei.
— Não muita, mas tivemos várias ideias ótimas — digo sorrindo numa tentativa de melhor o meu humor.
Afinal; sorria até que isso melhore o seu humor.
— Filha não precisa se forçar — disse minha mãe tocando em meus ombros — todo mundo tem um dia ruim e não tem problema em demostrar isso.
— Eu não gosto de ficar de mau humor — desabafo.
— E isso te deixa de mau humor — disse ela — sabe que acaba virando um circulo vicioso, você vai ficar de mau humor por está de mau humor o que vai lhe deixar com um humor ainda pior.
— Eu sei — digo suspirando antes de ir até as escadas — vou subir pra fazer o meu dever.
— Não vai comer nada?
— Quando eu terminar.
Depois daquilo o meu humor não melhorou muito e o das minhas amigas não se encontrava muito melhor, apesar de nossas boas ideias não tivemos muita sorte em executa-las, a rádio do colégio não quis se meter nesse assunto, nem uma das lojas que buscamos achou que seria um bom investimento, o nosso orçamento deixou claro que não poderíamos fazer boa parte das reformas necessárias e por mais que a Dinah insistisse ninguém que buscou quis se comprometer em entrar no clube, não queria e me desanimar, mas estava ficando difícil. Bem, pelo menos melhoramos o nosso site na esperança de alguém aparecer.
— Eu tô sentindo que o mundo está contra nós — disse Dinah.
— Não exagera Dinah, o mundo não está contra nós — disse Normani — o colégio sim.
— Gente é proibido desanimar — digo tentando melhorar os ânimos.
— Camila todo mundo tem um dia ruim — disse Ally repetindo o que minha mãe dissera no outro dia — e nem uma de nós é exceção.
— Ainda assim não deveríamos deixar isso nos abater — digo muito mais para mim mesma, pois já estava começando a sentir o desanimo me dominar novamente — ainda temos tempo e disposição para a reforma.
— A Camila tem razão — disse Normani recuperando a motivação junto as outras.
Com a proximidade do horário para o sinal tocar para o final do intervalo decidimos irmos para nossas salas para assistimos as aulas antes que pudéssemos ir para o auditório para ensaiamos um pouco antes de ir para casa.
Quando finalmente tocar saiu rapidamente da sala querendo chegar logo no palco sem esperar por minhas amigas pois elas estavam um pouco ocupadas no momento. Mas quando entrei na sala do clube vejo uma sombra andando sobre o palco segurando uma caixa em uma de suas mãos, sem querer assustar a pessoa me aproximo fazendo o máximo de silêncio que consegui, mas acabo tropeçando no tapete fazendo que ela me notasse, assustada ela correr para as cortinas.
— Espera! — grito confusa por sua presença ali.
Mas já era tarde demais a pessoa desaparecerá entre as sombras deixando a caixa no chão ao me aproximar do palco noto que algumas das madeiras do chão haviam sido trocadas e que havia um bilhete em cima da caixa.
"Eu li um de seus panfletos e quis ajudar.
P.S. O rangido do palco também estava me incomodando".
— Camila o que é isso? — perguntou Dinah aparecendo em minhas costas o que acaba por me assustar.
— Não vem assim de mansinho — reclamo com a mão no peito.
— Desculpa, mas é de quem esse bilhete? — perguntou minha amiga.
— Não sei, não consegui ver — respondo me abaixando para abrir a caixa — mas ainda falta saber o que tem aqui.
— Espera — disse Dinah segurando o meu braço — acho que devemos esperar as meninas chegarem.
— Tudo bem — concordo segurando a minha curiosidade.
Não demora muito para que as outras duas aparecessem com isso dou um breve resumo do que vira. — Parece que tem alguém querendo nós ajudar — disse Normani olhando para caixa que eu colocara numa pequena mesa que encontrara.
— A questão é quem — disse Ally.
— E isso importa? Abre logo a caixa — disse Dinah exaltada — não vamos perder tempo discutindo sobre um fantasma.
Não querendo demorar mais abro a caixa revelando o que tinha dentro.
— Por essa eu não esperava — disse Dinah.
Continua...
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A distancia de uma parede - Hiato
FanfictionLauren é uma garota que sofre de Antropofobia e por causa desse medo ela se torna uma pessoa distante até mesmo se mantendo afastada de sua família, mas por insistência de seu terapeuta ela frequentar um colégio. Lá Lauren acaba conhecendo Camila um...