Capítulo 3: Lauren

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Era realmente difícil ter a minha fobia e ser obrigada a ficar entre vários possíveis causas para uma crise de pânico. - Mas eu tinha que enfrentar isso se quisesse superar - penso enquanto passava pela multidão que se formara no partiu durante o intervalo reparando num pequeno grupo formado no centro dele.

Ao me aproximar um pouco mais noto que se tratava de Camila com suas amigas que estavam distribuindo panfletos sendo ignoradas pela grande maioria das pessoas e de uma forma extremamente grosseira, sem querer me aproximar mais do que aquilo decido pegar um dos que foram jogados no chão o lendo. Eu sabia que o club de teatro estava passando por alguns problemas, mas não tinha ideia que era tão grave.

Sabendo que se ficasse parada ali chamaria atenção indesejada para mim começo a me afastar indo em direção ao único lugar que sabia que estaria livre de todos aqueles olhares, o auditório do colégio que ironicamente também era a sala do club de teatro. E não eu não fazia parte do club e sendo sincera nem pretendia ser.

Notando que as garotas também estavam indo para lá aperto do passo seguindo para a lateral do pequeno prédio que era separado do principal do colégio com uma estrutura consideravelmente mais velha, conferindo se ninguém me vira empurro uma pequena pedra no chão que abre uma porta escondida na parede onde entro seguindo por um estreito túnel que levava para a parede do palco onde podia ver as garotas entrarem por uma pequena brecha na parede.

Eu havia encontrado aquela passagem por acidente no meu primeiro dia quando corri para esse lado quando tive medo demais para entrar no prédio principal onde ficara por algumas aulas tentando acalmar minha crise de pânico até que escuto uma voz fazendo que meu medo aumentasse o que muda rapidamente ao ouvi-la cantar, a sua voz era tão linda que parecia magica que espantara o meu pânico para longe, dês de então comecei a vir para esse lugar para ver se tinha sorte de ouvi-la só mais uma vez. Porém com a ameaça de fechamento eu sabia que isso não seria mais possível.

O meu pensamento é interrompido pela voz de Dinah parecendo extremamente frustrada:

- Mila mesmo que conseguimos alguém ninguém ficaria aqui o prédio está caindo aos pedaços e não temos ideia de onde tirar dinheiro pra uma reforma desse tamanho.

- Um problema de cada vez Dinah, só consigo lidar com um - disse Camila não parecendo menos frustrada que a amiga.

- Acontece bunduda que não temos só um problema, temos vários - disse Dinah - sem contar que o comitê está no nosso pé.

- E esse prazo de três meses é ridículo - disse Normani exaltada sentando-se numa das cadeiras - tá na cara que eles querem que a gente feche.

- A gente deveria está feliz por ser três meses se a Mila não tivesse falado com o representante seria só um - disse Ally também se sentando enquanto Camila ia até o palco.

- Olha essa discursão não vai levar a gente a lugar nenhum - disse Camila andando pelo palco causando rangidos ao passar por algumas tabuas que estavam froixas - temos que nós forcar em arrumar uma propagandas impactante pra atrair novos membros e... ver se alguma loja de construção possa nós ajudar por um preço razoável, aí faremos um orçamento pra ter uma ideia do que podemos reformar por agora.

- A Mila tá certa - disse Normani - e eu conheço um cara que trabalha numa dessas lojas, eu posso ir ver se ele pode nós ajudar.

- E eu tenho certeza que tem alguns que querem participar do projeto de canto e outros do de atuação, mas são tímidos demais para vir - disse Dinah com as energias renovadas.

- Eu posso falar com um amigo da rádio pra fazer um anuncio por nós - disse Ally se levantando - talvez atraia algumas pessoas.

- É assim que se fala - disse Camila sorrindo saindo do palco e indo até a saída com as amigas.

Quando me vi sozinha no auditório saiu do meu esconderijo por outra passagem secreta no palco pisando algumas das madeiras para ter uma ideia de qual precisavam ser trocadas olhando ao redor vendo cada um dos problemas naquela pequena sala montando um projeto na cabeça. Acho que esqueci de dizer que os meus pais eram donos de uma impressa de arquitetura cuja eu teria que presidi quando me formasse o que por influencia me fez crescer ao redor de muitos projetos inclusive sabia fazer algumas das reformas necessárias no prédio, claro que precisava de ajuda especializada, mas era muito cedo para pensar nisso pois as garotas poderiam resolver sozinhas, olhando novamente para o piso.

- Acho que posso ajudar pelo menos numa coisa - digo pisando numa delas - afinal, o rangido também me incomoda.

Continua...

A distancia de uma parede - HiatoOnde histórias criam vida. Descubra agora