Capítulo 8: Lauren e Camila

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  — Acho que eu disse algo perturbador, né? Na verdade, acho melhor eu ir embora — digo sentindo o meu coração bater furiosamente no peito e minhas mãos suarem devido ao esforço de manter aquela conversa.

  — Não, espera — disse Camila no mesmo momento que dei os meus primeiros passos para o longe — me diz pelo menos o seu nome.

  Aquilo me fez acelerar ainda mais os meus passos parando na passagem quando sentir o meu celular vibrar no bolso me fazendo pegá-lo.

  Se tratava de uma mensagem do meu tio que dizia:

"A reunião acabou

Onde você tá?"

  Eu estava em pânico demais naquele momento para conseguir pensar em respondê-lo, então o guardo no bolso me sentando no chão com as  mãos passando pelos meus cabelos as parando nas minhas orelhas ficando assim até que eu me acalmasse o suficiente para responder a mensagem com uma única palavra:

"Partiu"

  Conseguindo me acalmar um pouco abro a passagem saindo finalmente do auditório andando em passos lentos vendo que a ária do colégio começava a ficar mais movimentada me deixando inquieta até que avisto o meu tio que acena em minha direção se aproximando mais rápido do que eu finalmente parando a cinco passos de mim

  — O que veio fazer aqui? — pergunta meu tio sorrindo com um certeza receio no olhar, talvez por medi de fazer algo que me deixasse desconfortável o que né fez abrir um leve sorriso.

  Não querendo responder por medo que Camila aparecesse e reconhecesse a minha voz me limito a apontar para onde realmente estava

  — Viu o que precisa de uma reforma imediata? — questiona ele cochando a barba que começava a crescer em seu rosto.

  Confirmo com a cabeça e aponto levemente em direção ao prédio  principal.

  — Correu tudo bem conseguimos a autorização — responde o meu tio parecendo um pouco chateado — Lauren aconteceu alguma coisa?

  Quando ele me perguntou aquilo tive uma súbita vontade de virar o meu rosto para trás sem querer acabo encontrando o olhar de Camila que aumenta ainda mais a minha vontade de sair correndo dali o que não vejo o menor problema em atender começando a indicar para o meu tio para saímos dali sem toca-lo em nenhum momento.

  Apesar de não entender o meu comportamento ele atende o meu pedido silencioso indo para longe, só paro quando me sinto longe dos olhos que me causavam tanto desconforto.

  — Vai me explicar o por quê fez isso? — pergunta meu tio.

  — Tinha muitos olhos — respondo com algumas pausas excitantes.

  — Entendo, por um segundo pensei que... Esquece — disse ele num tom um pouco desanimado — você precisa ir para aula depois a gente conversa sobre a reforma.

  Sabendo que estava certa me disperso antes de seguir pelo caminho menos movimentado até a minha sala. Eu não sabia o que me levará a conversar com Camila, talvez por eu já estar acostumada a ouvi-la em seus ensaios ou pelo fato de uma parede estar entre nós impedindo que me visse, seja qual for o motivo tenho que admitir que foi bom falar com alguém que não fosse o meu tio ou psicóloga. Ainda assim não estava muito ansiosa para repetir a dose, o medo que sentir quando ela questionou sobre quem eu era não vale o risco.

  Afinal não estou me esforçando para ser um fantasma atoa e não me sinto pronta para mudar isso por agora, bem... deixando isso para lá, como farei a reforma sem as garotas descobrirem onde ficam as passagens secretas? — Me pergunto em pensamento inclinando o meu corpo para trás na cadeira da última fila durante a chamada. — Na verdade não tem porque eu me preocupar com isso. — Volto para a posição anterior com os meus braços cruzados assim que ouvir o nome anterior aí meu. — Não tem como eu continuar indo depois da reforma.

Camila: on

  Depois do meu encontro com o que a Dinah começou a chamar de fantasma do teatro, não fiz questão de aderir o apelido apesar da pressão da minha amiga e eu não gostar de me referir somente como "ela", as coisas começaram a ficar bem estranhas na semana seguinte quando eu e minhas amigas formos para o auditório e nos deparamos com várias pessoas entrando e saindo segurando várias coisas dele.

  — O que está acontecendo aqui? — questiono confusa junto as meninas antes de começar a me aproximar de uma dessas pessoas querendo uma explicação.

  — Vejo que todas chegaram — soa uma voz do nosso lado.

  — Diretor! — exclamamos surpresas.

  — Oi meninas, creio que querem algumas respostas, não é?

  — Eu pensei que ainda tínhamos tempo — disse Normani.

  — Até conseguimos novos membros — disse Ally.

  — Calma meninas, não é o que estão pensando — tranquiliza ele — o que estão vendo é uma reforma.

  — Como? — questiono.

  — Uma pessoa anônima está financiando a reforma do auditório — responde o Diretor sorrindo — mas creio que por causa dela vocês não poderão entrar nele por alguns dias, por isso liberei o horário do outro auditório para vocês para ensaio e reuniões oficias.

  Ok, o que tá acontecendo aqui? O Diretor nunca foi tão gentil assim antes.

  — Relaxa essa cabecinha, é bem provável que o Diretor tá agindo assim por está enchendo o bolso, então shiu — disse Dinah colocando o braço ao redor dos meus ombros — bico calado antes que ele volte pro humor normal dele com os clubes de arte.

  — Mas e a fantasma? — pergunto.

  — Então você aceitou p apelido hum...

  — Cale-se Dinah — digo num tom calmo porque aquilo não me irritava realmente — eu to pensando numa coisa.

  — No quê? — pergunta Normani.

  — Ally preciso que você confira uma coisa pra mim — digo olhando para as pessoas ali.

  — O quê?

  — Bem, saber o nome de quem financiou é meio impossível, então descubra pelo menos o nome da empresa — peço.

  — Mas isso é fácil Camila, são os Jauregui's — responde minha amiga apontando para uma garota ajudando a carregar algumas cadeiras.

Continua...

A distancia de uma parede - HiatoOnde histórias criam vida. Descubra agora