Já ouviram falar que Deus nos usa como instrumento dele na vida de outras pessoas e que a partir disso muitas vezes cumprimos com o nosso propósito aqui na terra?
Essa é a história de duas pessoas com vidas diferentes mas estão debaixo dos planos de...
“Oh! Quão bom e com suave é que os irmãos vivam em união!” Salmos 133:1
Mia:
Henri se afasta de mim e senta com seu grupo de amigos no fundo da sala e então Aline se aproxima de mim.
- Nossa amiga... Que falta de sorte, você vai fazer o trabalho com a pessoa mais irresponsável dessa sala, quer que eu peça a professora para trocar as duplas? A gente pode fazer juntas. -Diz Aline, me fazendo lembrar como eu fui sortuda em relação a minha dupla.
- Precisa não amiga, eu vou dar um jeito e se for preciso faço até sozinha o trabalho, o importante é ganhar nota.
- Okay!
Nos sentamos e tivemos aula de química, física e agora começaria o intervalo.
- Aline, hoje eu vou ficar na biblioteca durante o intervalo. -Digo já saindo da sala de aula.
- Vai ficar lá sozinha? Quer que eu e as meninas fiquem com você lá?
- Precisa não, estou tranquila...
Vou em direção a biblioteca, nunca tinha ido lá, quando chego me deparo com uma imensa sala cheia de livros e prateleiras que seguiam o estilo medieval, acho que vou fazer bom uso desse lugar, já deixando claro o quanto eu aprecio uma boa leitura.
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Vou andando até que encontro Henri do lado de uma mesa com alguns lanches, ele estava vestido com uma calça preta, blusa cinza e seus olhos azuis brilhavam de forma bem destacada, ele estava com um sorriso estampado de orelha a orelha, seus cabelos estavam meio bagunçado. Porém se eu me lembro bem é proibido trazer lanche na biblioteca.
- Para que tudo isso? Não era só uma conversa?
- Decidi trazer lanches, aliás esse é o intervalo e nesse horário comemos algo.
- Sei. Mas não pode trazer lanches diretamente para dentro da biblioteca -Digo isso evitando olhar em seus olhos, pois eles estavam me encarando como se tentasseler a minha mente... - E o que queria falar comigo? Pergunto, me sentando um pouco distante de Henri.
- Eu tenho os meus contatos e deu meu jeito de entrar aqui sem ninguém me barrar e em relação ao que eu queria falar é que depois que você me deu aquela resposta na sorveteria de que não queria se aproximar, estive pensando em tudo que você disse, eu não me contentei com aquelas desculpas... quero te dizer que estou disposto a lhe oferecer a oportunidade de sermos amigos, por favor não rejeite dessa fez, juro para você que não sou como pensa, não sou uma pessoa ruim e diferente dos meus amigos eu gostei da sua companhia, eu quero me aproximar, me dá uma chance, não te prometo que vou ser o melhor e perfeito mas vou dar o máximo de mim para não estragar essa oportunidade se você me der essa chance... mas se não quiser dessa vez também tudo bem não vou insistir, não posso te obrigar. -Diz se aproximando de mim puxando a sua cadeira.
Eu estava sem palavra, não sei o que responder.
- E então? Esse silêncio é um não?
- Calma, eu só não sei o que responder.
- Finalmente te deixei sem fala. -Ele sorri, incrível como ele nunca perde a oportunidade de se sentir orgulhoso.
- Antes que eu responda, me diga... você está disposto mesmo a ser amigo de mim? Eu, a garota que seus amigos não gosta, que sou totalmente diferente de você... de seus estilos.... sou cristã e não largo de jeito nenhum a minha fé...
- Se eu não estivesse disposto eu não insistiria, porém gosto de você como colega e gosto do seu jeito, você é diferente das garotas que já conversei. E eu gosto de me dar bem com todos.
- Até com a Aline?
- Talvez... -Diz ele meio sem graça, coçando a nuca.
- Entendi, tudo bem vou te dar uma chance, vê se não desperdiça...
- Tá bom. -Ele diz sorrindo. - Vamos comer, porque o intervalo está acabando. Então lanchamos e estávamos voltando para a sala.
- E os seus amigos não se importam de você ser meu amigo também? -Pergunto algo que eu estava curiosa em saber e não aguentava mais segurar.
- Relaxa, eles não decidem nada na minha vida.
Enquanto caminhávamos em direção a sala, tudo se silenciou, estávamos sem assunto e sem ideia do que continuar a conversa, até que Henri quebrou o gelo.
- E então, o nosso trabalho vai ser na minha casa ou na sua?
- É difícil ser na minha casa, minha mãe trabalha o dia todo e eu não posso ficar sozinha com um garoto em casa, não pega bem.
- Entendi, então assim que acabar as aulas a gente vai para a minha casa, lá sempre tem alguém então não ficaremos só.
- Tudo bem. -Tento sorri para não demonstrar o quanto isso me deixou sem graça, já que não o conheço direito e terei que confiar nele ao estar na sua casa.
Chegamos na sala e cada um vai para o seu lugar. A Aline já estava me esperando chegar, agora fiquei preocupada, como que vou contar a ela que o Henri e eu estamos nos conhecendo melhor, sendo que eles não se suportam, sempre discutem. Eu não posso abrir mão da amizade de um para ficar com a do outro. Tenho que pensar em um jeito de dar certo para os dois e não posso esconder essa notícia de Aline.
Mais um capítulo novinho!!! Me digam o que estão achando. Será que uma amizade entre eles seria bom? 🤔🤔 Esse é o capítulo da semana, agora postarei só um por semana. Não esqueçam de comentar e votar. Bjss❤❤
