ChangKyun pov
Finalmente as minhas aulas acabaram. O EAD vem me consumindo tanto, mas tanto que eu não sei mais se estou vivo ou não. Mas eh, eu estou sim. Alegre cantemos, livre estou, irra! Vou dormir um tico e quando acordar, desejo que seja tarde da noite.
- ChangKyun!!!!
Vou fingir que não escutei o berro da minha irmã e vou fechar meus olhos e dormir em três, dois, um...
- ChangKyun, eu sei que ainda não está dormindo. Seu truque não funciona mais há quase setenta anos, bruxinho.
- Que foi, bruxinha? - pergunto, mais sarcástico do que nunca. Ás vezes é por isso que eu penso em odiar a Nana, mesmo sabendo que é um pouco impossível e tudo mais.
- Uma carta para você. Não sei do remetente, foi o Kwan que recebeu e disse que era para te entregar o mais cedo possível.
- Am... você não sabe mesmo de quem é ou está jogando com blefe?
- Eu realmente não sei, Im ChangKyun. Satisfeito com a resposta? - ela ainda tem o envelope em mãos, mas assim que concordo, ela o estende para que eu o pegue. E de fato, só tem o endereço do estúdio do nosso amigo. Mas nada me tira da cabeça que isso tudo é armação dos dois ou sei lá.
Agora que estou sozinho, passo para minha mesinha de estudos improvisada e abro o envelopezinho, revelando um papel branco dobrado na metade. E quem escreveu isso aqui tem uma letra incrivelmente bonita e certinha. Parece até que foi impressa. Considerações extras a parte, o conteúdo me deixa um pouco intrigado.
Será que é um stalker de verdade? Não, quase ninguém sabe dessas coisas que estão escritas aqui. A não ser que...
Uma pessoa veio em minha mente, mas é quase certeza de que não é. Seria um total absurdo, mas a minha existência já é um absurdo, então que mal tem se for mais um e para o lado positivo?
- "Espero uma resposta". Será que respondo mesmo?
...
Passaram-se dez dias desde que recebi a carta de um remetente desconhecido. Vou tomar coragem e responder. Não sei o que vai dar, mas depois de sondar algumas opiniões de pessoas que considero importantes, resolvi fazer isso. Talvez eu nem envie, apenas escreva a resposta e deixe como está. No fim, não duvido que eu vá transformá-las em pó cinza.
Uma carta vazia e misteriosa, assim como eu... palavras serão palavras até que alguém diferente de mim as leia e se interesse. Esse é meu joguinho, e é por esse e outros motivos que quase ninguém se aproxima. Já usei essa tática tantas vezes...
- Bem, vamos lá. - crio coragem de pegar uma folha de papel e uma caneta. Vou escrevendo uma resposta sem muito rodeios, mas curiosa. Chega até a ser um pouquinho estranha, principalmente agora por ter uma gota de tinta roxa na folha. Desastre do dia. Mas deu um charme na folha amarelada. Vou deixar como minha nova marquinha também.
Guardo junto da minha outra carta. Mas, em um súbito momento de coragem, decido levar o papel e o envelope lá para o quarto de minha bruxinha favorita. Visível. E caso ela veja e pergunte, pedirei que envie ao nosso amigo Boo. Ele vai saber o que fazer e tudo mais.
Vou ficar pensando em outra coisa, além do mais, ainda tenho aula para ver hoje. Pode não parecer, mas aqui eu me sinto quase obrigado a ver tudo no horário. Não é por nada, só coisa da minha cabeça que acho que finalmente se ajeitou da forma correta.
Tudo bem que mesmo antes eu pegava notas legais, mas agora sinto firmeza em mim e tal...
...
Na base da felicidade, eu digo que são 9 da noite e as aulas finalizaram. E dessa vez, é fim mesmo. Pequena pausa prolongada para alegria de todo mundo que estuda. E tem um ser batendo em minha porta. Grito um "entre" e devagarinho a figura dela é completada.
- Pois não?
- Por que não ligou?
- Não tinha tempo nem bateria no celular.
- Aish! Mas olhe cá, bruxinho. Por que o envelope está lá no meu escritório?
- Não é óbvio? É para você devolver ao remetente dois para que ele remande para o remetente original. Ou você manda para o remetente original, caso saiba.
- Ah. Você respondeu? - lancei meu olhar indecifrável para a mesma assim que terminou de falar. Caso ela queira saber, precisa aguardar a próxima carta, se é que virá alguma daqui a um tempo.
Espero que responda, com nenhum sentimento.
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Is my hamster... a human?!?
FanfictionOnde Kihyun é um pequeno hamster mágico e pet de ChangKyun, um jovem misterioso, de poucos amigos, um pouco desastrado e bagunçado.