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꒰🍶꒱ 𝗧𝗛𝗜𝗥𝗗 𝗣𝗘𝗥𝗦𝗢𝗡!𝟢𝟥. ִֶָ ˖ ݁ 𝘧𝘦𝘳𝘳𝘦𝘵 ¡!
song: dandelions.
Os dentes-de-leão rondavam meu corpo; a luz dourada do sol refletia sob minha pele, assim como na de s/n. Seus olhos pareciam constelações enquanto observavamos as variações de formas nas nuvens. Ela sorriu amplamente, eu me sinto bem quando voce sorri. Pensei distante ao me perder em sua existência.
Sua beleza era algo puro e monumental; Genuíno. Cada parte de si era única e mais belo do que qualqier coisa em que já pude apreciar. A cor de sua pele era bela, assim como a textura de seus cabelos. Eu acho que você é a unica para mim. A única entre milhões de estrelas e trilhões de galáxias.
Sua bochechas estavam vermelhas pelo sol e seus cílios tampavam parte da luz dourada, o que a deixava ainda mais fofa. Contemplei sua beleza pelo que pareceu horas e logo sua voz reverberou pelos dentes-de-leão à nossa volta. O vento soprou e alguns deles voaram para nós. Os pequenos "flocos" brancos repousaram sob seu corpo e a garota pareceu não se importar. Pegou seu livro de poemas, recitando-o para mim. Era belo e com emoções. Fluía com naturalidade entre seus lábios rosados e eu me permiti fechar os olhos por um momento, apenas me deixando ouvir sua voz calma e serena em meio ao vento uivante.
── Amar, nunca me coube Mas sempre transbordou O rio de lembranças Que um dia me afogou
E nesta correnteza Fiquei a navegar Embora, com certeza, Não possa me salvar
Amar nunca me trouxe Completo esquecimento Mas antes me somou Ao antigo tormento
E assim, cada vez mais, Me prendo neste nó E cada grito meu Parece ser maior. ── Quando terminou ela suspirou, inebriada pelas palavras. Sorri porque sabia exatamene a sua expressão naquele momento, as bochechas rosadas, os olhos fechados e as sobrancelhas com um pequeno finco.
── O que acha sobre amor? ── Enfim me perguntou. Era sempe assim, após uma leitura de um poema, ela me perguntava algo difícil de lhe responder, mas desta vez, era fácil.
Abri os olhos lentamento acostumando-me com a claridade do sol, virei meu rosto, deixando-o descansar sob o pano com flores abaixo de nós. Camadas de tecidos me impediam de sentir sua pele, assim como algumas coisas que estavam entre nós sobre o tecido.
── Amor ou as sensações de amar?
── Sensações de amar. ── Decidiu, olhando, também, para mim. Suas órbitas eram brilhates e intensas, me fazendo perder, por um segundo, a respiração.
── Dor. ── Sussurrei. ── A sensação de se amar é dor, simples. ── Afirmei e ela negou, sorrindo.
── Acho que é mais intenso que isso.
── Talvez. ── O silêncio gritou entre nós. Sua respiração era lenta e calma, parecia pensar muito a respeito das sensações de se amar e logo tornou a falar. Dessa vez um pouco vacilante.
── Também é como se estar num campo de tulipas. Alegria, magoa, paz, tranquilidade, um mix de sentimentos, não?
── Talvez.
── Por que sempre "talvez"?
── Por que o quê?
── Por que você sempre responde com "talvez"?
── É minha palavra predileta. Ela tem uma imensidão de significados e oportunidades. É única. Assim como você.
── Quando você me ama, dói?
── Um pouco. ── Vacilei. ── Mas as outras sensações me fazem esquecer essa dor latejante em meu peito.
── Então ha outras sensações em amar além de dor. ── Afirmou, segura de si. Ela estava uma bagunça hoje, mas uma bagunca única e extravagantemente bela.
── Quanto eu te amo, me sinto completa. Sem vazio ou solidão. Sem tristeza ou rancor. Quando eu te amo, me sinto feliz e tranquila. Como se estivesse sobre entorpecentes. Num campo de tulipas.
── Sei como é. ── Assegurei. ── Também sinto isso com você. Você é a parte que falta em mim.
── Tem um livro com esse nome; e parece ser infantil, mas não é. ── Suspirou. ── Você já leu? ── Neguei. ── Deveria.
── Vou ler quando chegar em casa.
E o assunto se encerrou. Ela era uma garota confusa, com milhões de possibilidades e finais, mas eu apenas tinha um final, que por acaso, envolvia ela. Ama-la até a morte, quando a minha existência passar a ser apenas uma memória vaga, esse será o meu final.
── Eu te amo.
── Eu também te amo. Com todas as sensações de se amar e como a parte que falta em mim. ── Seus dedos tocaram o meu, assegurando a mim mesmo e a minha consciência de que aquilo não era um sonho ou uma miragem.
Sorri.
── Com toda a parte que falta em mim.
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