Capítulo 45

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Boa leitura📖

Heitor

Já estive muito preocupado com a vida da Stephany, mas a preocupação que um dia eu senti, não se compara com a preocupação que eu estou sentindo agora.

Só que dessa vez, o que está em risco não é a vida dela, não é os batimentos cardíacos dela e sim a saúde mental dela.

Não sei exatamente como ela vai reagir se for mesmo Riven e Franklin que nos atacaram naquela cafeteria, realmente não sei.

Não sei se ela vai ter uma boa reação, não sei se ela vai surtar. Eu realmente não sei. A única coisa que eu posso dizer com 100% de certeza é que, independentemente de como ela vai reagir eu sempre estarei aqui para apoiá-la e se necessário protegê-la e tenho certeza que seus amigos também estarão.

No meio disso tudo um pequeno detalhe me veio a mente...

Onde Stephany arranjou aquela arma?

Fiquei tão perdido em pensamentos que quase não percebo quando uma mulher de cabelos mais castanhos do que ruivos para na porta do quarto.

Ela soluça por estar tentando segurar o choro e então eu a chamo com a mão para vir se deitar na cama hospitalar que eu estou no momento.

Ela começa a se aproximar e quando se deita agarrada em meu peito ela desaba nos meus braços.

Afago seu cabelo e beijo o topo de sua cabeça enquanto ela afunda o rosto em meu peito.

— Eram... Eram eles. — Afirma com a voz falha e embargada pelo choro.

Aperto mais seu corpo pequeno contra o meu.

— Quando... Quando eu vi a tatuagem do Riven... Céus! Várias memórias bombardearam minha mente. E... Quando vi os olhos mortos de Franklin... Parece que cada ferida que um dia aquele filho da puta fez se abriu e começou a sangrar. — Ela me encara e meu coração pulsa dolorido pelo estado que seu rosto bonito se encontra.

Seguro seu rosto com minhas duas mãos e distribuo beijos por ele todo.
Ela ri levemente quando beijo seu nariz bonitinho e depois me encara.

— Está tudo bem agora. Eles não podem mais te fazer mal. — Acaricio suas bochechas ainda úmidas.

— Não deixarei que Riven se vá sem fazer algo bom na vida. — Ela fala e eu franzo o cenho. — Os órgãos dele renderão uma ótima doação. — Sorrio para ela.

— Decidiu doar os órgãos?

— Sim. — Confirma sorrindo orgulhosa de si mesma.

— Estou orgulhoso. — Comento e ela acaricia meu rosto.

Ficamos um tempo nos encarando num silêncio que não era constrangedor, mas, confortante de certa forma.

— Heitor... Preciso te contar algo. — Avisa e eu ajeito minha postura.

Ela toma fôlego e olha em meus olhos, em seguida para as próprias mãos que quando eu as olho, ela está cutucando as unhas.

— Lembra que eu havia dito que te contaria como consegui aquela arma? — Pergunta e eu assinto realmente interessado. — Então... Quando eu fui no banheiro uma mulher de cabelos platinado apareceu e, me ameaçou de morte. Ela disse algumas coisas que me fizeram lembrar da tal Scarlet que você mencionou. Ela segurava uma arma apontada pra minha cabeça e, num momento de distração dela eu tomei a arma. — Arregalo os olhos. — Acho que tinha adrenalina demais no meu sangue. — Comenta baixo e eu pisco algumas vezes.

— Ela fez algo com você?

— Além de apontar uma arma na minha cabeça? Não. — Ela ri sem humor. — Bart disse que ela fugiu.

— Bart sabe? — Pergunto confuso.

— Ele viu pela câmera do banheiro, as cabines ficavam num ponto cego mas na parte que estávamos, a câmera captava muito bem nossas ações. Ele não te contou assim que soube porque ele achava que quem deveria te contar, era eu, e, eu concordo com ele.

Pisco mais algumas vezes em silêncio e a encaro novamente vendo seus olhos vidrados em mim.

— Ok. Depois eu resolvo isso. — Falo e ela faz uma expressão de total confusão. — O quê?

— Não vai falar que eu deveria ter te contado antes? — Nego com a cabeça. — Ok.

— Stephany... — Sei que talvez não seja a hora, mas eu preciso saber. — Eu quero que nosso bebê tenha pelo menos um dos avós, e entre nós dois, o único que ainda tem um pai vivo, sou eu, mesmo que meu pai tenha sido um filho da puta, eu gostaria ao menos de contar a ele que serei pai e também, gostaria de saber como ele está, se superou os vícios ou continua o mesmo viciado de sempre. — Falo e ela me olha com ternura. — Eu gostaria de vê-lo, mas não quero que você vá comigo, se ele estiver bem, você o irá conhecer, mas se não... Não quero que perca seu tempo com isso. — Falo e ela nega.

— Eu quero ir com você, mas, se você se sentir mais confortável em ir sozinho, não vou te questionar. — Sorrio. — Agora... Eu gostaria realmente de saber o que exatamente ele te fez. Claro, se você se sentir bem em me contar isso agora, se não quiser não precisa.

Assinto e ela ajeita a postura.

— Depois da morte da minha mãe ele achou que seria uma boa ideia afogar as mágoas na bebida. Com o tempo a bebida foi se tornando um vício e com mais um pouco de tempo, a bebida já não era mais o suficiente para ele, então, ele precisava de mais e cada vez mais, foi aí que ele começou a comprar inúmeros medicamentos que, ele acabava em questão de horas ou dias. Depois ele começou a comprar cocaína e maconha e assim por diante, cada vez que ele estava chapado ele discutia comigo e quando eu era pequeno, ele chegava a me bater e coisas do tipo. — Paro por aí, não quero contar sobre as coisas horríveis que um dia ele disse para mim ou fez comigo.

Ela me olha mas não consigo identificar seu olhar, não vejo pena, ou nojo, ela só me encara com uma expressão neutra, depois ela me lança um sorriso.

— Se você está pensando que eu teria nojo de você, voce está muito enganado, eu teria nojo se você me desse motivos, o que, até agora não aconteceu e duvido que um dia aconteça, você não tem culpa pelas más escolhas do seu pai e não deveria achar que eu te culparia, eu não estava lá para saber como tudo foi nem para saber como você se sentiu quando toda a merda aconteceu, eu não tenho o direito de te julgar. Se você quiser ir sozinho, por mim tudo bem, mas... Vá depois que não tiver mais esses pontos, para me deixar mais tranquila. — Pede e eu assinto.

Ela se aproxima e beija meus lábios.

Ah, como senti falta dos lábios dela.

Capítulo novoo

Quem amou?

E vamos de caçar o pai do Heitor até no infernoooooooo
Quem vem comigo?

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