Boa leitura📖❤
Stephany
Ando pelos corredores do hospital com Bart e outro policial em meu encalce.
Minhas mãos suavam de nervoso enquanto eu percorria o caminho até onde disseram ser o quarto que Riven está.
O possível Riven está neste hospital pois a ambulância trás as pessoas pro hospital mais próximo e nesse caso, era este e ao saber disso meu estômago embrulhou.
Se eu tivesse algo no estômago teria colocado para fora.
Depois de reconhecer o corpo do possível Riven iremos para o necrotério reconhecer Franklin.
Paro na frente do quarto dele e o vejo com as mãos e pés algemados e um policial do lado, o que acho desnecessário já que bom... Tecnicamente, ele já está morto.
Ele tinha um tubo na garganta que ainda o está mantendo vivo.
Me aproximo até onde os policiais deixaram.
— Os médicos disseram que o cérebro dele está morto, não acho que ele irá acordar como um zumbi e vir me atacar. — Falo firme e ouço Bart rir pelo nariz e quando o encaro ele me faz um joinha com os dedos na minha direção.
Olho novamente pro homem morto na minha frente e reconheço o cara daquele dia na academia e, pensando melhor ele lembra muito Riven mas não sei se é ele, porque, bom, ele está mais velho, com várias rugas e cabelos grisalhos, o porte físico também está diferente, mas, tem uma coisa que eu tenho certeza que não está diferente...
— Ele tem uma tatuagem atrás da orelha esquerda escrito Emma Morgan. — Informo e eles se entre olham mas não dizem nada.
Bart se aproxima do cadáver e empurra o rosto dele pro lado levemente me dando a vista do local onde deveria estar uma tatuagem que, realmente, está lá.
Suspiro pesadamente e sinto meu peito se aliviar em saber que finalmente ele está morto.
— É ele. — Confirmo e Bart se afasta apenas para se aproximar de mim e me abraçar apertado.
Ele beija o topo de minha cabeça e alisa minhas costas enquanto afundo o rosto em seu peito.
— Não sei o que ele fez com você, mas o pouco que Heitor me contou já foi o suficiente para saber que coisa boa não foi. Se precisar de um tempo...
— Não... Tudo bem. — Me afasto e enxugo algumas lágrimas de alívio que correram por minhas bochechas. — E agora? — Pergunto.
— Tecnicamente você ainda é a filha dele, ou seja, a parente mais próxima, você decide qual opção seguir. — O médico que estava no canto finalmente se pronunciou.
— E... Quais... são as opções? — Minha voz sai falha e até um pouco hesitante.
— Pode só simplesmente desligar os aparelhos que sustentam a vida, colocá-lo numa casa de cuidados a longo prazo ou pode doar os órgãos. — O médico responde e da um passo para frente.
Rio com escárnio. Que ironia, não?
Posso simplesmente desligá-lo ou doar os órgãos.
Uma casa de cuidados não me é uma opção. Não quero vê-lo nunca mais, embora sempre quisesse um motivo para tudo, eu finalmente entendi.
Ele só é um psicopata.
Fez tudo o que fez porque para ele era divertido. Porque era prazeroso.
Ele nunca mais vai causar mal a ninguém e acredito que, pelo porte físico atual ele é bem saudável, mas minha preocupação é o fígado, não sei se ele bebia e pelo que sei ele não tem histórico de nenhuma doença que impeça o que pretendo.
— Pode pegar tudo que prestar, coração, pulmão, intestino, ossos, nervos, pele, olhos, tudo que precisar, minha única preocupação quanto a isso é o fígado, não sei se depois de tanto tempo ele continuou sóbrio. — Falo e o médico sorri com a minha notícia.
— Você só precisa assinar alguns formulários. — Avisa e eu assinto.
Ele me entrega os formulários de doação e leio brevemente assinando vários logo em seguida.
— Tem mais? — Pergunto após assinar o último.
— Não. — Assinto. — Vai querer ver a lista de pessoas que receberam os órgãos? — Pergunta e eu assinto.
— Por favor.
— Quando a lista oficial chegar eu peço para uma enfermeira te entregar. — O médico avisa e eu peço para me deixarem sozinha com ele e assim o fazem mesmo que hesitantes.
Após eu ter certeza que eles não iriam conseguir me ouvir eu olho pro corpo de meu... pai.
— Sabe papai, eu realmente pensei que você fosse me amar, realmente pensei que um dia você fosse... Me perdoar, mesmo que eu não tivesse feito nada de errado. Realmente pensei que você talvez se arrependesse do mal que me fez e resolveria ser um pai. Mas, sabe... Quando você morreu daquela vez eu só conseguia sentir alívio. Alívio porque eu achei que meus dias de sofrimento haviam terminado, o que é uma mentira, mas você já sabe disso. Você queria me desestabilizar, ferrar com meu psicológico mas posso te dizer algo? — Rio com deboche. — Você quase conseguiu, quase conseguiu me matar, quase conseguiu manipular minha mente num nível catastrófico, mas papai... Eu só tenho a te agradecer. Obrigada porque você me fez mais forte, o que você me fez sentir me deixou mais forte. Você esteve no controle da minha vida mas agora isso acabou sabe por quê? — Rio novamente sentindo finalmente o prazer de estar vivendo. — Agora quem está no controle sou eu. Eu escolho o que fazer com o que sobrou de você e sabe o que eu escolhi? Que no final você não vai sair dessa vida matando pessoas ou deixando que elas morram numa fila de espera. Que no final você vai salvar inúmeras vidas e que você nunca vai conhecer o bebê que eu carrego no meu ventre. E sabe o que mais? Eu escolhi ser muito, muito feliz com a família que eu construí, que podem não ser de sangue, mas são infinitamente melhores do que você um dia poderia ter sido, então... Fique a vontade para se revirar no túmulo. Claro... se sobrar algo de você para enterrar. — Começo a sair do quarto mas paro na porta e o olho novamente. — Obrigada papai.
Saio daquele quarto imundo e quando viro o primeiro corredor não contenho o sorriso que escapa de meus lábios.
Ah papai, você controlou minha vida por muito, muito tempo mas agora eu controlo a sua.
Você perdeu no seu próprio jogo onde, quem perdesse paga com a vida.
Você vai sair dessa, mas não vai sair tendo cumprido sua meta principal...
Destruir minha vida.
Continua...
☆
Gente esse capítulo foi um dos melhores
Vocês não tem ideia do quanto eu queria escrever isso
Aaaaa
Até mais❤
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Nossa História de Amor - #1 Na Mídia
RomanceLivro 1 - Na Mídia "É incrível a forma como você se tornou meu ponto fraco e forte." Heitor Rivera, um detetive de homicídios que está com as mãos cheias com o caso de um serial killer. Stephany Morgan uma assistente que vê sua melhor amiga aparecer...