Capítulo 49 - Parte 2

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Boa leitura📖❤

Heitor

Continuação...

— Papai!? Você tem outro filho!? — Eliza pergunta quase gritando.


— Eu tenho um irmão? — Bruno pergunta e eu apenas puxo Stephany para trás de mim quando Henry ameaça se aproximar.

— Já faz tantos anos...

— 11 na verdade. — Falo. — Esse garoto não deve ter mais do que 20 anos, você teve outro filho enquanto transformava a minha vida num inferno? Também transformou a vida deles num inferno? — Pergunto sarcástico.

— Filho...

— Perdeu o direito de me chamar de filho quando começou a me espancar por estar chapado. — Revelo e todos no local arregalam os olhos com exceção de Stephany que apenas aperta meu braço como tentativa de me acalmar.

— Você é um viciado!? Oh, Deus...

— Por que não vamos todos nos sentar e conversar com calma? — Henry sugere e Stephany sai de trás de mim apenas para me encarar e assentir.

— Certo. — Concordo.

— Querida... Faça um chá para todos. — Henry fala para Eliza que assente e então o homem que destruiu minha infância nos guia até a sala juntamente com Bruno.

Olho para a sala e me sento em um sofá que, por instinto, Stephany senta num ligar estrategicamente ótimo para uma fuga caso as coisas saiam do controle.

Não sei se esse cara ainda usa drogas, não sei se ele tem uma arma e minha prioridade é Stephany e meu filho.

— Ainda bebe? — Pergunto direto e Henry nega com a cabeça. — Usa drogas? — Pergunto e ele novamente nega.

— Como você está? O que faz da vida? — Eliza chega na sala com chácaras de chás.

Ela coloca duas, uma na minha frente e outra na frente de Stephany, em seguida entrega uma xícara para o próprio filho e por último Henry.

Pego a xícara e a aproximo do nariz sentindo apenas cheiro de canela.

Olho para Stephany que apenas me encarava.

— Não beba. É de- — Sou impedido de terminar minha frase.

— Ah, qual é? Não acredito que acha que eu mandaria minha mulher colocar drogas num chá. — Henry reclama. — Inacreditável.

— O chá é de canela, e ela... — Aponto com a cabeça para Stephany. — Está grávida. Some 2+2. — Falo o óbvio então Henry intercala seu olhar entre mim e Stephany.

— Não vejo alianças, são só amigo ou...

— Noivos. — Stephany se pronuncia pela primeira vez depois de um tempo. — Nós somos noivos. — Seguro a mão dela e a puxo para meu colo.

— Certo... — Ele assente. — Como estão? O que fazem da vida?

— Ah, agora você se-

— Heitor... — Stephany me interrompe. — Facilita. — Sussurra. — Eu sou uma jornalista e ele é um detetive de homicídios. — Revela. — Estamos bem, Heitor está se recuperando de uma cirurgia, mas, bem.

— Cirurgia? Que tipo de cirurgia? — Bruno pergunta mais interessado no assunto.

— Retirada de uma bala. — Revelo e o garoto arregala os olhos. — Mas esse não é o motivo principal de estarmos aqui.

— E qual é? — Eliza pergunta após tomar um longo gole de seu chá.

— Por mais que eu te odeie... — Falo me referindo de Henry. — Ainda quero que meu filho ou filha tenha um avô. Queria saber como você estava, se ainda é o mesmo homem que me destruiu, porque, se for, não vou permitir que machuque meu filho ou minha mulher da mesma forma que me machucou. — Falo e ele pisca algumas vezes.

— Se me odeia tanto, porque não considerou mais os pais da sua noiva? — Aperto o maxilar irritado mas Stephany apenas me diz que está tudo bem.

— Porque minha mãe morreu no parto e meu pai passou anos da vida dele me torturando psicologicamente e fisicamente além de ter matado várias mulheres, enviado um intestino para casa e depois um rim na banheira de gelo, também não posso esquecer da parte em que ele tentou me matar na porcaria de uma cafeteria mas tudo que conseguiu foi deslocar meu braço e acertar um tiro no peito de Heitor. — Ela fala num fôlego só e Henry abre a boca para falar algo, porém, nada sai. — Acho que é muito melhor termos vindo até aqui, aguentar algumas farpas e depois irmos embora. — Conclui sorrindo.

— Parece que foi melhor mesmo. — Ele murmura. — Então vamos falar de mim... — Henry apontou para si mesmo. — Quando você tinha 11 anos eu tinha bebido além da conta e acabei ficando com Eliza e foi naquela noite que Bruno foi feito. Como eu nunca mais fui até aquele bar e não havia dado nome nada para ela, não fiquei sabendo que ela havia engravidado, fiquei sabendo apenas quando você tinha 19 anos. Eu decidi mudar, entrei em grupos de apoio, fiz terapia, e hoje meu vício é controlado, estou sóbrio a quase 10 anos. — Confessa e eu me contento apenas em travar meu maxilar. — Eu queria participar da vida de Bruno mas, não dá maneira como participei da sua. Me arrependo todos os dias por ter feito tudo que fiz com você, não achei que fosse te ver novamente e nunca tive coragem de contar sobre você para Eliza. Se pudermos... Recomeçar... — Consigo ver verdade em suas palavras e seus olhos me transmitem arrependimento.

— Não é assim que a banda toca. Não é tão fácil. Quer recomeçar comigo? — Ele assente. — Seja pro meu filho, seu neto, o que não foi para mim. — Falo e ele assente.

— E eu serei. — Garante. — Está com quantas semanas? — Pergunta parecendo interessado.

— 7 semanas. — Stephany conta.

— Bom... Temos que ir agora. — Comunico. — Quando tivermos certeza do sexo do bebê entramos em contato. — Tiro um cartão que nós entregaram na estrada, peço um lápis ou caneta que rapidamente me é entregado, anoto o endereço de casa e entrego para Henry. — Tem meu endereço.

— Vão ficar quanto tempo na cidade? — Eliza pergunta talvez após perceber que o endereço se localiza na cidade de Nova Iorque.

— 2 dias. — Stephany revela.

— Já tem onde ficar? — Bruno se manifesta.

— Estávamos indo para um hotel. — Falo totalmente alheio de suas intenções.

— Podem ficar por aqui. — Henry comunica.

Stephany me olha e eu assinto dizendo que tudo bem.

— Se não for incomodar... — Stephany começa mas é interrompida por Eliza que a puxa escada acima tagarelando algumas coisas.

— Me ensina a atirar? — Ouço a pergunta e olho para Bruno.

— Não foi dessa vez garoto. — Falo e ele assente.

Isso foi melhor do que o esperado.

Continua...

Mais um capítulo entregue pessoal

Até mais❤

Nossa História de Amor - #1 Na MídiaOnde histórias criam vida. Descubra agora