Capítulo 44 - Parte 2

27 6 6
                                    

Aviso️⚠️

Possível gatilho;

A partir do momento que você, leitor, resolver ler este capítulo eu não me responsabilizarei por nada, e não adianta dizer que eu não avisei.

Boa leitura📖❤

Stephany

Continuação...

Depois de eu ter dito tudo o que queria para Riven saímos do hospital e fomos direto para o necrotério — onde está o corpo de Franklin — espero que seja quem estamos indo reconhecer, o mundo será um ligar bem melhor onde Riven e Franklin não estão aqui para aterrorizá-lo.

Mas um pequeno detalhe nao para de martelar na minha cabeça.

— Bart. — Chamo e ele me encara com a expressão neutra. — E Scarlet? — Pergunto e ele aperta o maxilar.

— Foi com ela que você esbarrou no banheiro naquele dia na cafeteria? — Pergunta e eu assinto. — Ela fugiu. Se for isso que quer saber.

— Vadia. — Praguejo e Bart me encara sorrindo.

— Você foi corajosa ao quebrar o braço dela mesmo quando ela está apontando uma arma na sua cabeça. Você tem sorte que Heitor ainda não sabe do ocorrido no banheiro, ele provavelmente te daria o maior sermão por ter se arriscado daquela forma.

Franzo o cenho.

— Heitor ainda não sabe? — Pergunto levemente confusa.

— Eu não quis contar a você e como ele ainda não me pediu com todo aquele carinho dele para procurar por Scarlet até no inferno, suponho que você também não tenha dito nada.

— Eu... Eu esqueci completamente de dizer. — Confesso e ambos rimos.

— Sugiro que me avise quando for contar, quero estar bem longe quando ele surtar. — Bart brinca e eu dou uma gargalhada alta.

Sinto o carro parar e olho pela janela vendo o necrotério.

Bart toca meu ombro.

— Sabe que se não se sentir confortável, não precisa fazer isso. — Me lembra e eu assinto sorrindo.

— Eu preciso fazer isso. Sinto que não vou conseguir dormir em paz a noite se não fizer isso. — É a vez dele de assentos com a cabeça e então descemos do carro.

Bart desce primeiro e me ajuda logo em seguida por conta do meu braço ainda estar com a tipóia que terei que usar por mais uns 10 dias.

Após descer do carro ele me guia até dentro do necrotério.

Passamos pela entrada e mais alguns corredores. Bart fala com algumas pessoas e uma delas nos leva até um local cheio de espécies de gavetas.

Abraço meu próprio corpo sentindo um cheiro forte, então o moço que nós guiou até aqui puxa a gaveta revelando o cadáver que acreditam ser Franklin.

Observo bem as feições do dito cujo, de primeira não achei que fosse ele, mas após analisar melhor o rosto...

— Posso ver os olhos? — Pergunto e o moço puxa a pálpebra liberando os olhos.

Quando os vejo parece que volto para aquele dia.

Não eu não estou me referindo ao dia da cafeteria.

Estou me referindo ao dia ele me espancou, ao dia que ele me estuprou, ao dia que ele praticamente acabou com a minha vida.

Estou me referindo a oito anos atrás.

Meu peito se aperta e parece que cada lugar que um dia ele tocou em meu corpo, cada lugar que um dia ele fez sangrar, cada lugar que um dia teve um hematoma, é como se cada machucado voltasse. É como se as feridas fossem e eu estivesse sangrando. Mas sei que isso é só coisa da minha cabeça.

Aperto ainda mais meus braços contra meus próprio corpo e engulo em seco.

— É ele. — Confirmo com a voz hesitante. — Este homem é Franklin Diaz.

Minha garganta arde com a vontade de chorar. Com a vontade de desabar.

Hoje foi o pior dia da minha vida.

O pior dia não foi os dias que eu vivi tudo aquilo mas sim, hoje.

Por estar tendo que reviver aqueles anos de sofrimento, por estar revivendo cada maldito dia do relacionamento extremamente abusivo que eu tinha com Franklin, por estar revivendo a pior noite que eu já tive tudo ao mesmo tempo.

Me sinto cansada e não falo fisicamente, mas na verdade, mentalmente.

— Posso... Ficar sozinha com ele? Só alguns minutos... — Peço.

Ambos os homens — vivos — que estavam presentes se entre olham e assentem me dando um pouco de privacidade.

— Lembra quando me pediu em namoro? — Pergunto como se ele fosse me responder. — Foi na frente da escola inteira, de início eu não queria aceitar mas aceitei para não te fazer passar vergonha. Dois dias depois você forçou o meu primeiro beijo com você. Eu irrelevei porque, eu estava começando a me apaixonar por você. — Confesso sentindo cada palavra sair dando espaço ao alívio. — Sabe o que eu deveria ter feito? — Rio com escárnio. — Eu deveria ter seguido meus instintos quando eles gritaram dentro de mim para correr, para me afastar, para fugir, para ficar longe de você, porque, naquela época, você conseguiu me machucar bem mais do que qualquer pessoa poderia ter feito. Você conseguiu me machucar bem mais do que um dia eu achei que você fosse capaz. Você conseguiu me machucar em nível catastrófico e isso fez eu passar oito anos me condenando, me sentindo culpada e me privando de relacionamentos por medo de tudo dar errado de novo e de novo. — Lágrimas teimosa insistem em correr pelas minhas bochechas. — Você também esteve no controle da minha vida por tempo demais. Você me fez sua marionete sem nem precisar estar presente, sem nem precisar olhar nos meus olhos e dizer que eu era louca, você conseguiu me manipular apenas em existir, mas isso acabou. Acabou porque, você se foi, e, não levou o que você tanto queria com você.

Paro de abraçar meu próprio corpo e me contendo apenas em cruzar os braços.

— Você havia conseguido tirar a felicidade de mim mas, sabe de uma coisa? Quando você deixou o cadáver de Damares naquela empresa, na empresa que eu trabalho você abriu uma porta para a minha felicidade real, você abriu uma porta para que eu construísse uma família e um relacionamento saudável com um homem que não só diz me amar, mas que realmente me ama e tudo que eu precisava fazer era atravessar essa porta e agarrar as oportunidades e, foi isso que eu fiz. Assim como Riven, você vai sair dessa vida tendo como seu último feito, sangue nas mãos, mas em compensação, você também me tornou mais forte e eu fico extremamente feliz em saber que o bebê em meu ventre não é seu e ele ou ela não vai ter que viver em um mundo onde você vive. Então, obrigada por me tornar mais forte. Acredito que você, pode se revirar no túmulo — Falo e saio dali.

Chamo Bart que em segundos já está do meu lado.

— Falou o que queria? — Pergunta e eu assinto sorrindo.

Me sinto mais leve, sinto como se um peso tivesse sido arrancado de minhas costas e agora tudo o que eu preciso é de um banho e desabar nos braços do homem que eu amo e que, sei que também me ama.

Eu fiquei---

Na hora de escrever esse capítulo

Slk

Até mais❤

Nossa História de Amor - #1 Na MídiaOnde histórias criam vida. Descubra agora