RESILIENCE FILTER

25 | Abstinência

[Oii, tudo bom? Quanto tempo, galera!
De antemão, peço desculpas pela demora, agradeço pela paciência de todos vocês queridos e peço para que leiam a nota que deixei no fim desse capítulo. Lá eu me desculpo e me justifico direitinho para vocês e lhes informo de como serão as próximas atualizações de Resilience Filter. Por favor, não deixem de ler, é muito importante.

Agora, entrego-lhes um resumo do que rolou de importante nos capítulos anteriores para os que esqueceram (em ordem cronológica).

O Doyun (pai dos irmãos Park) viajou numa missão de fim de ano ao exército, e prossegue viajando.

O grupo inteiro viajou para a casa de praia dos Lee, lá descobriram que Taehyung guarda traumas severos da morte por afogamento do seu pai. E Jimin também descobriu do que se tratavam os compromissos passados de Jungkook, os quais eram idas frequentes a uma casa de jogos e uso de drogas ilícitas, porém ele afirmou a Jimin que estava tratando o vício sozinho com outros remédios não especificados.

Jimin flagrou a chegada de mensagens de um desconhecido no celular do Jungkook, e o sujeito ameaçador o chamou pela sequência: 147-839-663 que, coincidentemente (ou não) é a mesma sequência que está tatuada num dos dedos da mão de Jungkook.

Yuna confessou estar grávida. Todos fizeram um bolão para adivinhar o sexo do bebê e é uma menina! Jimin, Jungkook e "Youngjae" venceram o bolão.

"Youngjae" (perdão o uso do nome morto, a ordem cronológica dos acontecimentos me obriga a fazer isso para não confundir vocês 😭) conta para Jimin que todos os anos recebe uma carta especial do seu pai enquanto ele está fora nas suas missões. Antes, essas cartas eram mantidas a sete chaves dos gêmeos, por isso os três foram vasculhar para ver do que ela se tratava. Não conseguiram abrir o envelope sem danificá-lo, porém descobriram que a carta vinha de Londres e que o remetente era um cara desconhecido chamado Park Minjun.

"Youngjae" se assumiu uma bela mulher trans, e seu nome é Jaehwa]

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O som melancólico e nostalgicamente ruim do meu despertador foi o motivo para que o primeiro muxoxo da manhã se expressasse em meu rosto — o antecedente de vários outros que estavam por vir, já que, além de ser segunda-feira, também era o meu primeiro dia de aula no colégio.

A minha tradição de faltar a primeira semana letiva foi enterrada lá no meio do ano passado junto ao fim das férias de verão, quando Jungkook chegou e, de início, me causou a maior dor de cabeça — independentemente de que, no fim das contas, aquela rincha toda tivesse sido o estopim para que os momentos mais felizes e emocionantes da minha vida acontecessem. Todavia, eu não poderia contar com aquela sorte novamente, achando que chegaria um outro alguém tão legal ao ponto de entrar para o nosso grupinho restrito de amigos, até porque um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar.

Só de pensar que eu teria que voltar àquele zoológico, a minha cabeça só faltava explodir. A minha vontade era de voltar à cama, deitar a cabeça no travesseiro e tentar continuar com o meu sonho esquisito — em que orangotangos vermelhos com asas da Tinker Bell tinham como missão levar cereal de queijo para um arbusto falante —, mas eu sabia que não podia, pois tinha que levantar e resolver a minha vida. Eu, infelizmente, tinha prometido à minha irmã que iria à escola hoje, mesmo que aquilo significasse morrer de tédio com a clássica rotina do primeiro dia, ou, em outras palavras, com as mil reuniões de boas-vindas e rodas de debate sobre as férias dos outros.

Aquela mesma força de vontade revigorante que tive para levantar da cama e começar meu dia produtivo veio novamente à tona assim que encarei meu reflexo descabelado e cansado no espelho, vestido por um pijama de dinossauro tão quentinho e confortável, perfeito para aquela manhã fria. Resmunguei e choraminguei antes de começar a desabotoar a fileira de feixes brancos do centro para vestir um outro conjunto de roupas, me arrumando o suficiente para que eu não fosse ao colégio parecendo um maluco.