Depois de conhecer Lockhart, John começou a pensar que as aulas de Snape não eram tão ruins assim. Pelo menos a sua Poção Limpa Feridas foi uma das poucas que ficou púrpura, exatamente como mandava o livro. Durante as férias de verão alimentou a esperança de que os ressentimentos do professor em relação a Sherlock por causa da petulância do aluno haviam ficado no primeiro ano, entretanto percebeu que estava enganado quando viu que Sherlock acertou a poção e não recebeu ponto algum.
Aliás, nem mesmo John ganhou pontos. Agora ele se tocou disso.
— Isso realmente não é justo! - Bufava o loiro nos corredores do castelo — Todos os que acertaram ganharam pontos, menos nós!
— Eu já disse que não espero ganhar nenhum ponto em poções.
— Só porque você acertou uma pergunta ano passado?
— Ele deve ser do tipo sentimental. Não consegue colocar uma pedra no assunto.
— Tá, mas e eu? Eu não fiz nada pra ele!
— Você está comigo. Todo ódio que eu receber respinga em você.
— Aff. Ele dá pontos pro Moriarty até se ele coçar o traseiro. Não sei como você consegue ficar...
De repente John percebeu que Sherlock parou de andar. Ao olhar para trás viu o amigo de frente para um corredor perpendicular ao deles, encarando o horizonte com uma expressão enigmática.
— Sherlock?
— ...
— Hei. Sherly.
Sherlock foi tragado pro mundo real à contragosto ao ouvir o apelido.
Quando John se juntou a ele percebeu que havia um som longínquo de um choro feminino vindo de lá.
— É uma garota chorando? — O loiro tomou a frente, sendo seguido pelo amigo.
— Parece...
Caminharam até se depararem com a porta de um banheiro feminino.
— Epa. — John corou — Área restrita pra nós dois.
— Pois é. Vamos embora.
— Espere! Vamos ver se ela está bem!
— Está gemendo feito cordas de violino desafinado. Claro que não está bem.
John revirou os olhos, e estava prestes a bater na porta quando Sally apareceu perto dos garotos:
— Hei, atrações! Querendo espionar um banheiro feminino? — Ela ria — Não tem ninguém aí. Só a Murta-Que-Geme.
— Murta que o quê?! — John achou que não tinha ouvido direito.
— O fantasma que assombra um box desse banheiro.
— Ela assombra um box?!
— Pois é. Acabou virando um banheiro fantasma. Sabe como é, é impossível fazer xixi com ela gemendo no box ao lado.
O número de esquisitices estava superando a quota de John. Sally o puxou dali:
— Vamos almoçar. Não vai querer a Murta-Que-Geme no seu pé. Ela é muito dramática.
— Alguém deveria ajudá-la.
— Vai perder seu tempo. Pense em coisas mais importantes como o teste do time de quadribol.
— Ah, certo... Sherlock, você vem?
Sherlock continuava encarando a porta pensativo. Como se não tivesse ouvido o chamado de John, seguiu por um outro caminho a passos rápidos. Isso foi o suficiente para o semblante de Sally mudar bruscamente e sua voz ganhar uma nota de desconfiança:
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Potterlock - A Câmara Secreta
FanficÉ o segundo ano de John Watson em Hogwarts, e agora ele percebeu que Sherlock entrou num novo jogo. O mistério da Câmara Secreta ronda a escola e os bruxos nascidos trouxas não estão seguros. Segunda história da saga Potterlock