LUA APÓS O ANO MINGUAR

1K 76 251
                                    



(COMUNICADO IMPORTANTE NO FINAL!!!!!)


13 de janeiro de 1979

O TERRENO DE CAÇA

A alcateia correu.

O luar brilhou em suas pálpebras; o vento roçou em seu pelo; o estrondo de patas trovejantes soou durante a noite. Uivos, longos, claros e cheios de alegria pela liberdade, ecoaram ao redor deles. Uma bela e forte energia como água corrente percorreu o corpo de Remus, e enquanto corria ele sentiu músculos, pelos e quatros patas, e foi à única coisa que ele realmente desejou durante todo o mês.

Depois de alguns quilômetros, o alfa parou e os lobos olharam para ele com expectativas claras: onde está à carne Greyback? Para onde você nos levou?

Eles pararam em uma colina com vista para um vale, a grama da montanha balançando abaixo deles. A lua redonda brilhava no horizonte, nascida apenas duas horas atrás, iluminando uma aldeia que se sentava presunçosamente entre esta colina e o pico oposto. Algumas luzes brilhavam nas janelas, mas o barulho era tanto que maioria dos moradores devia estar no bar. Cada lobo da manada estava ofegante, as línguas penduradas, os olhos brilhando, a respiração ondulando como fumaça de dragão no ar frio da noite. Remus olhou para o alfa da mesma forma que todos os outros, imaginando o que estava reservado para eles este mês.

Greyback, com sua pele salpicada de prata, deu um sorriso ondulado, seus olhos cor de tangerina brilhando de prazer. Ele se virou, trotando ao longo do planalto por um momento antes de mergulhar de cabeça, descendo as encostas íngremes da colina.

A matilha o seguiu.

Eles estavam no fundo do vale em minutos, saltando sobre um riacho cintilante e bebericando pelas ruas de paralelepípedos da vila. Silenciosos como sombras, rápidos como raio. Nesta forma, eles eram muito mais do que lobos.

O bar local parecia abrigar metade da vila, conversando, rindo e cantando, e Remus começou a salivar pelo cheiro tão abundante de carne, mas Greyback os conduziu para um beco onde não seriam vistos por nenhum dos fregueses.

Por todo o caminho através da aldeia eles deslizaram até que pararam em um bosque de arvores perto da borda. Todos podiam ver a fome nos olhos de Greyback, ver a baba escorrendo de seu focinho.

Eles haviam chegado.

Entre às arvores havia uma cabana modesta, um fio de fumaça escapando da chaminé, uma lasca de luz aparecendo pelas cortinas. Remus podia sentir o cheiro de sangue por dentro e ficou atentado a atacar direto, mas seria punido severamente por tal impulsividade. Além disso, eles tinham que seguir o alfa.

Greyback, o alfa em questão, olhou para trás, para a matilha e ergueu o nariz. O único ruído transportado pelo ar noturno era um murmúrio vindo do bar distante, e Greyback interrompeu aquele silencio ainda com um uivo de arrepiar os cabelos. Foi um uivo de fome, de sede de sangue; foi um uivo de perigo, um aviso aos condenados habitantes da cabana: estamos chegando. O bando está chegando. Era um barulho que prometia sangue e carne. Quando a ultima nota reverberou pelas arvores, os lobos se espalharam, cercando a cabana com rosnados sedentos de sangue pairando em seus lábios.

Com a emoção da caça, o sabor do sangue prometido, o ar revigorante ainda girando em torno de suas orelhas, Remus mergulhou com o resto deles enquanto eles quebravam janelas, derrubavam portas, enxameando como abelhas ao mel.

Em segundos, dois corpos jaziam ao lado da lareira e o outro estava sendo arrastado para dentro. Esses eram provavelmente o casal dono da casa e a avó. No canto, tremendo e choramingando, estava um menino com os olhos sangrando de medo. Ele, eles o deixariam para depois.

Silver Bullets // Tradução // WolfstarOnde histórias criam vida. Descubra agora