CAPÍTULO CINCO | Beer Girl

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Eu odeio ter te dado poder sobre esse tipo de coisa
Porque é sempre um passo para frente e três para trás
1 Step Forward, 3 Steps Back |Olivia Rodrigo

Eu odeio ter te dado poder sobre esse tipo de coisaPorque é sempre um passo para frente e três para trás1 Step Forward, 3 Steps Back |Olivia Rodrigo

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Acordo sentindo o sol entrar no quarto e a claridade cegar meus olhos. Me sento na cama esfregando osolhos com as costas da mão.

Varro meus olhos pelo quarto e vejo como ele não mudou nada desde a última vez que vim aqui. Às vezes me pegava pensando se meus pais já cogitaram a ideia de pegar minhas coisas e doar. E talvez transformar meu quarto em um quarto de hóspedes. Mas se pensaram nessa possibilidade alguma vez, não fizeram porque meu quarto continua o mesmo.

Não vi meus pais ontem à noite, Carlos disse que eles tiveram que ficar no hospital até as cinco da manhã por conta de uma cirurgia.

Para ser sincera, estou com um pouco de receio de conversar com eles. Todas as vezes que venho eu e minha mãe discutimos por alguma coisa. Espero que hoje seja diferente.

Troco de roupa antes de sair do quarto. Coloco um vestido vermelho florido curto, o dia está tão bonito que acho que não vai chover nem esfriar.

A casa está silenciosa como sempre, a única animação que costumamos ter nessa casa é as risadas e brincadeiras de Harry.

Desço as enormes escadas e caminho até a cozinha pronta para dar um susto em Nanda, mas assim que entro não a vejo.

Estranho ao ver a cozinha vazia, não é algo que Nanda faça sempre. Mas é sábado, acredito que ela deve estar fazendo as compras.

Decido então aproveitar a manhã ensolarada para ir ao quintal. Ele também continuava o mesmo. Um pouco mais no canto ficava a área de lazer, sempre quando eu ou Harry fazíamos festas de aniversário elas aconteciam ali. No meio do quintal tinha a piscina e mais para trás ainda existia a pequena casa na árvore.

Foi uma das coisas que eu mais brincava quando era menor, sempre que me sentia sozinha ou que queria brincar que eu morava em outros mundos fantasiosos eu entrava naquela pequena casa de madeira e fazia a diversão.

Hoje em dia ela parece tão pequena e tão solitária. Não que a casa fosse pequena, ela não era. Eu ainda conseguia entrar nela e ficar lá.

- Bom dia, senhorita. - tomo um susto com a voz de Carlos atrás de mim. - Perdão, não queria assusta-la.

- Não, tudo bem. - sorrio e o olho. - Bom dia, Carlos.

- Só gostaria de avisar que seu pai está no escritório te esperando.

- Obrigada. - sorrio e logo sigo caminho até o escritório.

Bato na porta algumas vezes antes de entrar e então logo vejo um homem alto, de cabelos castanhos com algumas pontas grisalhas e olhos verdes sentado em sua cadeira de sempre.

- Me chamou? - pergunto sorridente e ele logo levanta seu olhar pra mim.

- Minha nossa, você está tão grande! - ele sorri e se levanta vindo na minha direção.

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